quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A BRIGADA DO REUMÁTICO... PERDÃO, DOS RESGATES

Esta semana foi notícia a tentativa de compra da PT (que pertence à Oi) por parte de uma série de empresas. É uma empresa apelativa, com uma boa implantação em Portugal.

Ora, os "manifestos" não se fizeram esperar. São sempre os mesmos, as mesmas pessoas, que cada vez menos influência têm no país, felizmente!, e que insistem em querer dar a sua opinião sobre tudo. São as eminências pardas deste país que se autorizam a dar opiniões sobre tudo. E insistem que toda a gente os siga.

Esta semana insistiram que o Estado deveria comprar a PT. Valeu tudo. Trocar as PT's em questão (Freitas deu um espectáculo deplorável, no mínimo) ou então dizer que o Estado deveria incentivar empresários portugueses, através da CGD ou pelo Novo Banco, ou então aproveitar os excedentes da renegociação dos juros para comprar os 33,34% da PT. Presumo que seja para criar mais uma "Golden Share" com tudo aquilo que se conhece.

Se há coisa que se noticiou por estes lados foi o efeito da intervenção estatal nas empresas públicas, das quais a PT e a EDP foram os casos mais conhecidos. A contínua destruição de valor, por meros interesses e negociatas é algo por demais conhecido. E algo que é para evitar a todo o custo.

Se há algo que a Troika trouxe a Portugal, e não Pedro Passos Coelho (que se limitou a ir a reboque), foi uma mudança nas bases, por assim dizer, do regime. Em que as mesmas pessoas de sempre se autorizavam a mandar os bitaites de sempre e toda a gente os ouvia com toda a atenção e reverência. Aos poucos a coisa foi mudando e agora é vê-los a espernear. E a escrever manifestos por todo e qualquer assunto.

Faz lembrar a parte final do regime de Marcello Caetano. Com as tropas a rebeliarem-se, não seriam os Generais a garantir que tudo continuaria bem. Como não continuou. E estes imitam essa brigada na perfeição.

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