quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

IMPUNIDADE

Desde o final do Estado Novo que se gerou no seio da sociedade portuguesa um clima de impunidade crescente. Também propiciado pela "liberdade" que a III República trouxe, mas sim, começamos a ter um clima de impunidade cada vez maior.

Sabemos que, na escola, os alunos cada vez são menos responsabilizados pelos erros que cometem, vindo os psicólogos justificar todas as atitudes que tomam. Sabemos que são cada vez mais pessoas que acham que o Estado lhes deve dar um subsídio para que vivam, já que não conseguem viver por si próprios. Sabemos de tudo isso e de tudo mais.

O ponto é que, desta vez, chegamos a um ponto de quase-não-retorno. O Bairro do Aleixo é um bairro tipicamente de pessoas deste género. O problema é que elas pensam que as coisas devem ser assim e que quando não são assim, é que as coisas estão erradas.

E por isso se tomam todas as medidas que se achem adequadas, legais ou não. Demolir o Bairro do Aleixo é, concorde-se ou não, uma decisão do Presidente da Câmara, autoridade superior da cidade e tem que ser respeitada. E não se justifica que se incendeie uma máquina escavadora por puro e simples vandalismo.

Até as formas de contestação popular estão cada vez mais insurrectas. E toda a gente sabe disso. Já não chega manifestar, mas sim manifestar com violência e impunidade. E quando a Polícia aparece para manter a ordem, é um bico de obra. É um abuso de violência, da força e, enfim, de tudo o mais que se possa imaginar. Porque se habituou o povo a uma rédea larga e que custa a apertar. Um pouco à semelhança da situação financeira do país, cuja opinião que eu defendo é conhecida.

É urgente uma reforma do sistema judicial e penal português. Para que seja mais rápida e eficiente. Para que o tempo de espera seja cada vez menor. Para que cada vez mais se compreenda que o "crime" não compensa. E hoje em dia, não vê nada disso. Bem pelo contrário...

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