Estive a ver um bocadinho do "Prós e Contras" da RTP 1, que debatia a Greve Geral que se avizinha na próxima 4a feira e nos "quadros" do programa constavam, entre outros, Carvalho da Silva, João Proença e Helena André.
Ora, do primeiro e do segundo, a mesma ideia ilusória de que com mais despesa é que se vai lá, principalmente de Carvalho da Silva, ou não fosse do partido comunista. Já João Proença é mais moderado, ou não fosse ele militante do PS.
Mas quem mais me assustou foi mesmo Helena André, a sra Ministra da Segurança Social, a eleita para ir defender o Governo. O ar dela até metia dó. Parecia atordoada, como quem pergunta a si própria, "o que é que eu estou aqui a fazer?", "como é que vou lidar com estas trapalhadas todas?", logo ela que não é política, pelo menos profissional, como Sócrates ou outros como ele...
Aliás, este ar é parecido ao de Teixeira dos Santos, Isabel Alçada e Vieira da Silva, os ministros mais interventivos. Sim, porque os outros não se vêem. O da Agricultura não sei a cara dele, a do Ambiente idem aspas e o das Obras Públicas parece que vive num mundo que é só dele e que jura a pés juntos que vai haver TGV na mesma.
Só a tríade de de Vila Real e o sr de Portalegre continuam impávidos e serenos e convictos de que nada se passa. Sócrates, que ainda hoje disse que "Portugal não vai precisar da ajuda de ninguém", Silva Pereira, Santos Silva, estes dois últimos os ministros da propaganda de Sócrates, e Lacão, o aspirante a sucessor de Santos Silva, continuam na sua, com o ar de alegres inconscientes satisfeitos com a vida... Até quando?
Ainda retenho o ar da ministra, que é extremamente parecido ao de Vieira da Silva e de Teixeira dos Santos, principalmente este último. Parecem exaustos. De facto, num governo que todos os dias diz uma coisa diferente, não deve ser fácil.
Agora lembro as palavras de Sócrates enquanto líder da oposição: "o seu governo anda à deriva, sem rumo (...), sem liderança. (...) o senhor não tem jeito para isto, não tem jeito para ser primeiro-ministro." De facto, que nem uma luva que elas assentam a esta situação. O problema é que Cavaco nunca irá demitir Sócrates, a "boa moeda" de Cavaco Silva, como Sampaio fez com Santana. É pena. Daria imenso jeito...ao menos pouparia umas boas dores de cabeça a estes indivíduos que não têm culpa das alhadas onde outros os meteram.
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