quinta-feira, 10 de setembro de 2015

ANTÓNIO COSTA

António Costa não se pode queixar. Esta semana teve duas hipóteses de poder dizer o que pensa sobre o futuro e o que planeia fazer de diferente face à coligação que governa o país.

Se na primeira chance esteve muito bem, foi liderante, cordato e foi directo ao assunto, na segunda demonstrou o pior que tem em si, o mau feitio e a incapacidade de lhe perguntarem coisas diferentes caso lhe tirem o tapete.

Comecemos pela primeira. O debate não aconteceu. Ter meia dúzia de minutos para debater um tema é impossível e obriga apenas a que se diga o que se quer fazer, sem vincar grandes diferenças. E foi isso que se viu ontem. O debate foi dominado pelas expressões "tem de concluir", ou "já excedeu o seu tempo". Costa aproveitou e foi liderante, foi ele que assumiu as despesas do debate e criticou o Governo e Passos esteve, a meu ver mal, na defensiva. Esteve quase "apático", quase sem vincar a sua posição. Optou por chamar uma série de vezes José Sócrates, e não trouxe nada do seu programa à baila, com excepção da Segurança Social. Aliás, foi o tema que mais mal foi explicado e terminou, como foi usual, com um "tem de concluir".

António Costa foi, então, muito mais simpático, mais directo ao assunto, mais cordato. Esteve melhor. Ganhou. 

Hoje teve uma entrevista com Vitor Gonçalves que foi o advogado do diabo. Costa "passou-se" completamente. Acusou o jornalista de ser porta-voz da coligação e acusou-o de não ter feito os trabalhos de casa. Foi grosseiro e roçou o limite da má educação. Gonçalves foi simpático, pois, à segunda vez que Costa insinuou sobre a sua parcialidade, poderia ter respondido que não admitia que pusesse em causa a sua honestidade e a coisa poderia ter ficado feia. O jornalista não foi por esse caminho. Felizmente.

Costa tem um soundbyte. Somos os únicos com as contas feitas. Recrutámos uma série de especialistas e fizeram um quadro macroeconómico que nos permite fazer estas promessas. Hoje foi mais esmiuçado esse quadro. Os números são, no mínimo, optimistas. Mais de 2% em todos os anos e mais de 3% num dos anos. Com o mundo neste estado, não sei, não. Mesmo que não fosse, só em 2007 é que tivemos isto e foi com as consequências que se sabem. Costa foi, finalmente!, encostado à parede e estrebuchou e muito, mas safou-se bem. Não percebo porque é que faz estas birras.

Só não concordo com as críticas que faz a Passos com a austeridade e com a dívida. É criticar a doença e o remédio. Sem super-avits primários não há redução de dívida (e Sócrates conseguiu isso em 2007) e nós estamos longe disso. Critica o excesso de austeridade, mas sem a austeridade a dívida seria maior. Alguém me consegue explicar a lógica do raciocínio?

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

É O NOME NA CAMISOLA, ESTÚPIDO!

Portugal ganhou na Albânia. Uma lança em África, conforme se vai vendo pelos nossos lados. Afinal, tínhamos perdido em casa, na primeira volta.

Não posso deixar de estar contente e de fazer uma apreciação crítica. A renovação continua adiada, não temos um PLC (aqui a culpa não é do seleccionador) e continuamos a ter um seleccionador que olha aos nomes nas camisolas na altura das convocatórias e das substituições.

É desesperante ver um seleccionador que tira Bernardo Silva (que jogador!) e deixa ficar um pasmacento Danny. E Cristiano já demonstrou por mais que uma vez que não serve a PLC, quando muito só como segundo avançado, atrás do PLC. Mas insiste na mesma tecla.

Parafraseando, "é o nome na camisola, estúpido!" Só pode mesmo ser. (Ah!, e existe um novo sistema na selecção: o 1x4x3x3 Wi-Fi)