segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

LIGA ZON SAGRES

Tem jogos que são deprimentes de ver. E tem equipas que são autênticos crimes existirem.

E depois temos equipas que dão luta, tornam os jogos emocionantes e fazem com que uma pessoa não queira descolar da Televisão, ou do rádio, como foi o meu caso ontem.

Sejamos sérios. Equipas como a Académica, ou o Penafiel, por mais respeito que me mereçam, não merecem estar numa Primeira Liga qualquer, quanto mais na nossa. Acho que é deprimente e não incentiva ninguém a ir aos estádios ver equipas a jogar para o pontinho, sem mais nenhum objectivo. É deprimente.

Sejamos sérios. Equipas como o Rio Ave, que discutiu o jogo no Dragão (o resultado é mentiroso) e em Alvalade, equipas como o Guimarães (Rui Vitória é um belíssimo potenciador de jogadores, não é?) e outras, que tentam discutir os jogos em todo o lado são as que interessam ao futebol e são as que fazem os adeptos ir aos estádios. Mesmo os adeptos das equipas mais pequenas.

E agora mais a sério ainda. Sabemos que no nosso campeonato temos metade das equipas a fazer que fazem. Sabemos que a maior parte delas corre o risco de não pagar os salários aos jogadores e mesmo assim temos um campeonato com 18 clubes. Além de não fazer sentido nenhum (como já se viu), é indecente. Porquê? Qual é o nexo disto?

Agora imaginemos um cenário diferente. Um campeonato com Benfica, Porto, Sporting, Guimarães, Braga, Rio Ave, Estoril (que está a subir no campeonato), Marítimo, Paços e Nacional. 10 equipas. São as 10 primeiras do nosso campeonato, mas troquei o Nacional pelo Moreirense. Agora, imaginem esse campeonato a 4 voltas. Duas idas à Luz, aos Barreiros, à Choupana, à Pedreira e a Guimarães. Para não falar em mais duas idas ao Dragão, à Luz e a Alvalade. Assim, um campeonato em que todos os jogos sejam difíceis ou pelo menos que não sejam razoavelmente fáceis. A nossa competitividade seria bem maior e teriamos mais condições para que os jogadores dos nossos clubes evoluissem. 4 voltas, com 10 equipas, são apenas e só 36 jornadas. Ou seja, duas menos que os principais campeonatos europeus e mais duas que o nosso campeonato e mais seis com o nosso campeonato de 16 equipas. Mais Taça de Portugal (com todas as eliminatórias a duas mãos) e Taça da Liga (com um molde de competição similar ao da Taça de Portugal, tal como acontece em Inglaterra, e com as eliminatórias a duas mãos). Logo entre 40 a 50 jogos por ano para cada equipa. Calendário? Teríamos jogos ao Domingo e à Quarta-Feira, e os planteis deveriam ter mais jogadores da formação, uma vez que seria obrigatório (isto numa reforma a sério) adoptar os critérios da Champions para os jogadores formados no Clube. Assim nunca teríamos problemas nesse sentido.

As outras equipas teriam que ir para uma Segunda Liga. Neste caso, poder-se-ia dividir em duas zonas, a Norte e a Sul, com 14 equipas cada. A uma volta. Depois, as 7 melhores equipas de cada série jogariam outra série, a de apuramento dos promovidos, (sobem 2) e as outras 7 jogariam outra série para evitar a despromoção. Neste caso, como no Campeonato Nacional de Seniores temos 8 séries, desceriam 8 das 14 equipas. Este ponto poderá sempre ser a rever. Por exemplo, menos clubes na série de apuramento dos promovidos (com mais jogos a jogar). Do mesmo modo, seria obrigatório cumprir as regras da Champions para os jogadores formados no Clube.

E pronto. Penso que é tudo. Eu não cobro nada por esta ideia. Sei que não será bem amada pelos Presidentes dos Clubes mais pequenos. Vão dizer que é o fim dos clubes. Eu acho que será o início de um futebol mais sustentável e mais competitivo. Iria doer, iria. Mas penso que seria melhor.

Sem comentários:

Enviar um comentário