O homem é doente pelo Sporting. E não merecia que lhe tivessem tornado a vida num inferno enquanto foi Presidente da Mesa da AG do seu clube. Ele defendeu tudo, mesmo aquilo que seria indefensável em teoria, para não ser acusado de ser oposição, o que seria plausível porque foi eleito por uma lista opositora à que ganhou para a Direcção do Sporting.
Pelos vistos, vai ter mesmo muito para contar sobre o que foi a sua vida durantes estes últimos dois anos. E espero que conte, para que o Sporting e qualquer outro clube nunca mais voltem a cometer o erro de eleger dirigentes incompetentes, como foi manifestamente o caso.
De todo o modo, o que Eduardo Barroso não merecia era que a equipa jogasse com tão pouca garra como tem jogado (se bem que com Jesualdo a coisa não esteja tão má) e com pouca sorte. Mas há que acreditar que o Sporting vai melhorar e não vai ser como o Liverpool nos tempos mais recentes. Penso que o futebol português ganha com isso.
O problema maior que se pode atravessar é que o Sporting está muito pior do que o que estava há dois anos atrás. E com mais despesa no plantel e se calhar com piores jogadores. O ponto está em conseguir equilibrar o clube. Seria uma boa política em Portugal o treinador ser o manager da equipa e não estar lá a treinar jogadores que ele não escolheu ou que só viu em vídeo e são propostos por empresários. Assim, à imagem do Football Manager e do que se passa em Inglaterra. Penso que seria um belíssimo avanço, até porque todos sabemos que Jesualdo percebe muito de futebol.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
BENTO XVI
Não fui um apologista da sua nomeação, apesar de saber, já na altura com os meus 15/16 anos, que seria provavelmente o sucessor de João Paulo II na cadeira mais importante do Vaticano. Todos os testemunhos que se diziam, e todas as considerações que se faziam sobre ele e sobre o que ele era, levavam-me a acreditar que seria um retrocesso na Igreja Católica e na sua abertura ao mundo levada a cabo por João Paulo II (o primeiro Papa a entrar numa Mesquita islâmica...).
O homem de gabinete que ele era demorou muito tempo a perceber que o facto de falar para mais gente, ou melhor dizendo, muito mais gente, o deveria impedir de cometer certas gaffes que levaram à ira de outras religiões, muitas vezes injustificadamente. O homem inteligente percebeu isso e moderou a sua forma de linguagem. O homem de gabinete era muito pouco relacionado com as pessoas, e o homem inteligente adaptou-se (não sendo tão "próximo" das pessoas como o seu antecessor, claro) e conseguiu minimizar essa forma de estar.
É essencialmente uma pessoa racional. E como tal tentou fazer o mais possível a ponte entre a Ciência e a Religião, fazendo-o com alguma eficácia. Continuou o trabalho do seu antecessor na abertura às outras religiões, não deixando de manter a sua personalidade.
O facto de o seu pontificado ter ficado "manchado" pelos escândalos de pedofilia e a forma como lidou com eles é um ponto a favor.
Contudo, o facto de ter sabido sair a horas (ao contrário de muito boa gente que nós sabemos...) é um comportamento assinalável. Ao contrário do temperamento latino, de ficar até à última, ele fez a coisa mais correcta, ainda que menos usual. Resignou, e o próximo que vier, que vai ter mais condições físicas do que ele, que faça um bom trabalho.
Como sempre, já há apostas para o sucessor de Bento XVI. Para mim vai ser africano. Por dois motivos: primeiro, equilibrar a balança entre a América do Sul, tão em voga, e África, como continentes em alto desenvolvimento; segundo, por isso mesmo, África está em grande desenvolvimento, mas continua com grandes desigualdades e com muita instabilidade, e um Papa africano poderá minimizar esse problema.
E como a Igreja quer dar ao mundo uma ideia de que está rejuvenescida, para mim vai ser um Cardeal Africano e jovem. Vai uma aposta?
O homem de gabinete que ele era demorou muito tempo a perceber que o facto de falar para mais gente, ou melhor dizendo, muito mais gente, o deveria impedir de cometer certas gaffes que levaram à ira de outras religiões, muitas vezes injustificadamente. O homem inteligente percebeu isso e moderou a sua forma de linguagem. O homem de gabinete era muito pouco relacionado com as pessoas, e o homem inteligente adaptou-se (não sendo tão "próximo" das pessoas como o seu antecessor, claro) e conseguiu minimizar essa forma de estar.
É essencialmente uma pessoa racional. E como tal tentou fazer o mais possível a ponte entre a Ciência e a Religião, fazendo-o com alguma eficácia. Continuou o trabalho do seu antecessor na abertura às outras religiões, não deixando de manter a sua personalidade.
O facto de o seu pontificado ter ficado "manchado" pelos escândalos de pedofilia e a forma como lidou com eles é um ponto a favor.
Contudo, o facto de ter sabido sair a horas (ao contrário de muito boa gente que nós sabemos...) é um comportamento assinalável. Ao contrário do temperamento latino, de ficar até à última, ele fez a coisa mais correcta, ainda que menos usual. Resignou, e o próximo que vier, que vai ter mais condições físicas do que ele, que faça um bom trabalho.
Como sempre, já há apostas para o sucessor de Bento XVI. Para mim vai ser africano. Por dois motivos: primeiro, equilibrar a balança entre a América do Sul, tão em voga, e África, como continentes em alto desenvolvimento; segundo, por isso mesmo, África está em grande desenvolvimento, mas continua com grandes desigualdades e com muita instabilidade, e um Papa africano poderá minimizar esse problema.
E como a Igreja quer dar ao mundo uma ideia de que está rejuvenescida, para mim vai ser um Cardeal Africano e jovem. Vai uma aposta?
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