segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SE NÃO CONSEGUEM TRABALHAR, EMIGREM!

Foi o que, grosso modo, disse Passos Coelho, a uma questão colocada por um(a) jornalista do Correio da Manhã, sobre o desemprego dos professores.

Declaração de interesses: a minha mãe é professora primária.

Posto isto, digo que o que o Primeiro-Ministro disse aquilo que qualquer um já sabe. Quando não há trabalho, então tem que se emigrar. Enfermeiros, engenheiros, cientistas, etc., todos já o fizeram! E ninguém veio condenar isto. É a ordem natural das coisas.

Eis que, toca a Passos Coelho dizer o mesmo e, pois claro!, Carvalho da Silva cai em cima e Seguro vem mesmo dizer que "é uma afirmação de um primeiro ministro de braços caídos."

Para mim, soa-me a necessidade de criticar por criticar. É de ver que, com os problemas da natalidade e com a racionalização de custos (boa ou má, não estou a criticar) que está a decorrer, dificilmente (para não dizer impossivelmente) haverá lugar para todos. Lógico!

E os outros o que deverão fazer? Esperar que caia um milagre dos céus? Esperar uma catástrofe? Ou então ir fazer pela vida? Ou então procurar fontes de rendimento? E porque não emigrar? Dar aulas de Português noutros países?

Pois. Mas Seguro defende que o Estado deve ser o eterno garante de tudo. Mas isso é impossível desde sempre. E quanto mais se quer garantir, mais despesa e menos rentabilidade dessa mesma despesa. E assim, mais dívida. O que, logicamente, não se pretende.

O problema é a "comunicação" como diz Medina Carreira. O senhor sabe o que tem que fazer, mas não é muito hábil a comunicar. É demasiado frontal. Se calhar, se fosse como Sócrates, dizia que iria procurar desenvolver uma tentativa de plano para tentar empregar a maioria dos professores, o que, em última análise, iria dar em águas de bacalhau. Mas vendia ilusões. Iludia os portugueses que iria fazer qualquer coisa.

Pelo contrário, Passos Coelho foi frontal e não vendeu ilusões. Disse que não haveria lugar para todos. Agora, a frontalidade custa ouvir, ainda para mais vindo de seis anos de 4.000 pessoas (Medina Carreira dixit) a trabalhar na propaganda característica do Eng. Sócrates. É um novo estilo. Que custa ouvir e que cria rejeição aos portugueses. Mas eu de vendedor de ilusões estou cansado. Mal por mal, prefiro este.

Sem comentários:

Enviar um comentário