Bradley Wiggins ganhou o Tour 2012.
Acima de tudo com uma equipa que fazia lembrar os bons velhos tempos da US Postal em que eles metiam-se na cabeça do pelotão, metiam um ritmo infernal e quem quisesse que os seguisse. E Armstrong acabava invariavelmente sozinho, com Ullrich e mais um ou dois companheiros de equipa.
Este ano foi igualzinho. Wiggins, que segundo Paulinho roçava o alcoolismo, fez um enorme sacrificio (tal como Armstrong - só que este foi maior porque ganhou a luta contra o cancro...), perdeu 10 Kg e passou a subir tão bem como os melhores (como se viu já em 2010 no Tour onde fez 5º e na Vuelta 2011 onde foi 3º), ele que era um contra-relogista de excelência, com muito peso para a montanha.
Ao seu lado teve um colega de luxo. Chris Froome foi um parceiro ao nível de Azevedo e Heras para Armstrong. Mas com um "upgrade" em cima. Enquanto Armstrong nos últimos quilómetros ia sozinho por aí acima, Wiggins pôde ir descansado na roda de Froome. Também porque não houve mais ninguem com capacidade para atacar a Sky. E toda a gente ia, dia após dia, ficando para trás.
O senhor que fez de Ullrich e de Beloki foi Nibali. Em condições normais ganharia o Tour ou então ficaria bem mais perto do que os 6 minutos a que ficou do vencedor. Estava numa forma parecida com a que tinha quando ganhou a Vuelta em 2010.
A minha pergunta é só uma: será que o parceiro de luxo continuará a ser o parceiro de luxo, ou quererá mais do que isso? É que estamos todos a ver as consequências de querer ser mais do que isso, não estamos?...
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