quarta-feira, 22 de julho de 2015

HONESTIDADE INTELECTUAL

Posso concordar mais ou menos com as opiniões das pessoas. Elas têm é que ser bem fundamentadas. E nesse aspecto, os nossos políticos (quem mais?) deixam muito a desejar.

Passos Coelho diz "que se lixem as eleições". Mas lá no fundo, é bem ao contrário. "As reformas estão feitas", menos a reforma mais importante, a do Estado. A redução do défice é pela receita e  não pela despesa (a reforma do Estado ficou para quem, mesmo?) e poderia continuar.

António Costa diz que enquanto foi autarca reduziu a dívida da Câmara de Lisboa (pois, sim, poderia era dizer que foi graças a um diferendo em tribunal que se arrastava há uma série de anos e foi isso que lhe permitiu baixar a dívida, senão ela continuava a subir), diz que este Governo cortou no Estado para baixar a dívida, mas a dívida subiu (poderia dizer que eram precisos super-avits primários para baixar a dívida e que eles não existiram - mas isso queimava o PS de 2011) e poderia na mesma continuar.

Com tanto desonesto intelectual, com que coragem hei-de eu ir votar?