Não. Não é sobre futebol que vou falar. Nem sobre política. É sobre o sistema financeiro em Portugal.
Estamos com um sistema financeiro em pantanas. Não há ponta por onde se lhe pegue. A crise que está cada vez mais instalada na Europa também não ajuda, é certo, mas que raio!, não há certeza nenhuma sobre como é que as coisas vão evoluir nos próximos meses e anos.
Toda a gente sabe que todos os anos eu ganho uns dinheiritos com aquilo que faço nas Bandas Filarmónicas. Muito ou pouco, isso é comigo. A questão está no uso que faço ao dinheiro. Posso dizer que sou um felizardo, uma vez que tenho uns pais que me permitem ir aforrando todo esse dinheiro, sendo da responsabilidade deles o "financiamento" das minhas despesas mensais. Eu também sou um indivíduo poupadinho, o que ajuda bastante.
Voltando ao assunto, gosto então de aforrar o dinheiro (senão todo, pelo menos algum) que vou fazendo nas bandas. Quem sabe se um dia destes não me poderá ser útil? Contudo, nestes últimos tempos as aplicações disponíveis são um pouco acima do insuficiente: baixas taxas de juro e, aquelas que têm uma taxa de juro interessante é porque os bancos são de menor fiabilidade. Quer dizer, presume-se. O BES foi o que se viu e não se sabe o que pode acontecer aos outros.
Por outro lado, o Estado, numa tentativa de captar poupança interna criou mais um produto interessante, em Novembro passado: os Certificados do Tesouro Poupança Mais. São um produto interessante, com taxas extremamente simpáticas para os aforradores. Mas que raio!, não é que já apareceram ideias de reestruturar a dívida pública? E então as minhas poupanças para onde vão? Para o tecto? Pelo menos esta era a ideia do Dr. Louçã. Parece que, para ele, eu era muito rico.
Pelo que não há confiança que resista no nosso sistema financeiro. Quem quer ser poupadinho está tramado. E agora, que fazer?
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