Vou ter de ser coerente e dizer que estava errado. Defendi, tal como aconteceu com Hodgson em Inglaterra, que deveria continuar. Apesar de tudo, tinha umas meias finais num campeonato da Europa (e com um grupo de fugir), o que, bem vistas as coisas não é assim tanto um sinal de incompetência.
Mas a incapacidade de renovar a Selecção e pô-la a jogar futebol (sim, que jogar à bola é diferente, e a Selecção até joga aos repelões que era de fugir), tal como aconteceu nos últimos tempos do Sporting, fazem-me acreditar que Bento não é treinador para grandes equipas nem para grandes desafios.
O jogo contra a Albânia, que eu não vi, mas li relatos (que valem o que valem), foi o corolário. Uma equipa que não o foi, que, sem Cristiano, é demasiado vulgar e que não tem ninguém que seja capaz de fazer a diferença.
Pelo que era então expectável que, mais dia, menos dia (eu não esperava tão cedo), Paulo Bento acabasse por sair ou por ser demitido. Foi a solução intermédia: um acordo amigável.
Sucessores? Toda a gente fala em Vitor Pereira (que para mim é um patinho feio, nunca me convenceu, mas que foi bicampeão no FCP), em Manuel José (que só deu provas do que valia no Egipto e no Boavista e, um bocadinho, no Belenenses), ou então em Fernando Santos (que saiu sempre pela porta pequena nos grandes em Portugal, foi campeão no Porto, foi quem mais luta deu ao Porto de Mourinho no Sporting, e o despedimento mais estúpido de Vieira, mas que nunca foi bem amado em nenhum dos três grandes), que fez um trabalho interessante na Grécia, tendo em conta os recursos que tinha à disposição. Dos três, não gosto de nenhum.
Quem escolhia? Não sei. Mas teria que ser alguém de fibra. Alguém que se impusesse pela sua personalidade e que não fosse influenciado por empresários. O problema é que não me lembro de ninguém assim que seja capaz de vir cá fazer qualquer coisa e que seja baratinho...
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