quinta-feira, 28 de março de 2013

PASSOS COELHO

Foi cobarde. Não tenho outro termo para isso. Não quis ter problemas no aparelho. Não percebeu nada do que se passava quando chegou a S. Bento. E, quando sair, vai sair pela porta pequena e sem fazer nada para mais tarde recordar.

Foi cobarde. Por tudo. Não contesto que tenha feito tudo ao contrário do que dizia nas eleições. Sócrates e Barroso também o fizeram. Mas porque sabe onde está o mal, e como combatê-lo, e não o quis fazer, porque não quis enfrentar a máquina que o colocou lá.

Não percebeu nada do que passava quando chegou a Primeiro-Ministro. Nada! Não percebeu que o cargo que ocupava seria apenas de um mandato. Porque o foi com Soares das duas vezes. Chumbou a História Política Portuguesa. E que poderia ser recordado, daqui a muitos anos, como um indivíduo que reformou o Estado e deu sentido a uma nação que só conheceu contas equilibradas em tempos de ditadura.

Câmaras Municipais? Não mexeu. Interesses económicos instalados? Demitiu um Secretário de Estado. Corte na despesa estrutural? Andamos a ver navios, só cortou na despesa de investimento. Passos ainda não percebeu que não há forma de dar a volta e ganhar as eleições de 2015. Parece que ainda está à espera disso. Reformas laborais? Nada. Reformas da justiça? A passo, e vamos ver como corre. Arrendamento? Uma baralhada. Assim não ajuda.

Defendi-o até ao limite do indefensável. A partir daqui, com o meu apoio não conta. Porque já teve mais que tempo para fazer o que deveria ter feito. E não fez.

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