sábado, 30 de outubro de 2010

OE 2011 - CONCLUSÃO

Pelo menos assim espero. Ao fim de umas quantas semanas e sem a discrição que se consideraria exigível, temos um acordo entre PSD e Governo. Por outro lado, os partidos mais pequenos anunciaram, com a devida antecedência que votariam todos contra o documento. Conclusão: nem quando é a sério, estes Partidos deixam de ser pequeninos. Era necessário mesmo que este OE fosse aprovado. E pelos vistos vai sê-lo.

Vai sê-lo, porque não pode haver eleições nos próximos 8 meses. Constituição a quanto obrigas. Por isso sou defensor de uma reforma constitucional bem profunda. Que mexa em tudo aquilo que faz Portugal andar para trás. Por exemplo, este problema das eleições tem prazos horríveis. Deveria ser tudo mais rápido. Como há coisas que são demasiado rígidas. Continuo a considerar que a experssão "razão atendível" é melhor do que "justa causa" e que "direitos adquiridos" devem deixar de o ser, estando em causa o interesse nacional. Como também devem ser permitidos os despedimentos na função pública.

Além disto tudo, é necessário mesmo mudar o Governo. Acho que tudo isto, se fossetão empolado como foi em 2004 com Santana Lopes, já onde estaria Sócrates. A diferença é a reputação de cada um. Contudo, é bom de ver que afinal de contas são mais as vezes que Santana tinha razão do que outras pessoas que, em deversas alturas, se encontraram no seu caminho. Túnel do Marquês, SCUT, idade da reforma, etc. O homem só tem mesmo é a má reputação...

E também o PR. Vou votar em branco. Não gosto de nenhum dos candidatos e a melhor maneira de mostrar isso é indo lá, mas votando em branco. Cavaco Silva e o seu auto-elogio, merecido, claro (em 2008 avisou que se calhar não era o melhor caminho, 2009 avisou para uma situação perigosa, 2010 para uma situação explosiva e insustentável...), mas afinal é sempre mais bonito quando uma pessoa nos elogia do que quando nos elogiamos a nós próprios...

Mas voltando ao "original", esta saga do OE 2011 demonstrou algumas coisas. Que mesmo dentro do PS há divergências. O nervosismo de Vieira da Silva, depois da entrevista de Passos Coelho à TVI, contrasta com a "tranquilidade" de Silva Pereira e Sócrates. Significa que afinal há gente que tem cabeça dentro do PS. O mesmo acontecendo com o PSD. Aconselho a que revejam os seus comportamentos. A bem de Portugal.

domingo, 24 de outubro de 2010

OE 2011 - SAGA

Pois muito bem, vamos à saga que tem sido este OE 2011.

A ser bem, comecemos mesmo por "terras" do PEC II, que surgiu por obra e graça, segundo Sócrates, dos Mercados Financeiros. Pois. Isso, ou o chamar Sócrates à realidade, de que o endividamento estava a tomar proporções inaceitáveis e que, deste modo, Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, principalmente estes quatro, estavam a ir por um caminho incorrecto, no que diz respeito às constas públicas e ao endividamento (que é diferente de défice, bem entendido).

Ora, então fez-se um outro PEC, o II, já que o I estava em vigor e seria insuficiente. E pelos vistos este documento, que obrigou Passos Coelho a pedir desculpas aos Portugueses, também não foi suficiente. Pergunta-se, onde e porquê. Onde: na despesa, que subiu, e não deveria. Porquê: isso tem muitas respostas.

Daí vem o OE 2011. Torna-se necessário um aumento de impostos. Passos Coelho não concorda. Ameaça chumbar o OE. Voto anunciado contra de BE, PCP, Verdes e PP (no sábado). O que coloca PPC numa situação delicada, de levar com o ónus da crise em cima, ele, que não tem culpa nenhuma de não concordar com as políticas (despesistas ao extremo) de Sócrates.

Entretanto chamado à razão, PPC diz, e concordo com ele, que não vai viabilizar uma coisa assim, de cruz, sem negociar. Este OE 2011, segundo MFL (que sempre teve razão e ninguém khe deu ouvidos durante uma porrada de tempo), é uma vigarice e quem o fez deveria ir preso. Logo, não se pode exigir a PPC que viabilize isto assim, sem minimizar os danos. Não convém confundir minimizar os danos, com concordar em absoluto.

E agora assim estamos. Com o PSD, chefiado por Eduardo Catroga, o último Ministro das Finanças de Cavaco Silva (ironia das ironias, com quem PPC não simpatiza muito, mas que está mais uma vez ligado a isto...), e o Ministro das Finanças a ver onde é que podem chegar para um consenso.

Nota 1: Acho que é um disparate o que os ministros da propaganda do PS andam por aí a fazer. Em tempo de negociações não se usam armas, e Silva Pereira, Lacão e Santos Silva, além de Sócrates, que esse "dá uma no cravo e outra na ferradura", andam a criticar o PSD e o seu líder, como se não quisessem que o OE fosse aprovado e andassem a forçar um chumbo que PPC e bem quer evitar. Política não é brincar com coisas sérias.

Nota 2: Não deixa de ser irónico que quem fez um discurso um Verão inteiro a defender o Estado Social e a dizer que o outro é que queria acabar com ele, apresente um OE que acabe por ser o início de um desmantelamento do dito Estado Social. A brincar, eu numa aula tinha dito que Portugal era um país em vias de desenvolvimento com vícios de país desenvolvido, e que tem um Estado a apoiar mais do que devia, porque Portugal não tem "cabedal" para apoiar desta maneira. Teixeira dos Santos, a Judite de Sousa na RTP, vem confirmar aquilo que eu disse.

Nota 3: Sócrates ainda não aterrou na realidade. Este OE não é o ideal. É o possível e é aquele que foi ordenado pela UE e pela Sra Merkel. É pena que ele continue com o discurso da propaganda, misturado com o da responsabilidade, que não engana ninguém. Portugal lucraria mais com um discurso mais assente na realidade.

sábado, 23 de outubro de 2010

ESQUISITO...

Cavaco Silva diz, a certo passo da entrevista ao Expresso :"Como é que um PR pode pensar em dissolver a AR, quando ela mantém a confiança no Governo?"

Ora, para quem não se lembra, em 2004, houve uma dissolução de uma AR, com uma maioria absoluta. Duas coisas, para que conste, e a minha conclusão:

1) Não consta que Sampaio tenha as mesmas interpretações dos poderes presidenciais, apesar de a lei ser a mesma. Esquisito.

2) Não consta que Cavaco tenha dito nada deste género por aquelas alturas. Bem pelo contrário, ainda ateou mais o fogo que naquela altura ardia. Esquisito.

Conclusão: Com esta frase, Cavaco acabou de decidir o meu voto nas Presidenciais. Não voto Cavaco Silva. Que alegria: ainda bem que sou independente!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PEDRO PASSOS COELHO

"O país inteiro sabe quem deveria estar a pedir desculpas a Portugal."

Esta afirmação foi feita por PPC numa entrevista, hoje, a Constança Cunha e Sá, da TVI, à pergunta se iria voltar a pedir desculpa aos portugueses, por viabilizar um aumento de impostos.

Posso não me revêr em tudo aquilo que PPC tem dito e / ou feito, mas esta frase assenta como uma luva àquilo que vamos vivendo em Portugal. Aquilo de que estamos a falar significa o meu desemprego. Por dois motivos:

1) Não há muito emprego disponível, pois vivemos uma altura de recessão e o melhor é sempre cortar custos...

2) Corremos o sério risco de, a partir de 1-1-2011 não podermos pedir empréstimos aos bancos. Ou seja, Cortando o financiamento da banca à economia, está o caldo entornado. E o barco corre sérios riscos de ir ao fundo.

Primeiro culpado? São muitos. Mas não deixo de pensar que Santana Lopes avisou que isto ia acontecer em 2008 (30 de Abril, ver youtube.com) e que em 2009 Ferreira Leite avisou que isto ia acontecer, durante meses a fio, e que foi considerada a "profeta da desgraça", por Vitalino Canas, porta-voz do PS. O que diria a opinião pública e publicada se Santana fosse primeiro-ministro também gostava de saber. Gostava também de ser mosca e ir à cabeça de Sampaio, o senhor que deu origem a isto tudo quando demitiu um governo com maioria absoluta por suspeitas de instabilidade.

Mas voltando ao que interessa. PPC pode, ao querer melhorar algo que muito dificilmente será melhorável, estar a suicidar-se politicamente, ficando associado ao OE2011. Ângelo Correia diz que seria preferível deixar Sócrates cair de maduro. Mas PPC está a demonstrar a fibra dos homens de Trás-os-Montes (que Sócrates - nascido em Vilar de Maçada - e Silva Pereira tanto têm deixado ficar mal...), a responsabilidade com que lidamos com a realidade e a nossa grande capacidade de lidar com situações mais difíceis.

Não sei o que faria no lugar dele. Se chumbaria o OE11, tão mau que ele é, ou o deixava passar, em nome do país, como defende Rangel. É uma situação difícil. Conhecendo-se Sócrates como se conhece, está a fazer o papel dele e a vitimizar-se, como é seu hábito, em vez de olhar para as coisas como deve ser e procurar um entendimento. Como dizia um economista, Sócrates "foi uma desgraça para o país". Neste caso, faria, provavelmente, o que está a fazer PPC. Tentar melhorar uma coisa tão má e dificil de ser melhorada, quer pelo conteúdo, quer pelos negociadores. Mas é dificil e penalizável politicamente. Mas um transmontano que se preze é honesto e trabalha para o bem.

E termino com uma pergunta, feita em Setembro deste ano, num debate na RTP N, por Bagão Félix (nem a propósito, ministro das finanças de Santana Lopes...): "Será que Sócrates quer mesmo o Orçamento aprovado?" Comungo desta preocupação.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

OE 2011 - RICARDO COSTA

Ora aqui temos um dos críticos de Santana Lopes a pedir desculpas. Assim como quem não quer a coisa, pois claro, pois fica mal dar o braço a torcer. Mas fica a iniciativa.

http://aeiou.expresso.pt//pedro-estas-perdoado=f609627

Não queria falar do OE antes de saber se seria viabilizado ou não. Apesar de desconfiar profundamente que vai ser viabilizado, mas isso são contas de outro post.

A minha questão é só uma: Qual seria a reacção da opinião pública e publicada, caso fosse Santana Lopes o Primeiro-Ministro?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

JORGE LACÃO

Este senhor ministro dos Assuntos parlamentares tem o vício do anterior. É intratável quando fala. A entrevista que deu ao jornal "i", criticando Passos Coelho, quando precisa que ele aprove o OE 2011 é demais. Cito:


«Esta falta de ponderação daquilo que é verdadeiramente o interesse nacional à luz da problemática internacional que vivemos representa um sentido de imaturidade e representa uma vontade de caminhar à beira do abismo que é do ponto de vista político no mínimo estranha e incompreensível.»


Será mesmo que estes senhores querem o OE 2011 aprovado??


E já agora, porque é que o documento vai chegar, mais um ano, fora de horas à AR?

A MENTIRA DE SÓCRATES... 15-10-10

In: pedrosantanalopes.blogspot.com

"O Primeiro - Ministro José Sócrates disse, no debate do Parlamento, que não houve ninguém que, em 2008, tivesse sido capaz de prever a crise que veio a acontecer em Portugal.
Deixem - me recordar:


Períodos e Catálogos
3ª República
Assembleia da República I
apresentação do catálogo
pesquisa avançada
pesquisa por diário
índice de diários
Assembleia da República II
Revisão Constitucional


Legislatura 10; sessão leg. 3; número 78; data da sessão 30-04-2008; data do diário 02-05-2008; páginas do diário 1 a 38; página 19

19 I Série - Número: 078 2 de Maio de 2008

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, nos últimos tempos têm sido divulgados dados que a todos preocupam sobre a evolução da situação económica mundial, nomeadamente nos EUA. Prepara-se para hoje mais uma mexida na taxa de juro de cerca de 0,25, pelo que está anunciado.
Começam a consolidar as vozes que dão por adquirido um estado de recessão na economia norte-americana.
Por outro lado, ontem mesmo, bem perto de nós, e depois das previsões da Comissão Europeia das revisões em baixa, o Congresso Espanhol aprovou um projecto de lei de medidas de impulso à actividade económica, de tratamento de choque face à situação muito específica da economia espanhola, com o relevo que assume nessa economia a questão do subprime e do crédito hipotecário.
A questão é esta, Sr. Primeiro-Ministro: recordo-me do debate orçamental e lembro-me das afirmações feitas pelo Sr. Ministro das Finanças. Lembro-me que, já na altura, se alertou para as consequências do nascente processo do subprime. O Boletim da Primavera do Banco de Portugal fala em como já no segundo semestre do ano passado era possível, de algum modo, adivinhar estas consequências. É manifesta a diferença entre o que está previsto no PEC de Dezembro de 2007 e as previsões da Comissão Europeia, nomeadamente as relativas à taxa de crescimento da economia portuguesa.
Face a esta disparidade, por uma questão de clarificação, de estímulo à actividade económica, de clareza dos pressupostos com que trabalham os empresários e os agentes económicos, gostaríamos de saber se V.
Ex.ª considera ou não adequada uma alteração do Orçamento, isto é, uma revisão dos seus pressupostos, que não se deve a razões endógenas, a razões fundamentalmente externas, mas também internas.… São 945 000 milhões de euros que estão envolvidos em toda esta crise. A reserva federal norte-americana, ela própria, diz — todas as instituições! — que não podemos olhar para o lado, fazendo de conta que ela não existe.
Acredito que o Governo esteja preocupado com ela, mas não vale a pena, neste momento, vendermos ilusões; temos de fazer ao contrário, temos de dizer que são precisas medidas para criarmos mais convicção, mais esperança. Porque uma comunidade que olha para o seu governo, que continua a dizer que a economia vai crescer, não a 2%, mas a 2,2%, como consta dos pressupostos do Orçamento,…
Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Exactamente!
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — … Sr. Primeiro-Ministro, não pode sentir confiança! E essa é que é a questão: os pressupostos orçamentais.
Sr. Primeiro-Ministro, não dê aulas sobre orçamentos! O senhor teve as suas aulas, eu tive as minhas, cada um tem as suas. Não dê aulas e, agora, preocupe-se! Não estou aqui para sugerir, neste momento, debates agrestes ou seja o que for. Porém, há uma situação grave no mundo, na Europa, temos de parar de sorrir, temos de parar de ignorar, temos de parar de fazer de conta que a crise não existe! É isto o que tem de dizer, Sr. Primeiro-Ministro.
Aplausos do PSD.
Também a propósito do desemprego, o Sr. Primeiro-Ministro, ao longo destes tempos, tem falado em emprego líquido, citou-o aí. Mas vou ler-lhe o seguinte: «Um facto marcante da economia portuguesa em 2007 foi a deterioração das condições o mercado de trabalho, com um crescimento líquido quase nulo do emprego e um aumento da taxa média de desemprego para um nível historicamente elevado de 8%.» Sabe de quem é? Do Boletim Económico da Primavera do Banco de Portugal. Se o Dr. Vítor Constâncio também é suspeito de estar a querer agitar bandeiras de pessimismo… Sr. Primeiro-Ministro, estamos numa hora de convergência nacional nesta matéria, com diferenças, ressaltando os conteúdos das alternativas, mas está na hora de Portugal acordar para esta realidade, que estrangula principalmente a capacidade das famílias de irem ao crédito ou de solverem os seus compromissos. A taxa Euribor atingiu hoje o nível mais alto, desde há muitos anos. Portanto, Sr. PrimeiroMinistro, temos de ter a noção de que é preciso agir.
Por isso mesmo digo que, em relação à legislação laboral, demonstrando esse espírito de capacidade de ver para além das diferenças (nós não fazemos o discurso da diferença por estarmos na oposição), aqui, mais uma vez, o Governo vai ao arrepio do que o Sr. Primeiro-Ministro disse na campanha de 2005. Mas estudando a proposta que apresenta, parece-nos que tem muitas orientações positivas.
Vozes do BE: — Oh!…
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Agora, onde discordamos é na precariedade. Quanto a algumas medidas que toma, de taxar em relação à precariedade abusiva, com certeza!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Belo apoio!
O Sr. Pedro Santana Lopes (PS): — Quanto à outra, não sei se é estímulo ao emprego dos jovens ou se os remete para o desemprego, porque ninguém quer fazer contratos sem termo certo.
Sr. Primeiro-Ministro, estas são visões que nos separam. Os trabalhadores social-democratas dirão mais diferenças, mas esta é a nossa posição. E, por isso mesmo, Sr. Primeiro-Ministro, assume ou não a possibilidade de apresentar esse plano ao País, face à situação mundial, de impulso à actividade económica? Vai dizer que em Espanha o fizeram mas são muito exagerados?! Estão a fazê-lo por todo o mundo mas cá não é preciso?! Nós entendemos que é preciso, Sr. Primeiro-Ministro!
Aplausos do PSD."

Tenho dito, quanto às competências do nosso Primeiro-Ministro. Melhor exemplo era impossível.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SCUT'S

E não me venham dizer que Sócrates não é uma pessoa mentirosa e sem escrúpulos.

Para isso basta ver os debates que Sócrates teve com Manuela Ferreira Leite e Francisco Louçã, em 2009, e mais a campanha eleitoral de 2005.

Era Santana o incompetente, porque não deveria colocar as portagens nas SCUT's, porque isto e aquilo.

Até parece que Santana Lopes era um iluminado! Ou seria Sócrates (já) incompetente?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

PRÓS E CONTRAS

Um debate extremamente interessante e esclarecedor, ao qual prestei alguma atenção, não a que devia, devido às chamadas telefónicas que têm o "prazer" de chegar às horas que não devem.

Contudo, fiquei com duas coisas na memória. A primeira foi que J. Sampaio não quis repetir aquilo que disse em 2003 ,"há mais vida para além do défice!", o que me demonstra que já naquela altura não convivia muito bem com governos de centro-direita e tinha de fazer alguma coisa para que isso acabasse.

A outra, ainda mais grave, foi que Soares avisou Sócrates que esta crise estava para acontecer. Resposta de Sócrates: "Isso não deve ser mesmo assim!" Conclusão: Isto é grave. Foi avisado por PSL, MFL e até Mário Soares. Até socialistas mais chegados a Sócrates conseguiram prever ao que chegamos e Sócrates nada fez. O que pensar disto?

domingo, 10 de outubro de 2010

NOVA ERA

Aleluia. Com 4 anos de atraso, mas apareceu. Estou a falar de um novo maetro para a Banda da minha terra.

Como é sabido, não gostava do que lá estava antes, apesar de ele ser muito boa pessoa, e disso eu não duvido nada. Mas era incompetente para o cargo. Aqui está uma boa prova do Teorema de Peter, que consiste em que uma pessoa é sistematicamente promovida até atingir um cargo para o qual não tem competência. E este foi o caso. Como solista não é mau, mas como maestro é horrível.

O que aí vem, meu amigo há uns anos, é musicalmente muito bom (muito melhor do que eu...), e a nível de direcção também bastante bom. Espero que consiga trazer à banda da minha terra um nível musical digno. Pelo menos eu mereço isso!

MEDINA CARREIRA

Deu hoje uma entredista à TSF e ao DN. Corrosivo, como sempre. É uma delícia ouvi-lo falar de uma desgraça de uma maneira que dá vontade de rir. Como eu costumo dizer, s não fosse tão mau até seria delicioso.

De resto, volta a dizer mal de Sócrates e de Teixeira dos Santos, comparando o Ministério das Finanças a uma "barraca de farturas". O que, vistas as coisas pelo prisma dele, não deixa de ser coerente. É uma pena que tenha de ser assim, mas é verdade.

De Sócrates, diz que ele vive afastado da realidade. O que é uma pena para primeiro-ministro. Contudo, daria, segundo MC, um bom treinador de futebol.

Soube hoje que MC foi militante do PS. Ora aqui está a prova de que concordo com pessoas que não sejam mais à direita no Parlamento. Basta apenas que tenham uma boa dose de bom senso. Coisa que muito boa gente que anda na nossa praça não tem.

Em suma, estamos rodeados de políticos incompetentes. De indivíduos que vão para se servirem e não para servirem o Estado. É mesmo uma geração de pessoas que é para esquecer.

sábado, 9 de outubro de 2010

PAULO BENTO

Simpatixo muito com Paulo Bento. Todos os meus amigos mais chegados o sabem. Gosto da sua forma de estar e de ser face ao mundo que o rodeia. E como gosta de ter homens, no verdadeiro sentido da palavra, a trabalhar com ele. Daí os casos que ele manteve no Sporting com jogadores que por norma seriam titulares, mas que não se comportavam como Homens.

E na selecção, mais que um treinador, fazia falta uma pessoa assim. Porque, de facto, a nossa selecção não precisa de um treinador a sério, porque jogar já eles sabem, e por norma jogam bem nos seus clubes e na selecção só têm de continuar a trabalhar como fazem nos clubes.

O problema, como diz Mourinho, é que parece que os jogadores aproveitam a selecção como montra, e outros parece que lá vão para fazer o frete. E alguns davam-se ao luxo de tratar o treinador por "tu".

Mais do que o resultado da selecção, gostei da forma como jogaram. Gostei da forma como o Ronaldo desta vez não se punha com arrancadas individuais que não faziam sentido nenhum, como o Nani aplicou bem aquilo que fazia no Manchester, como todos os outros fizeram bem aquilo que costumam fazer bem, isto é, jogar futebol.

E, penso que aqui não há dúvidas, que há, pelo menos, respeitinho à personalidade de Paulo Bento. Todos sabemos que ele não tem problemas em deixar os melhores em casa, caso eles não se comportem como devem. A começar por Ronaldo, e a terminar em Rui Patrício. Daí que os nossos jogadores aplicaram-se como já há muito tempo não via.

Para finalizar, a carta de Mourinho. Elucidativa, de como todo o processo com Madaíl decorreu, e demonstrativa de um patriotismo de fazer inveja a alguns. Acho que foi a muleta que Paulo Bento necessitava para desenvolver o seu trabalho.

Boa sorte a Paulo Bento, e à selecção, que bem precisam.

PACHECO PEREIRA

Ora, nem mais, o "queimador-mor" de líderes do PSD. Estou na dúvida para quando será que vai aparecer um corajoso que lhe tire o cartãozinho de militante e ele deixe de aparecer na vida política portuguesa.

Desta vez falo dele porque consta que ele publicou um artigo de opinião no Público, a dizer que o PSD deveria abster-se no OE 2011, para evitar uma crise política, já que Sócrates ameaçou demitir-se, caso o dito documento não fosse aprovado.

Ora, é sabido que PPC e o seu núcleo mais próximo estão vai-que-não-vai para chumbar o Orçamento. Vir um deputado dizer, na praça pública que não o deveria fazer, é mau. Mau, porque significa um desrespeito e uma deslealdade para com a liderança do partido a que pertence, isto na minha opinião. Bem esteve MFL, já que o que tinha a dizer, disse-o em privado, já que é lá que as coisas se devem resolver.

Mas, disto já toda a gente devia estar habituada. Acho que a única liderança que JPP não "queimou" foi mesmo a de MFL, por sinal a mais próxima ideologicamente de CS, o nosso PR. De resto, foi um tiro ao alvo constante a todas as anteriores lideranças, desde Fernando Nogueira a Luís Filipe Menezes. Pergunto só porque ainda não o encostaram à parede e lhe tiraram o cartão de militante.

Não contesto a diversidade de opiniões. Bem pelo contrário. Aliás, é por isso que simpatizo com o PSD. Existe e existirá sempre uma liberdade de pensamento e opinião. Nunca, como no PS, que como diz MMC, "não há debate sobre coisa nenhuma", desde que foi eleito Sócrates, o que é bastante significativo.

Contudo, existe uma coisa que eu aprecio e sempre apreciarei, pelo menos enquanto estiver no meu perfeito juízo: as coisas têm que se resolver no sítio delas. Nunca, na "praça pública". E Pacheco Pereira tem sido useiro e vezeiro nisso.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

TRIO D'ATAQUE

Tive pena, mas não vi a emissão de ontem do programa, que dá na RTP N.

Soube hoje de manhã que Rui Moreira (RM) tinha abandonado o programa em directo, ontem, após o "topo e fundo" dé António Pedro Vasconcelos (APV) ser Carlos Martins (topo) e as escutas a Pinto da Costa (fundo). A reacção que RM teve aconteceu durante a "dissertação" que APV fez sobre as ditas escutas.

Ora, o que APV tem feito no programa são autênticos "autos-de-fé", ou seja, condenações em praça pública, ainda para mais em directo. Comportamento que tem sido recorrente, volta e meia por este senhor realizador. Este tipo de comportamentos, a adicionar a outros que vêm desde a temporada passada, desde o caso do túnel da Luz têm criado uma tensão visível entre os dois. E o mesmo se passou no programa de ontem. E, para RM, atingiu o limite, daí ele ter saído.

Penso que já eram horas de alguma coisa acontecer. Tem sido lamentável ver o que APV tem dito naquele programa. Tudo a favor do Benfica, mesmo que seja errado, e nada a favor do Porto, por mais correcto que seja. Nem Fernando Seara chega a este ponto.

Voltando às escutas, por mais que seja verdade o que tenha acontecido, supostamente aquelas escutas estariam em segredo de justiça, e, nunca, jamais em tempo algum, deveriam ter sido chamadas à conversa, num programa de TV, apesar de tudo o que é dito ser da responsabilidade de quem o menciona. Mas APV abusa, e de que maneira!

Presumo que o que se pretenda seja uma conversa, ainda que com casos de polémica, pois como não haveria de deixar de ser. Mas nunca, o fanatismo que APV tem revelado sucessivamente. Isso é mesmo demais.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

OE 2011

Estamos em vésperas de conhecer o Orçamento do Estado para 2011.

Contudo outra coisa me preocupa. Não conhecendo sequer na superficialidade os problemas do Estado, a não ser o que consta na Comunicação Social, na qual eu não acredito sempre, o Governo socorreu-se uma receita extraordinária para cobrir uma despesa extraordinária, que seria a compra dos submarinos.

Mas Sócrates, como de costume, acerta nas contas como cumpre as suas promessas eleitorais.
De quem 2600 tira 1000 mais 300 (valores em milhões de euros) fica 1300, que é metade do que entrou em receitas extraordinárias.

Pergunta: O que é que se está mesmo a passar? Está assim um buraco tão grande nas contas, maior do que seria de esperar?

SANTANA LOPES

Se calhar o homem até sabia o que fazia. O que não contava era com intervenções de baixo nível de Sócrates e com um PR que não descansou enquanto não o queimou todinho, ainda pior que no churrasco.

SCUT: Santana acertou.
IVA: Santana acertou 2 vezes, uma logo depois de 2005, e mais outra agora
REFORMA: Santana acertou, foi preciso aumentar a idade média da reforma.

De recordar que Sócrates prometeu não mexer nestes temas em 2 campanhas eleitorais e em todas elas mexeu. Conclusão: Sócrates mente com quantos dentes tem...

SONDAGENS

Concordo com PSL. Existem sempre candidatos preferidos pela imprensa e outros que nem por isso. Daí, aparecerem sondagens que, em comparação com a vida real, não têm nada a ver.

Se as sondagens fossem independentes, nunca teria acontecido aquilo que aconteceu em Lisboa. 15 dias antes das eleições autárquicas, PSL tinha uma desvantagem de 10 pontos percentuais face a António Costa, e depois ficou a 5%. Perdeu na Câmara, mas ganhou nas juntas de freguesia.

Explicação de uma contradição? Simples!

Por norma, as pessoas votam em dois tipos de pessoas. Nas que confiam mais, ou então naquelas que estão mais próximas de ganhar. Ora, as sondagens diziam que Costa ganharia com grande margem. Se de facto fossem equilibradas, se calhar não teria ganho Santana? E o mais engraçado é que se enganam sempre contra ele. Está bem que a sua reputação nem sempre ajuda, mas que diabo, e um bocadinho de isenção, não?

EDP

Só mesmo para dizer que a luz falhou em minha casa graças a uma responsabilidade da EDP, que se esquece frequentemente de verificar os fusíveis dos quadros públicos, que são da sua responsabilidade.

Contudo, não se esquece de cobrar a conta a tempo e horas. Viva Portugal!

sábado, 2 de outubro de 2010

ESTRELA DOURADA

Concordo, e sempre concordarei, que ter uma loja que venda artigos para instrumentos musicais e afins ao pé da porta, dá sempre um certo jeito. Contudo, existe um limite para a competência. E assim já não sei se dá tanto jeito quanto isso...

Conhecidos e amigos fazem encomendas na loja. De tudo: boquilhas, estojos, abraçadeiras, e tudo o que mais se possa imaginar. Contudo, desde há uns tempos para cá, fazem-se as encomendas e as coisas não aparecem. O que só dá vontade de pegar no carrinho e ir ao Porto, onde aí, de facto, há mais coisas.

Desta vez a vitima da competência, ou falta dela, da loja fui, e sou, eu. Encomendei um suporte para o dedo polegar direito (que segura todo o clarinete...) há mais de um mês, quase um mês e meio, e dele nem rasto. Um dia destes telefono para uma loja no Porto ou em Lisboa, eles mandam-me aquilo pelo correio e fica o assunto resolvido.

Sou a favor da igualdade de oportunidades entre o litoral e o interior. Mas quando a competência não existe, paciência...

LENHA

Está bem que eu prefiro o Inverno ao Verão. Tenho uma temperatura comporal no limite máximo (de recordar que varia entre os 36,5ºC e os 37,5ºC). Eu devo encontrar-me mais próximo do limite máximo, que do limite mínimo. Por isso é que nos inícios da Primavera já posso andar com roupa mais fresca sem ter muito frio (e por norma acontecem duas situações: perguntam-me se eu não tenho frio, e posso, volta e meia, apanhar um resfriado e constipar-me...)...

Isto vem a propósito da lenha. No Inverno sabe bem ter a cozinha quentinha... O grande problema é ter que arrumar a lenha, não só a minha, mas também a dos meus avós. Mas pronto, ossos do ofício...sou o neto do sexo masculino mais próximo...

O maior problema é que cansa mesmo...De resto, depois la aparecem mais uns trocos que dão sempre um certo jeito...

PRAXES

É um ritual dito de integração aos novos alunos, designados de "reles caloiros". Não é algo de que eu discorde, desde que, claro está, seja feito com pés e cabeça.

Ora, nem sempre isso se passa. Há sempre aqueles que gostam sempre de abusar mais dos caloiros, procurando sempre demonstrar que são os "Doutores" que mandam ali. Contudo, tudo tem limites. Desde as praxes psicológicas às praxes físicas.

Nenhum dos "Doutores" sabe se os caloiros podem ter problemas em casa, ou como reagirão os caloiros face a uma determinada situação. Por exemplo, se eu tivesse problemas familiares, a última coisa que eu quereria ouvir seria um indivíduo, que até poderia nem ter feito metade do curso, a dizer-me que eu sou como um soco e que tenho de encher mais dez flexões, por livre e espontânea decisão dele... o mais certo seria eu mandá-lo bugiar.

Ou então nenhum dos "Doutores" sabe se eu tenho problemas de diabetes ou de outro problema relacionado com o metabolismo, que passado uma certa altura de esforço tenho que parar, e mais uma vez um outro "Doutor" me manda encher mais dez ou vinte flexões, porque pensa que eu estou a fazer birra... O mais certo seria eu mandá-lo bugiar.

Falo em conhecimento de causa. Declarei-me anti-praxe (apesar de não me considerar como tal) porque os meus praxadores foram muito maus. Apesar de ter duas "Doutoras" conhecidas, nem isso ajudou. Não foram simplesmente respeitadores do que pode sentir um caloiro numa nova realidade. Pensam que tudo decorre como se fosse com eles. O que não é, de todo, verdade...

Um exemplo concreto: não sou de andar aos berros no meio da rua, ainda para mais a dizer palavrões e coisas sem sentido. Ou então, me querem por a berrar músicas com letras modificadas (o que pode ser considerado crime, caso se queira ser preciosista...), eu que sou abosluto defensor da afinação de uma melodia (vantagens e desvantagens de ter ouvido absoluto...) ou então não serem sensíveis a uma realidade que era a minha, aluno de último ano do Conservatório. Além de que não gosto que me berrem aos ouvidos, nem aturar pessoas que sejam arrogantes (se ebm que há também quem me considere como tal, apesar de eu não concordar...).

"Doutores", um conselho: existem várias formas de embater numa realidade, sejam sensíveis a todas elas. Pois caso não sejam, as coisas podem mesmo correr mal.

ENTREVISTAS

Nada como apanhar Sócrates em "flagrante delito" para compreender o autismo em que vive o nosso Primeiro-Ministro. Quando se lhe pergunta algo, ele desvaloriza e dá logo a volta à questão de uma maneira fantástica.

Perguntam-lhe pelo crescimento da despesa, e ele responde que o crescimento está a abrandar, quando o melhor seria que nem sequer crescesse...

Perguntam-lhe o que é feito de 1600 milhões de euros e ele só responde do destino de 300...

E sempre com um sorriso na cara, aquele sorriso de alegre inconsciente, na minha opinião... É sempre bom não ter remorsos... Eu não conseguiria responder com esta atitude... Porque, em todo o caso, é sempre disto que se trata...