"Lopetegui teve medo e preferiu não perder a ganhar na Luz. Resultou. Não perdeu. Mas não ganhou. Ficou tudo na mesma. E o Benfica será o campeão de 2014/2015. E justamente. Um treinador que prefere não perder a ganhar jamais poderá ser campeão."
Escrevi isto em Maio de 2015, na ressaca do empate do FC Porto na Luz. Hoje, Lopetegui deu mais um exemplo disto. O jogo começou com uma "invenção" incrível do treinador espanhol. A equipa, a precisar de ganhar, joga sem Ponta de Lança, com Layun a extremo esquerdo, e com Indi a defesa esquerdo. Na jornada passada, a precisar de ganhar, volta a inventar.
São inúmeras as invenções que este senhor tem feito. O ano passado custaram um Campeonato e uma Taça. Pelos vistos, o senhor ainda não aprendeu. A Champions não se perdeu hoje, apesar do "onze" inacreditável que escalonou. Perdeu-se há 15 dias, no Dragão (ainda por cima!), contra o Dinamo de Kiev.
"O pior, no meio disto tudo, é mesmo ver que Lopetegui não tinha um plano B. Ou as coisas corriam como previsto, ou então, se fosse preciso mudar, não havia essa capacidade. Foi assim em todos os jogos. Não houve um "passe de mágica", um plano B, uma coisa qualquer que permitisse dar a volta aos jogos menos bons que podem sempre acontecer. Foi assim com o Boavista (Mourinho e Villas Boas tinham ensaiado esquemas para o Porto quando estivesse a jogar com 10), com o Estoril, contra o Sporting para a Taça (e para a liga não levou uma coça por sorte, mesmo com a última oportunidade de Tello) e contra o Benfica em casa."
Um ano depois também esta afirmação continua verdadeira. Só com uma excepção que foi o jogo com o Paços de Ferreira. Continua tudo na mesma. Quando as coisas não correm bem, não há nada de que Lopetegui consiga fazer para mudar as coisas. A conferência de imprensa foi exemplar em confirmar esta afirmação: a perder aos 10 minutos, Lopetegui demorou 45 minutos a mudar qualquer coisa, e mesmo assim não resultou.
Jorge Jesus também tem uma certa tendência para inventar. E isso ainda poderá custar uma Liga Europa ao Sporting. Mas deu uma nova "vida" a João Mário. E "ressuscitou" William. E deu um belo "upgrade" a Slimani. E também tem uma maneira de estar no banco muito activa.
"Lopetegui é outro Jorge Jesus, mas com uma grande diferença. Percebe bem menos de futebol."
A conclusão é só uma. Está mais que na hora de o senhor ir embora.