É porventura o último exemplo da forma como fomos desgovernados nos últimos 40 anos.
As notícias que todos os dias saem demonstram que tudo valia para que uma velha guarda se mantivesse no poleiro custasse o que custasse, e a TAP, como a EDP, o BCP e mais uma série de entidades por todos conhecidas, apanham por tabela. Tudo, sempre, a bem de Portugal e dos portugueses, e claro!, do bolso de uma meia-dúzia de indivíduos que fazem disto vida.
A TAP era uma sociedade anónima de capitais públicos. O que, diga-se, não seria o mesmo que uma empresa pública na data da sua criação. No vórtice nacionalizante de 1975 ficou, como quase tudo o resto, pública. A partir daí foi um fartote de prejuízos e de negociatas para a camaradagem, qualquer que ela fosse, desde que coincidente com quem estava no poleiro.
O último "hit" foi a construção de um Novo Aeroporto. Onde? Espera aí, primeiro temos de comprar os terrenos, baratos, para depois os vender. E o actual, nós fazemos aí umas construções e fazemos umas comissões por trás e a coisa trata-se. Tudo, a bem de Portugal e dos portugueses.
Mas depois veio a crise e afinal a Portela que estava para rebentar afinal não rebentou, nem rebentará. E os aviões que se previam necessários para esse "pique" afinal não são precisos, mas compram-se na mesma. E depois o BES foi à falência (sempre o banco do regime a patrocinar todas estas coisas). E a TAP a continuar a dar prejuizos. E o TGV (ou outra coisa qualquer, que seja em carris) a ficar para outras núpcias para salvar a TAP.
Entretanto, para manter a malta satisfeita, promete-se uma coisa incumprível aos trabalhadores. Quando a TAP mudar de dono, vocês ficam com 20% da empresa. Depois logo se vê. E os trabalhadores dizem que defendem a empresa se forem de greve e fazem uma greve de 10 dias. E pronto, temos um caldinho perfeito.
Pronto. Agora temos uma solução. Fechem a TAP. Liquidem o património e paguem das dívidas. O que faltar, mais uma vez, é da responsabilidade cá do "Zé". Paciência. Mas assim nunca mais temos problemas. Ah!, sim!, e o mais importante continua por fazer: correr com esta cambada de políticos do poleiro. Laranjas, Rosas, Azuis e Vermelhos. Mas isso fica para outro post, um dia destes
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