quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MAQUINISTAS DA CP

É por causa destes fulanos que eu sou extremamente a favor de que os funcionários públicos devam poder ser despedidos, à luz do Código do Trabalho que vigora para os privados, claro.

É que parece ridículo o que se está a passar. Fazem greve, nos tempos difíceis em que estamos, mas é um direito que lhes assiste. Mas falham os serviços mínimos decretados pelo tribunal (ai o que diria Salazar se isso acontecesse no tempo dele!!!) e a empresa, muito bem, instaura processos disciplinares aos "falhantes". E eles, não contentes, fazem outra greve por causa dos processos disciplinares, porque querem que os terminem, sabe-se lá porque carga de água!

O pormenor é que são os impostos altos que eu (IVA...) e os meus pais (IRS...) - e os outros todos, claro! - pagam, que sustentam estes fulanos. E que, caso fosse uma empresa privada nas mesmas condições - a CP está à beira da falência e se fosse privada na sei o que lhe tinha acontecido... - eles não fariam nada disso e teriam que lutar para que a empresa se mantivesse e não perdessem os seus postos de trabalho!

A vontade que me dá é sugerir ao Sr. Ministro das Finanças que privatize a CP. E depois eles que se arranjem. E aí vamos ver quantas mais vezes eles fazem greve. Isto é brincar com quem lhes paga os salários, ou seja, com todos nós!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

IMPUNIDADE

Desde o final do Estado Novo que se gerou no seio da sociedade portuguesa um clima de impunidade crescente. Também propiciado pela "liberdade" que a III República trouxe, mas sim, começamos a ter um clima de impunidade cada vez maior.

Sabemos que, na escola, os alunos cada vez são menos responsabilizados pelos erros que cometem, vindo os psicólogos justificar todas as atitudes que tomam. Sabemos que são cada vez mais pessoas que acham que o Estado lhes deve dar um subsídio para que vivam, já que não conseguem viver por si próprios. Sabemos de tudo isso e de tudo mais.

O ponto é que, desta vez, chegamos a um ponto de quase-não-retorno. O Bairro do Aleixo é um bairro tipicamente de pessoas deste género. O problema é que elas pensam que as coisas devem ser assim e que quando não são assim, é que as coisas estão erradas.

E por isso se tomam todas as medidas que se achem adequadas, legais ou não. Demolir o Bairro do Aleixo é, concorde-se ou não, uma decisão do Presidente da Câmara, autoridade superior da cidade e tem que ser respeitada. E não se justifica que se incendeie uma máquina escavadora por puro e simples vandalismo.

Até as formas de contestação popular estão cada vez mais insurrectas. E toda a gente sabe disso. Já não chega manifestar, mas sim manifestar com violência e impunidade. E quando a Polícia aparece para manter a ordem, é um bico de obra. É um abuso de violência, da força e, enfim, de tudo o mais que se possa imaginar. Porque se habituou o povo a uma rédea larga e que custa a apertar. Um pouco à semelhança da situação financeira do país, cuja opinião que eu defendo é conhecida.

É urgente uma reforma do sistema judicial e penal português. Para que seja mais rápida e eficiente. Para que o tempo de espera seja cada vez menor. Para que cada vez mais se compreenda que o "crime" não compensa. E hoje em dia, não vê nada disso. Bem pelo contrário...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ESPANHA

Parece que a realidade chegou a Espanha. Rajoy (o novo primeiro ministro) já disse que quer reduzir o défice em 16,5 mil milhões de euros.

Herdou um país que tem mais de 20% de desempregados, uma dívida pública elevadíssima e um crescimento quase a chegar ao medíocre.

Tem que reduzir despesa, para fazer com que a carga fiscal seja menor, o que lhe fará criar mais emprego. Conhecem este discurso?

Pelos vistos corta em tudo e parece que só as pensões mais baixas ficarão fora dos cortes. Proibição das reformas antecipadas e reforma aos 67 anos. É bom que toda a gente se consciencialize que a austeridade veio para ficar Até que as coisas fiquem in su sitio. O que vai demorar muito tempo. Mas que é necessário para o futuro.

SE NÃO CONSEGUEM TRABALHAR, EMIGREM!

Foi o que, grosso modo, disse Passos Coelho, a uma questão colocada por um(a) jornalista do Correio da Manhã, sobre o desemprego dos professores.

Declaração de interesses: a minha mãe é professora primária.

Posto isto, digo que o que o Primeiro-Ministro disse aquilo que qualquer um já sabe. Quando não há trabalho, então tem que se emigrar. Enfermeiros, engenheiros, cientistas, etc., todos já o fizeram! E ninguém veio condenar isto. É a ordem natural das coisas.

Eis que, toca a Passos Coelho dizer o mesmo e, pois claro!, Carvalho da Silva cai em cima e Seguro vem mesmo dizer que "é uma afirmação de um primeiro ministro de braços caídos."

Para mim, soa-me a necessidade de criticar por criticar. É de ver que, com os problemas da natalidade e com a racionalização de custos (boa ou má, não estou a criticar) que está a decorrer, dificilmente (para não dizer impossivelmente) haverá lugar para todos. Lógico!

E os outros o que deverão fazer? Esperar que caia um milagre dos céus? Esperar uma catástrofe? Ou então ir fazer pela vida? Ou então procurar fontes de rendimento? E porque não emigrar? Dar aulas de Português noutros países?

Pois. Mas Seguro defende que o Estado deve ser o eterno garante de tudo. Mas isso é impossível desde sempre. E quanto mais se quer garantir, mais despesa e menos rentabilidade dessa mesma despesa. E assim, mais dívida. O que, logicamente, não se pretende.

O problema é a "comunicação" como diz Medina Carreira. O senhor sabe o que tem que fazer, mas não é muito hábil a comunicar. É demasiado frontal. Se calhar, se fosse como Sócrates, dizia que iria procurar desenvolver uma tentativa de plano para tentar empregar a maioria dos professores, o que, em última análise, iria dar em águas de bacalhau. Mas vendia ilusões. Iludia os portugueses que iria fazer qualquer coisa.

Pelo contrário, Passos Coelho foi frontal e não vendeu ilusões. Disse que não haveria lugar para todos. Agora, a frontalidade custa ouvir, ainda para mais vindo de seis anos de 4.000 pessoas (Medina Carreira dixit) a trabalhar na propaganda característica do Eng. Sócrates. É um novo estilo. Que custa ouvir e que cria rejeição aos portugueses. Mas eu de vendedor de ilusões estou cansado. Mal por mal, prefiro este.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CIRCO (PARA NÃO CHAMAR PIOR...)

Vivemos num autêntico circo. O que se tem passado nos últimos dias no mundo político português é de bradar aos céus.

No sábado, um deputado da nossa nação (se bem que o cargo já teve maior respeitabilidade do que a que tem... parece que agora só vai para deputado quem é aprendiz de político profissional, mas adiante...) deu-se ao "luxo" de dizer que está-se "marimbando" para com os nossos credores. E que, caso eles "não se pusessem finos", não se devia pagar a dívida que contraímos com eles.

O cúmulo vem com um senhor ao qual se "deve" (um corno, mas pronto) a nossa democracia, Manuel Alegre, a elogiar este tipo de afirmações e este tipo de atitude, pois fazem falta e dão "alma à democracia".

Neste sentido, hoje, na AR, um deputado do PSD vem fazer aquilo que eu não gosto e veio tirar partido de uma frase infeliz do deputado para por mal António José Seguro (AJS, daqui por diante). Ora pronto, foi o fim da macacada. Defesa da honra e troca o passo e o execrável líder parlamentar do PS a intervir mais uma vez.

Basílio Horta intervém no assunto, "chamado" pela bancada do PSD. Ora, faz uma intervenção sem nexo, e na resposta do deputado do PSD, interrompe e chama-o de "ordinário" (citação).

Enfim. Tudo isto seria risível se não fosse trágico. Quanto ao deputado Pedro Nuno Soares, responde por mim Manuel Maria Carrilho, ilustre militante do... PS:
«A dívida instalou-se na cultura ocidental, e de um modo cada vez mais constante e avassalador, desde que se privilegiou de um modo absoluto a relação com o futuro, concebendo-o como um horizonte que acolhe e compatibiliza todas as promessas e expectativas, por mais contraditórias ou inviáveis que fossem. Foi isso que, antes de todos, percebeu Nietzsche, o mais visionário dos filósofos do século XIX. Foi no segundo ensaio do seu livro A Genealogia da Moral, de 1887, que ele perspicazmente sugeriu que a sociedade não resulta da troca económica (como pensaram A. Smith ou K. Marx), nem assenta na troca simbólica (como viriam a defender as perspectivas antropológica ou psicanalítica), mas que ela se organiza a partir do crédito. Ou mais precisamente, da relação credor-devedor. A grande intuição de Nietzsche foi a de que é a assimetria entre o crédito concedido e a dívida assumida que, desde os seus primórdios, está no fundamento de toda a vida social, antes mesmo da produção e do trabalho. Destacando a proximidade, em alemão, entre o conceito de dívidas (Schulden) e a noção de culpa (Schuld), Nietzsche defende que a chave da organização da sociedade se encontra na sua capacidade para fabricar homens capazes de prometer, e nos seus múltiplos mecanismos para obrigar a honrar as promessas feitas. Teria sido esta a origem da memória, que seria o lugar do mais remoto aparecimento da consciência individual, e nomeadamente dos sentimentos de medo, de má consciência ou de culpabilidade.»

No que toca ao deputado do PSD, é tempo de deixar de fazer este tipo de política, rasteira e que não interessa a ninguém. É tempo de se preocuparem com o povo que está cá fora, sem paciência para "guerrinhas" que não interessam nem ao Menino Jesus. 

E quanto a Basílio Horta, é lamentável que um senhor com o estatuto que ele tem, se deixe levar por um momento e tome atitudes tão lamentáveis. Não posso dizer mais do que isso.

P.S. Chirac foi condenado por corrupção em França. Para quando a condenação dos políticos que nos levaram ao estado em que estamos?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

COMPETÊNCIA, OU FALTA DELA...

Estou muito chateado comigo mesmo. Chumbei a Fiscalidade por culpa própria. Por causas que já diagnostiquei há muito tempo, mas que ainda não fui capaz de mudar.

1ª razão) Ser um precipitado do pior, o que faz com que muitas vezes não leia as coisas. Podia ter passado sem problemas se tivesse lido tudo até ao fim como deve ser.

2ª razão) Ter tudo colado com "cuspe", ou seja, estudar tudo em cima da hora. Podia ter passado sem problemas se tivesse estudado mais.

Fico chateado mais por causa da primeira do que por causa da segunda. E fico mais chateado por ver que sabia e não apliquei. Enfim. Fica para exame. E aí não vou falhar. Porque vou levar as coisas sabidas. Como não podia deixar de ser.

sábado, 10 de dezembro de 2011

REAL MADRID x BARCELONA

Valeu a pena. Foi um bom jogo. Com alguma sorte à mistura para Guardiola (sim, Messi podia ter sido expulso à meia-hora de jogo, o segundo golo é uma sorte danada e Ronaldo falha um golo que não costuma falhar antes do 1-3 e depois disso há um remate de Benzema que Higuain não conseguiu desviar e um remate de Kaka que passa pertíssimo da linha de golo), foi um grande jogo.

E na segunda parte foi a confirmação daquilo que Mourinho e quem percebe minimamente de futebol diz: aquela equipa é um produto acabado, que quem entra está completamente identificado com a sua filosofia e que não não muda com os diversos treinadores que por lá passem. E tem a sorte de ter um treinador perfeitamente identificado com a história da "filosofia". E foi isso que aconteceu, sendo que a segunda parte foi o expoente máximo disso. Busquets a fazer lembrar Guardiola de um modo excepcional e Xavi a um nível elevadíssimo.

Do lado do Real Madrid (por quem torci, sempre fui madridista, apesar de apreciar muito a forma como o Barcelona joga) critico toda a estratégia do princípio ao fim. Porque para ganhar ao Barcelona tem que ser com estratégia, porque a filosofia muda consoante os treinadores que por lá passem. Critico principalmente o facto de Ronaldo ter passado grande parte do jogo no meio, o que não fazia sentido nenhum, uma vez que ele é um ala, e a consequente troca com Benzema (que é um ponta de lança e não um ala...) que não beneficiou nada o jogo da equipa. Depois, Coentrão a defesa direito não funciona, como eu sempre disse (e Coentrão não é titularíssimo no Real como os benfiquistas diziam, pois não?) e falta definitivamente um defesa direito de boa qualidade àquele plantel. Eles existem e é só questão de os procurar.

Penso também que Mourinho se preocupou em manietar o Barcelona e não em ganhar o jogo. Foi resultando enquanto o resultado era favorável. Depois, nem por isso. E Ozil precisava de uns jogos no banco e Kaka mostrou que tendo jogado mais tempo poderia fazer outras coisas.

Em suma, apesar de tudo, uma boa vitória do Barça.

Quanto ao campeonato, o Real continua na frente, com menos um jogo e o mesmo número de pontos do Barcelona. Continua na frente e só depende de si para ser campeão. Mas o Barça continuará a ser um grande adversário. Vai ganhar acima de tudo quem perder menos pontos e não quem ganhar mais pontos. E espero que seja o Real Madrid.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nova regra do euro força proibição de défices na Constituição

O novo pacto orçamental, em cima da mesa dos líderes europeus, obriga países a inscrever na Constituição proibição de défice.

No esboço de conclusões do acordo, a que o DE teve acesso, a "nova regra orçamental do euro" é que "os orçamentos públicos deverão ser, em princípio, equilibrados", abrindo uma excepção para "ter em conta o impacto orçamental do ciclo económico" ou em caso de "circunstâncias excepcionais". Esta modificação não precisa de uma ratificação longa do Tratado e pode ser aplicada já nos próximos meses.
A regra a nível nacional deve conter um "mecanismo de correcção automática que pode ser activado em caso de desvio". O Tribunal de Justiça Europeu é mandatado nesta cimeira para "verificar a transposição dessa regra a nível nacional" garantindo que será "introduzida a nível constitucional ou equivalente".
A regra deverá detalhar ainda que o défice estrutural não poderá exceder 0,5% do PIB nominal, o que deve ser adaptado às circunstâncias nacionais para ter em conta a sustentabilidade de longo prazo. Quem tiver uma divida abaixo de 60% poderá ter défices estruturais maiores.
A regra não merece contestação entre os líderes, a dúvida é se espera por uma revisão mais profunda do Tratado ou avança já. Em Portugal não há sequer consenso político entre os maiores partidos quanto à inscrição de um travão da dívida na Constituição.

IN DIÁRIO ECONÓMICO

Parece-me um bom princípio. A ver se o doente não morre da cura. A ideia é boa. Tem em vista que, com orçamentos equilibrados, menos dinheiro será preciso pedir e mais seguro será emprestar, o que, em última análise fará com que os juros fiquem mais baixos.

O problema é chegar até lá. No caso português temos um Estado claramente sobredimensionado. E a redimensionalização dele fará com que muito boa gente passe muito mal e que haja, como se está a ver com a ponta do icebergue que está a ser afectada, uma grande contestação a vários níveis. Tudo depende da forma como foi conduzido.

Contudo, as "individualidades" socratico-socialistas não colaboram em nada. Temos um Grupo Parlamentar do PS dividido com 1/3 ligado ao traste que deixou há pouco tempo o poder. E um líder que não os manda calarem-se, como devia, mas ainda os apoia. Depois temos o senhor Soares que anda por aí a dizer o que não existe. E para variar, temos um Governo que não se explica. O pormenor é que se os outros pintavam a coisa de cor-de-rosa, este pinta de negro e de um modo esquisito. O que não ajuda nada.

Temos mesmo que elquilibrar as contas. É como nos orçamentos familiares, a uma escala mais ampliada. Depois de uma altura a viver acima das posses, temos mesmo que por as contas em ordem, e depois criar poupança de modo a que não se volte a repetir a situação. O problema é quando temos as coisas fora do controle. O aperto custa mais. E nós estamos nesta situação. Por isso é que custa mais. E podiamos ter feito isto há mais tempo? Podiamos, se tivessemos alguém decente a governar-nos. Assim, vai ser agora, que vai custar mais.

O problema vai ser se morremos da cura. Sairmos disto sem empresas ou com empresas pouco competitivas. O que, diga-se, seria muito mau. Pelo que também deveria existir um plano de apoio à economia. Espero para ver o que o senhor Santos Pereira tem a transmitir aos portugueses neste domínio. Porque também dependemos dele. Contudo, não concordo com aqueles que dizem que anda ausente. Tem todo o direito a estudar o seu (grande, enorme) ministério e a definir o modo como vai estruturar a sua política. E para isso, tem o tempo que entender conveniente. O problema é se vem cá para fora e manda "cada tiro, cada melro" nos disparates...

Pior mesmo seria se saíssemos do Euro. Seria o fim, porque muita da nossa vida iria mudar de um momento para o outro. Combustíveis mais caros, automóveis mais caros, enfim, produtos importados mais caros, devido à enorme desvalorização da moeda. A nossa vida iria sofrer bastante. Por outro lado, seriamos muito mais competitivos nas exportações e os nossos preços internos ficariam inalterados. E ficariamos condenados à periferia da Europa. A entrada no Euro significava a entrada para o patamar da frente da Europa, onde demonstrámos que não sabiamos estar. Agora é a altura de demonstrar que temos essa qualidade.

Temos de aproveitar esta oportunidade para nos tornarmos um país viável e atractivo. Pode ser a última para mudarmos definitivamente de vida. E este pode ser mesmo um princípio, por mais custoso que seja...

TAP

No mínimo inacreditável o modo como os pilotos estão a lidar com a empresa. Se desse lucro, ainda vá que não vá. Mas dá mesmo prejuizo. E muito. E querem mais regalias? Os donos de 20% da empresa? Que bom, se calhar vai começar a ser altura de eles investirem na empresa, a ver se dá lucro. Pois, isso era mesmo bom...mas não, disso não se conte com os pilotos da TAP.

Igualmente para os senhores juizes. Ai, que me vão cortar o 13º e 14º mês. Pois. Mas têm um conjunto de regalias que mais ninguém tem. E isso eles não dizem. E sabem que o Estado tem de reduzir custos. Mas quando toca a eles custa. Como a todos. Deviam era ser solidários.

Como diz o Ministro das Finanças, "Não há dinheiro. Qual destas três palavras é que não percebeu?" Bingo! Era isto que se devia dizer a toda a gente, nem que para isso fosse necessária uma conferência de imprensa...

CASA DOS SEGREDOS

Degradante. No mínimo. Deveria fazer com que a sociedade se preocupasse a sério com o que se vê por aqueles lados. Erros de palmatória, português de fugir, enfim, de tudo um bocadinho o que não se deve ver.

O pior? Não saber quem é o Presidente da Câmara da Capital do país, O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o PGR, o Primeiro-Ministro, a Presidente da AR e o Presidente da República.

O mais grave? Não saber sequer o hino nacional do princípio ao fim sem lhe mandar uma "martelada" bem mandada. E depois, riem-se, o que é sintomático.

Dá mesmo para rir. Quanto mais não seja com os disparates que vão dizendo cá para fora. Porque de resto é uma vergonha.

E quanto à Teresa Guilherme, já eram horas de deixar de gozar com quem acredita em Deus e é católico. Fica mal, apesar de poder ser popular. E à qualidade que tem (que eu gosto, principalmente quando desenvolve os enredos de uma forma extremamente criativa, que eu aprecio), devia deixar-se disso...

BRINCADEIRAS DE CRIANÇA OU TALVEZ NÃO...

Pois... parece que Sócrates se resolveu a explicar porque é que deixou chegar o país ao ponto a que chegou. Pelos vistos, pagar as dívidas é uma brincadeira de criança. Depois vem justificar-se com o facto de querer dizer que era na totalidade. Pronto. Mas as dívidas pagam-se. Não há almoços grátis!

Depois parece-me absurdo vir dizer uma coisa acertada depois do disparate. Sim, as dívidas devem ser geridas, de modo a que não sejam demais para que depois os encargos não sejam, por sua vez, demais também. E eu concordo. O pormenor está na cronologia do tempo. Pelos vistos Sócrates diz que se deve poder fazer dívida, e depois geri-la. Eu defendo que não se deve fazer dívida, de modo a que não seja necessário geri-la. Porquê? Simples, para que depois não haja demasiados encargos. Lógico.

Para que se faça uma ideia, neste OE2012 vamos pagar mais de juros do que, imagine-se, o "enorme" Sistema Nacional de Saúde. Parece demoníaco e é-o, de facto. Fruto do modo como o Eng. Sócrates idealizou o modo de gerir a dívida. E nos próximos anos a coisa vai ser mais ou menos assim. Até que a dívida pública chegue a um ponto de sustentabilidade, vamos gastar muito dinheiro em juros.

E isto vai durar muitos anos. Não 2, não 3, não 5. Talvez mesmo 10 anos em que vamos andar de cinto apertadinho e a coisa vai doer. E contra mim falo, porque sou estagiário e vamos ver se a minha empresa, tal como muitas outras, sobrevive. E a coisa, como se sabe, não está fácil, para ninguém, a começar pela Banca. Pelo que é indispensável que o Estado se reduza ao que tem e ao que pode e deixemos os sonhos para "outras núpcias". Porque vamos sofrer e vamos. E bastante. Culpa? De como se idealizou de como "gerir" a dívida! E não, não há outro caminho. É este, apertado e com mau piso. Mas é este.

LIGA EUROPA

Ora pronto. Parece que afinal a Liga dos Campeões vai ter menos interesse que a Liga Europa!

Estou a ironizar. Mas equipas com o histórico (e os plantéis) de Man Utd, Man City, Olimpiakos, Porto Valência e outros estarem na Liga Europa dá um outro gostinho à competição e torna-a mais interessante. E que, diga-se de passagem, só dá mais mérito a quem a ganhar...

AJAX vs REAL MADRID e DINAMO x LYON

Eu não sou de intrigas e acredito na boa-fé das pessoas, ao contrário de muito boa gente que eu conheço. Mas em meia sofrer sete golos e serem todos eles (muito) facilitados é de uma coisa alucinante. Ainda para mais quando se joga uma etapa importante na época dos clubes em qustão. Ainda para mais quando no outro jogo se anulam dois golos limpinhos que fariam a equipa passar à fase seguinte.

Salgalhada? Simples.

O Ajax era segundo no seu grupo. Precisava de um milagre para não passar à fase seguinte: perder e o Lyon ganhar e no conjunto suplantar uma diferença de sete (!) golos. Ora, o Ajax perdeu por 3-0 e o Lyon ganhou por 7-1. Diferença de 9 golos. Releve-se o facto de o português Jorge Sousa ter feito uma arbitragem execrável e ter anulado dois golos limpíssimos ao Ajax. Releve-se também o facto de o Dinamo ter sofrido 6 golos em menos de 40 minutos, o que dá uma média simpática de um golo por cada 6 minutos.

A parte da teoria da conspiração é esta: o Lyon é uma equipa francesa, a França passou Portugal no ranking da UEFA, que (ironia das ironias!!!) é presidida por um... Francês, que já ganhou uma competição europeia (contra o Porto, pois claro...) beneficiado pelo árbitro dessa final, o que o torna uma pessoa algo suspeita. A adicionar a isto temos Demagoj Vida, defesa do Dinamo a fazer sinal com o polegar e uma piscadela de olho ao avançado Gomis, autor da modica quantia de 4 (acho eu) golos...ele que nem é um grande goleador...

Enfim! Investigue-se, apesar de eu saber que não vai dar em nada. Mas que é suspeito, lá isso é...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SLB - OTELUL

Ganhou, e ainda bem. Tem a sorte (e o mérito) de ter ficado em primeiro do grupo. Não vi o jogo, porque sabia que eram favas contadas, mas de todo o modo o Benfica ganhou e isso é que interessa.

No que toca ao futuro, o Benfica tem um caminho algo simpático para os quartos de final, uma vez que tem como possíveis adversários equipas como o Napoles, CSKA, Lyon, Bayer Leverkusen, Marselha, Zenit e Milan. Destes todos, só deverá atemorizar o treinador do Benfica a sólida equipa do Milan. Todas as outras estão, na minha opinião, ao nível do Benfica.

De todo o modo, todo o cuidado é pouco, mas o Benfica tem todas as hipóteses de aceder aos quartos de final da Champions, algo que é de elogiar.

SLB

Espera-se que o Benfica ganhe hoje e seja primeiro no grupo. À partida evitará os chamados "tubarões" da Europa e, com sorte, evitará um deles depois nos quartos, uma vez que o Man Utd sendo segundo terá de defrontar um deles.

Espera-se que assim seja, até pelos pontos que isso vai trazer ao ranking europeu de clubes e porque é sempre bom ver as equipas portuguesas a fazer boa figura na Europa. Eu não sou como alguns que ficam todos felizes por verem equipas portuguesas afastadas das competições europeias. Parece-me um contra-senso. Nas competições internas, o caso muda de figura, como é óbvio...

AZAR

E no melhor jogo da época, o FCP empatou com o Zenit e perdeu a hipotese sequer de ser primeiro no grupo.

E perdeu face a uma equipa que de bom só tem mesmo o guarda-redes e que vai, se tudo correr dentro do normal, ficar-se já pela primeira eliminatória da Champions.

De todo o modo, se Vitor Pereira queria estar na Champions teria que fazer uma coisa muito simples que era ganhar os dois jogos ao APOEL, o que seria a coisa mais normal. Mas nota-se que desde o puxão de orelhas de Pinto da Costa aos jogadores, existe mais vontade de ganhar. Afinal de contas os líderes existem para alguma coisa!

sábado, 3 de dezembro de 2011

A IMPORTÂNCIA SERMOS UNS PARA OS OUTROS

Vim hoje de uma aula de mestrado. Depois de uma semana onde o cansaço chegou ao limite e de começar a meter as argoladas características das pessoas que dele sofrem, vim algo irritado.

Uma determinada fulana (que todos os que lidam com ela sabem quem é...), que na licenciatura se entretinha a fazer a vida negra ao pessoal volta a fazer das dela. Frequência em dia X a tal hora: toda a gente a favor e ela contra, porque, mesmo que estivesse doente não podia faltar ao trabalho. Mas, se fosse mais cedo, já posso, porque só entro mais tarde.

Boa! Solução óptima porque eu não me quis chatear. Por causa disso tenho de sair mais cedo, e uma colega tem de faltar a tarde toda. Só porque sua excelência não pode faltar, nem que a vaca tussa! Que se lixem os outros!

Esta está guardada. Quando tiver outra parecida, desta não me esqueço!

Tudo isto porque tenho uma outra amiga que passa por um dilema parecido, sem ser semelhante. Do género tipo trabalhos de grupo em que alguns trabalham e os outros andam à sombra dos que trabalham. Disso pelo menos não me posso queixar. Nem mesmo quando o panorama me parecia mais negro (e trabalhei com algumas das "personalidades" do curso...) a coisa corria mal. Havia sempre aquela máxima do "temos que ser uns para os outros" e se um é bom aluno (ou razoável, no meu caso) o melhor é não prejudicar e trabalhar também para uma boa nota, que sempre dá jeito para a média. É a importância de sermos todos bons colegas e amigos uns dos outros...

sábado, 5 de novembro de 2011

CARTA ABERTA A VITOR PEREIRA

Caro Vitor Pereira:

Olho para a equipa do FCP e vejo uma série de coisas que não gosto. E cada vez acho menos que seja uma questão de atitude. No início ainda poderia dizer que eram os jogadores que queriam ir embora e o presidente não deixou. Mas agora considero que cada vez mais que a equipa do Porto tem uma série de problemas que precisam de ser resolvidos.

Comecemos pelo princípio. Além do guarda-redes que é indiscutível (discutível é a compra de Bracalli e a dispensa de Beto, mas isso é outro assunto) na defesa está tudo trocado. Comecemos pelo lado direito, onde temos os indiscutíveis, mas na falta dos dois hoje jogou Maicon. Otamendi, que é nessa posição que jogou na selecção muitas vezes deve estar mesmo muito mal para não jogar. No centro, Rolando mete os pés em cada jogo. Mais uma vez Otamendi deve estar mesmo muito mal para não jogar. Nem ele nem Mangala (apesar de este não ser mau de todo) são líderes da defesa. Na esquerda, Alvaro precisa de descansar e não se justifica os €9,5M dados por uma alternativa, que está sempre lesionada, com 20 anos, com um jogador que esteve no Mundial de Sub-20 formado nas escolas do clube e que pode perfeitamente jogar na primeira equipa e crescer à sombra do jogador titular. Além disso, dizem as crónicas que até fez bons jogos na pré-época.

Passando para a zona central do campo, é aqui que está o principal problema do Porto. Ninguém sabe o que fazer a bola no campo. Anda tudo perdido e a dar a bola uns aos outros à espera que um iluminado tenha a ideia que vale um milhão de dólares e que resulte em qualquer coisa de jeito. Para isto, eu teria uma ideia muito simples. Fernando é importantíssimo na equipa e tem de jogar, porque funciona como um equilíbrio da equipa, à semelhança de Rinaudo (que pena ter-se lesionado...) no SCP e de Javi Garcia no SLB. Passando ao posto seguinte, é óbvio que Moutinho nunca será o mesmo do ano passado se não existirem rotinas e ele saber o que fazer à bola. E isto treina-se. Belluschi nunca será um génio, mas um bom jogador, mas é importante que os treinos tenham a sua eficácia. Sem treinos decentes não há nada que valha. Sobram Souza, Guarin e Defour. O primeiro é um flop no sitio onde o querem por. É nítidamente um nº8 e não um nº6. E por isso não pega. O mesmo se passa com os outros dois. Guarin e Defour não podem jogar na posiçao 6 sendo da posição 8. Regra básica de Championship Manager 98. Cada jogador no sítio certo. Para quem quiser ser um bocadinho mais romântico e querer jogar sem trincos, só com um duplo-pivot em grande forma e um nº 10 que ajude a defender e seja muito bom a atacar. Coisas a que Belluschi não corresponde. E não existe um duplo pivot capaz disso no FCP. Quando muito só Guarin e Moutinho serviriam de duplo-pivot. Mas só com muito treino.

Passando finalmente ao ataque, mais uma vez se verifica o desnorte. Sem saber o que fazer à bola nem Falcao marcava os golos que marcou. Quanto mais Kleber ou Walter, que nem metade da qualidade dele têm. Hulk não sabe o que fazer à bola. Assim sendo, tenta fazer tudo sozinho, o que, para variar, não resulta. James idem aspas. Varela é esforçado mas nem a capacidade de tentar tem, pois é um jogador de equipa. Depois temos Rodriguez não se sabe onde anda. Djalma anda perdido algures no meio do Olival. E Iturbe tem lugar cativo no departamento médico. Contudo, se recordarmos a época passada, vemos que o ano foi feito maioritariamente com Hulk, Falcao Varela e James. Logo está tudo na mesma. O que falta é saber o que fazer à bola.

Compreendia se fossem jogadores todos novos e que nunca tivessem jogado juntos. Mas fizeram parte da equipa que, nem há meio ano tinha ganho quase todas as competições. E chego à constatação de que, se em Novembro ainda não se sabe o que fazer à bola, então a culpa é de quem os treina. E manifestamente há treinadores que só servem para adjuntos. E o senhor, sr. Vitor Pereira, é um deles.

Sr. Vitor Pereira, faça um favor a si próprio, aos adeptos do Porto, à direcção do Porto e ao próprio André Villas-Boas. Vá ter com este último a Stamford Bridge. Ele está a precisar de um treinador adjunto novo e o Porto de um treinador novo. Demita-se!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

PINTO DA COSTA ABRIRÁ OS OLHOS A TEMPO?

Não aguento mais, é impossível. Isto porque sou portista, por um lado, e porque detesto ver bons jogadores subaproveitados.

Consegui ouvir um senhor, que se diz treinador do FCP, a fazer um relato tão distinto do que se passou no jogo, que pergunto mesmo se a televisão (ou melhor, as televisões...) onde vi o jogo estariam com algum problema, porque nada coincide com o que o dito senhor disse.

Lutaram os jogadores? Sim, lutaram. Se calhar foi a única coisa em que concordo com o senhor. De resto, oportunidades, nem vê-las, qualidade de jogo, nem pensar, jogar em conjunto, está quieto. Ou seja, anarquia total, onde todos tentam, mas cada um por si, a ver se os outros vão atrás. Assim, nem com os melhores do mundo se ia. Lembro-me muitas vezes de 2004/2005, naquele ano a seguir a Mourinho ter saido. Três treinadores num ano é dose, ainda para mais da maneira como foram "distribuidos". E nesse ano, quando um tentava, aparecia outro a ajudar e a coisa lá ia, mesmo na Champions. Hoje, Hulk tenta, sozinho. James tenta, sozinho. Varela tenta, sozinho. Alvaro sobe e ninguém liga. Enfim, tudo descoordenado.

Culpado? Um. Vitor Pereira, o senhor que vale, ou valia, para Pinto da Costa, 18 milhões, mais que os 15 de AVB. Escusado será dizer que vale só mesmo no contrato. E para quem dizia que eu era pessimista, então vejam lá as coisas como elas são e vejam quantos jogos de qualidade fez o FCP desde o inicio do ano. Resposta: NENHUM. E ao fim de tanto tempo, já se devia ter percebido tanta coisa naquele plantel que é óbvia.

Pinto da Costa tem culpa? Tem. Já devia ter aprendido que os jogadores contrariados não fazem bom serviço. E no futebol isso nota-se à distância. Os meninos que são tão bons que vão embora. E faça-se uma aposta como deve ser nas camadas jovens e no regresso de jogadores formados na casa, que sabem bem qual o espírito "à Porto" e conseguiam fazer melhor serviço.

Peseiro, Rui Faria, entre muitos outros, PORTUGUESES, fariam sem dúvida muito melhor serviço que este senhor que "comanda" os jogadores do Porto!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

A IMPORTÂNCIA DE SAIR A TEMPO

Hoje, AJJ voltou a ganhar as eleições legislativas regionais na Madeira. Mais umas, a acrescentar a umas tantas que já tinha ganho. Até aqui, nada de novo.

O pormenor mais importante no meio disto tudo tem a ver com a percentagem de votos que conquistou (pela primeira vez abaixo dos 50%, apesar de continuar com a maioria absoluta) e com a envolvente que rodeou a campanha eleitoral.

Penso nesta situação de outro modo. Até 2004, ou mesmo até 2007, AJJ sempre foi um político (apreciado ou não) respeitado de norte a sul de Portugal. Em 2011 passou a não ser nem apreciado, nem respeitado, por ter enganado o resto do país. Imagine-se que, em 2004, AJJ não se tinha recandidatado. A imagem que se teria dele não era, nem de perto nem de longe, a imagem que se tem dele hoje, para muito melhor.

O mesmo penso eu relativamente àquilo que faço. É importantíssimo saber quando nos devemos retirar. De preferência quando estamos em alta, mas pelo menos quando o declínio fôr mínimo. Porque caso contrário, toda uma "imagem" e uma "carreira" construidas podem ir "ao charco" em muito pouco tempo. E isso é desnecessário.

AJJ perdeu, em 2004 a hipótese de sair em alta. Agora vai sair menos em alta. Espero que comigo isso não aconteça...

domingo, 25 de setembro de 2011

UMA GERAÇÃO CULPADA...

«Perto dos 70 anos, no fim de um Verão em que Portugal deu de si um espectáculo triste, é a altura de perguntar o que a minha geração, que chegou à idade adulta com o "25 de Abril", fez da famosa liberdade tão esperada durante Salazar e Caetano. Para começar, e de acordo com alguns militares sem letras, tentou tudo para a suprimir. Com poucas excepções assistiu calada, ou mesmo se juntou, à louca procissão do PREC, em nome de uma doutrina que não percebia e de uma sociedade em que nunca aceitaria viver. Esta demissão e esta vergonha ficaram para sempre. A ausência do que tinha sido o movimento estudantil entre 1960 e 1974 no Governo e nos partidos entregou o poder a uma série de arrivistas, que não o tornaram a largar. Quem se perdera pelo grotesco labirinto da esquerda bem pensante por uns tempos desapareceu. O "cavaquismo", aliás, dispensava um pessoal democrático e até a política. Um vago resto do PS sobrevivia (bastante mal) à volta de Soares, que se conseguira eleger Presidente da República, e o que sobrava, disperso e desmoralizado, caíra numa absoluta irrelevância. Muita gente (de esquerda e de direita) emigrou, às vezes definitivamente, para a vida privada ou para a máxima sinecura da "Europa". O "novo" Portugal acabou por nascer e crescer à revelia da minha geração: no Estado, nos partidos, na sociedade. Não era o Portugal que tínhamos querido, nem sequer um Portugal de que pudéssemos gostar. A "história" passara por nós, confusamente, deixando uma prosperidade duvidosa e uma desordem íntima e eufórica, que nos repelia e a que, de qualquer maneira, não pertencíamos. O que veio a seguir - Guterres, Barroso, Santana - não melhorou as coisas. Fora dos partidos não havia nada e ninguém aos 50 ou 60 anos se iria meter na guerra sectária em que eles se gastavam. A posição "decente", e quase unânime, estava em não se meter nessa trapalhada, fosse sob que pretexto fosse. Até porque, no intervalo, uma invasão de oportunistas, com mais força e muitíssimo mais zelo, tapava a boca e o caminho ao mínimo sinal de responsabilidade ou de inteligência. O regime de Sócrates não emergiu por acaso; emergiu desta terra já bem preparada para a corrupção e o arbítrio. Nessa altura, a minha geração só servia para propósitos decorativos. Via e lamentava o desastre que se ia preparando. Mas raramente lhe ocorreu que ela própria também era culpada.»

Vasco Pulido Valente, Público

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PEDRO PASSOS COELHO - ENTREVISTA

Fez uma entrevista positiva, com coisas boas. A melhor delas todas é que não vai à Madeira, em altura de eleições, o que é bom para não misturar as coisas, e que não pactua com aquilo que fez Jardim. E sim, já eram horas de se tomar uma posição de (alguma) força com aquele senhor, que passa a vida a dizer que a Madeira pode ser independente, mas que depende mais do continente que muito boa gente.

Numa entrevista cerradinha, onde o entrevistador, que esteve bem, não deu muito descanso, Passos teve todo o tempo para responder às perguntas efectuadas, e algumas incómodas, e foi claro a responder, não me recordando de ter fugido a questões (mas quem se lembrar que o diga...) e disse que caso a Grécia dê o badagaio, podemos ter de pedir um novo empréstimo à troika e também a hipótese de existirem rescisões amigáveis na Função Pública.

Uma boa entrevista, bem diferente dos tempos de Sócrates...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

UMA SEMANA POSITIVA

Pode-se dizer que sim, que foi uma semana muito positiva. O Porto ganhou, o Benfica não perdeu, o Braga e o Sporting ganharam. Boas notícias de quem preza bõas classificações nos rankings internacionais de classificação para as Competições Europeias.

O Governo anda a conseguir cortar despesa e já vai poupar em 2012 mais 100 milhões de euros. Que junte mais mas quantas parcelas destas e consegue ir cortando nas "gorduras" que o nosso Estado vao conservando. Um bom debate quinzenal onde Seguro estragou tudo no fim, com aquela "proposta" que Miguel Macedo, antigo líder da bancada do PSD tinha proposto uns meses antes. Para quem quer um novo PS, parece esquisito. Além de que o novo Governo tem meses e ainda tem muito trabalho para fazer.

Fui admitido a mestrado em Finanças e Contabilidade na UTAD e sou Candidato Suplente no Minho. Positivo, tendo em conta que estava à espera de pior.

Uma semana positiva.

P.S.: Na UTAD estava previsto os resultados estarem publicados dia 14 de Setembro. Sairam quase às 20h desse mesmo dia. No Minho estava previsto saírem dia 19. Saíram dia 16, hoje. Diferenças...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

NOVAS OPORTUNIDADES

Milagre de Sócrates. Em pouco mais de 3 anos tornamo-nos um dos países com maior percentagem de conclusão do Ensino Secundário!

Agora vamos mesmo analisar o milagre. Segundo esse mesmo estudo, depreende-se que as Novas Oportunidades são fundamentais para que tal número, que não tenho preciso, se atinja.

Ora, ja toda a gente sabe qual a minha opinião sobre as Novas Oportunidades. São um bom meio para se atingir algo que pelas vias normais não se atingia. Lembro-me do caso da Vanessa Fernandes (que é feito dela, alguém sabe?), que aderiu a este programa e fez o Ensino Secundário graças à conclusão de à volta de 10 trabalhos. É isto o exemplo de rigor?

Tudo isto leva-me a concordar com PPC quando disse que certificava a ignorância. Porque conheço pessoas que concluiram estes programas, mas que sei que se fosse pela via escolar tradicional não seria tão fácil, ou mesmo possível, de atingir. Se calhar até pode nem ser em todos os lados, mas que é na sua maioria, isso acredito que sim. Daí que, de repente, apareçam números desta estirpe.

Conclui-se que o governo Sócrates governou com ênfase especial nas estatísticas. Pelo menos assim parece, porque não acredito que todos os formandos deste programa saiam com as competências mínimas do respectivo ano de escolaridade.

Agora temos dois caminhos possíveis. Continuamos na via do facilitismo, nesta via que seguimos, e temos mais estatísticas ideais, mas fictícias, ou então seguimos por outro caminho, mais dificil, optando por mais exigência nesses programas. Mais dificil, porque é possível que haja mais desistências, o aproveitamento seja menor. Mas mais verdadeiro, porque é mais realista. Em consciência prefiro mesmo o segundo...

SRA DA PENA

Só mesmo para dizer que é uma festa horrível. Faz-me lembrar eu quando como batatas com bacalhau cozido, que quero comer tudo e mais alguma coisa e depois fico com dores de estômago. Ali é igual. Querem fazer tudo e não fazem nada. Resultado. Uma confusão dos diabos e um desperdício de dinheiro. Pergunto só mesmo por curiosidade, para que é que vão dar dinheiro às bandas, se depois nem condições existem para que elas se ouçam? Definitivamente, uma festa para esquecer.

De notar que o potencial para ser uma festa a todos os títulos notável é excepcional.

Festa? Não, feira. E de que maneira!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ENTREVISTA

Foi uma bela de uma salsada, a não ser que se estivesse bem atento. O que era bem desnecessário. Bastaria fazer uma entrevista em diferido, com as legendas e era escusado fazer-se estas coisas... Mas o directo é sempre mais bombástico, não é???

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO

Só mesmo para dizer que é mais uma voz, a acrescentar às muitas, que se manifestam contra o novo Acordo Ortográfico. Eu sou mais uma, porque acho um perfeito disparate e a justificação um disparate maior...mas pronto.

Inês Pedrosa, ao Correio da Manhã:

Correio da Manhã –É contra a aplicação do novo Acordo Ortográfico?
Inês Pedrosa – A minha discordância profunda deve-se ao facto de aquilo que o move, que é uma suposta unificação ortográfica, na verdade não se verificar. É uma coisa ignorante. No termo ‘recepção’, por exemplo, à luz do novo acordo perde-se o ‘p’, mas os brasileiros mantêm--no porque o lêem.
– Falha, portanto, o seu principal objectivo...
– Sim. Gastou-se muito tempo e dinheiro para um acordo que não funciona. E era preciso contabilizar isso... Há palavras que perdem a referência ao latim, algo que nos permitia perceber a etimologia. O novo acordo é, no fundo, completamente inútil.
– Mas vai agora ser aplicado nas escolas.
– Sim. Os alunos vão aprender a nova ortografia, e o que vai acontecer é que se vai deitar livros fora e as pessoas vão deixar de saber escrever. Li o texto do acordo e posso dizer que dificulta a compreensão da língua.
– Está habituada a ler à luz das novas regras?
– Não perturba a leitura. Há diferenças. Tenho lido jornais que seguem o novo acordo, mas há um empobrecimento da língua.

AS MODALIDADES PORTUGUESAS PRECISAM DE "PLANOS DE BASE" COM URGÊNCIA!!!

Ao som da Banda de Vilela, uma das melhores do país, leio n' "A Bola" que Portugal perdeu "por culpa própria" (palavras do seleccionador nacional...) contra a Polónia. Culpa de um parcial de 13-0 no 3º período que desbaratou uma vantagem de 7 pontos adquirida na primeira parte do jogo.

Face a isto, leio mais abaixo e constato que se verificou uma dificuldade na gestão dos jogadores, com vista a manter uma equipa equilibrada e competitiva nos 40 minutos de jogo.

É simples. E por isso deixei de ver jogos de basquetebol português e vejo os da NBA com todo o gosto. Porque para ver os americanos, vejo os melhores, na melhor liga do mundo. Simples. Não é?

O problema é que em Portugal aposta-se pouco na formação. E aposta-se pouco nos jogadores portugueses. Um problema comum a todas as modalidades. O problema é que, se no futebol temos Ronaldo, Nani e muitos outros de qualidade indiscutível, no futsal temos Ricardinho, Joel e Cardinal, e mais uns poucos de boa qualidade, nas outras modalidades isso não existe. No Hóquei temos alguns, muito poucos, e mesmo o FCP que brilha nas competições europeias assenta a sua base em jogadores estrangeiros (Bosch, Pedro Gil, só Ventura escapa...). Andebol? Basquetebol? Quem temos de classe mundial? Quem temos que leve a equipa ao colo e que assuma as coisas quando não estão a correr bem? E depois queixamo-nos de que as Selecções não ganham...

Por isso me lembro de Queiroz e do seu injusto despedimento da Selecção. Porque acredito que esta Selecção de Sub20 com a qual vibramos na Colômbia resulta de um trabalho de base promovido por ele e que funcionou. Porque os Sub21 há anos que não ganham nada e não temos nada desde a fornada de Moutinho e Veloso e outros que bem sabemos.

Por outro lado temos as noticias a dizer que temos excesso de obesos em Portugal. Falta de exercício físico, não do exercício dos polegares nos PC's e Playstations...

E constato que há falta de incentivo à prática de desporto em Portugal. E a culpa é primeiramente das Federações das respectivas modalidades. Deveria haver um plano com vista ao incentivo à prática das modalidades. E isso não aparece. A acrescentar a isto, deveria haver uma obrigação dos clubes em apostar em jogadores nacionais. Perda de qualidade? Sim, a curto prazo e se as coisas não forem bem feitas, mas a longo prazo, a qualidade aparecerá e os bons jogadores aparecerão também.

Tudo isto se resolve, como dizia Queiroz, com um plano de base. A longo prazo. Incentivando a aposta nas camadas jovens. Nas diversas modalidades. Não acredito que em Portugal só haja azelhas e meia dúzia de habilidosos para dar uns pontapés numa bola. Deve haver gente habilidosa para as outras modalidades. É necessário captar jogadores para a prática das diversas modalidades. Depois safamo-nos com Evans (americano...) a jogar na Selecção e outros que tais...até eles durarem...que não duram para sempre!!! E depois? Quem substitui? Quem entra?

Claro que para isso é necessário haver infra-estruturas. E essas são importantíssimas. E cabe às autarquias também entrar com alguma coisinha. Em vez de casas e mais casas, então criar mais condições para as modalidades. Lembro-me que a Selecção de Rugby, a única não profissional a participar num Mundial há bem pouco tempo, teve que ir trabalhar com os fuzileiros porque a Federação não tinha espaços em condições para a preparação decorrer de forma adequada.

Tudo exige um "plano de base" para que as coisas decorram de forma adequada. Porque tudo vem do planeamento e decorre a partir daí. Porque se os clubes apostassem na formação, não havia tantos clubes à beira da falência. Fazendo um paralelismo às bandas de música, se não houver formação e a banda só sobreviver com músicos de fora a ganhar muito dinheiro. as bandas não sobrevivem por muito tempo. O mesmo se passa no desporto português. Somos um país de poucos recursos e por isso exige-se imperiosamente uma aposta na formação. Que não vai dar resultados imediatos, mas que a longo prazo vai dar os seus frutos.

Toda esta aposta requer "planos de base". Específicos. Para que as diferentes modalidades evoluam. E para que não nos desiludamos constantemente com as nossas selecções. Isto não é culpa dos treinadores. É uma questão ESTRUTURAL que precisa de ser corrigida. O QUANTO ANTES!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

VOLTA A FRANÇA 2011

E Con~tador deixou de contar para a Volta a França deste ano. Não deixa de ser algo natural, uma vez que já vem de uma Volta a Itália, que também foi muito desgastante e considerada a mais dura dos últimos anos.

De todo o modo, não deixa de ser algo de muito bom ter-se mantido com os melhores até quase ao fim da subida ao Galibier. Mas as pernas não deram para tudo.

Nota para um excelente Evans, que para mim é o principal candidato à vitória no Tour. Só não pode descolar dos irmãos Schleck amanhã... depois o contra-relógio fará descair a balança para o seu lado...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

LICENCIADO

Sou licenciado em Gestão pela UTAD.
Além de as notas nunca mais sairem, parece que as melhorias que fui fazendo, para ter a certeza que não teria surpresas desagradáveis na média, podem nem sequer contar. Isto porque, apesar de as minhas notas terem sido publicadas, na secretaria ninguém as reconhece porque não estava inscrito, apesar dos formulários preenchidos e de tudo pago, como, claro está, não podia deixar de ser.

De todo o modo, penso que não devo ter qualquer problema com a média. Pelas contas que fiz, penso que devo ficar com a média de 13.5 a que me propús no início do curso que agora termino. Porque era, claro está, condição sine qua non para fazer mestrado antes de Bolonha (essa tragédia para os estudantes do ensino superior) ser aplicado. Não quero, de algum modo, sentir que vou beneficiar com a minha incompetência... Penso que, deste modo, devo ficar a salvo.

Contudo, não deixo de reflectir neste pormenor. E se não ficasse? Iria mais uma vez ficar refém da incompetência (já tão famosa) da secretaria da UTAD?

Agora ando à procura de trabalho. Não de emprego, convém distinguir. Quase que posso dizer que até pagava para trabalhar. Assim ganhava experiência. De todo o modo, vou andar à procura de estágios profissionais, a ver o que se arranja. Mas que a coisa não está fácil, não está mesmo.

LAVAR O CARRO

Hoje à tarde fui lavar o carro.

Tudo normal.

Só que, como não podia deixar de ser, tinha de ter metido a pata na poça. No fim, depois de tudo limpinho, tinha de me molhar de alto a baixo. Para não variar, azelhice do lavador...

domingo, 17 de julho de 2011

VOLTA A FRANÇA 2011

O ciclismo internacional este ano decorreu de uma forma anormal. A ainda não decisão sobre Alberto Contador é algo que não deveria acontecer. E à custa disto, Contador optou por participar no Giro de Italia em vez de participar no Tour, porque, supostamente, a decisão sobre o tema dos bifes iria sair uma semana antes do Tour.

Contador ganhou categoricamente o Giro. Como em 2008, e como em 2009 o Tour. Ganhou como já não se via alguém ganhar o Giro. Agora optou por concorrer também ao Tour, querendo imitar Pantani, um dos melhores de sempre na sua modalidade. Pantani fez o mesmo em 2008, mas não sei se com EPO ou sem ela. Para todos os efeitos, fez.

Contador teve azar. Já caiu. E por três vezes. E perdeu já quase dois minutos para os concorrentes. Mas já ninguem o dá como candidato. Pode ser mesmo a oportunidade que precisava para atacar nos Alpes. A ver vamos.

SOBRETAXA

Pelos vistos há um desvio colossal nas finanças públicas portuguesas. Foram as palavras ditas pelo Primeiro-Ministro, numa reunião interna à porta fechada do seu partido.

Pelos vistos podem ser quase 2 mil milhões de euros. A nova taxa sobre o IRS, que me parece equilibrada na sua aplicação, corrige em mil milhões. Falta o resto. Falta no corte de despesas, que precisa principalmente de coragem.

Mas parece-me que o senhor que lidera o ministério das Finanças tem essa coragem. E trata os senhores da troika por tu. O que, caso a coisa corra mal, pode ser uma boa ajuda. Mas o importante é a coisa correr ainda melhor do que o que está escrito. Impossível é o défice "irredutível" de Teixeira dos Santos, de 4,6%. Mais uma vez se comprova o mal que fez o PS a este país nos últimos 6 anos.

Incrível é a crítica a esta taxa. Mesmo que, como argumentam, o PIB cresça mais no Verão, é impossível que o défice chegue a 5,9%. Porque estamos em recessão, e porque estamos principalmente, em contracção da procura interna. Por isso, o que mais deve crescer é, até que enfim!, a poupança interna. Deste modo, a sobretaxa é mais que justificada. As críticas do BE e do PC são mais do que compreensíveis. Mas as críticas do PS são algo que me deixa incrédulo. Será que ainda não compreenderam o quão mal deixaram este país???

FC PORTO

O Presidente do FCP tomou mais uma vez a liberdade de surpreender a comunidade desportiva do nosso país, ao contratar o sr. Vitor Pereira, adjunto de AVB, para treinador.

Não espero milagres, como não esperei de AVB. Apenas espero para ver. Quero ver trabalho, e qualidade, mas acima de tudo trabalho. Agora se os outros forem melhores, paciência. Prefiro perder pela competência dos outros que pela minha incompetência. Espero que isso se verifique no campeonato.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

VILLAS BOAS

Parece que vai para o Chelsea (como Mourinho) pela clausula de rescisão (outro deja-vu), e mostra-se mais uma vez como até para treinadores o PC tem jeito...

É indiscutivelmente um grande negócio para o FCP receber 15 milhões por um treinador que há ano e meio era treinador da Académica.

Para o Villas Boas é um grande negócio, uma vez que (se se confirmarem as especulações...) vai ganhar 5 milhões/ano, o que é mais que 5 vezes o que ganha no FCP...

Para os adeptos do FCP é um rombo nas ilusões (remotas, claro...) de ganhar e sonhar com uma repetição do fenómeno Mourinho, mas o futebol é assim. Mas tenhamos de compreender que um treinador de futebol acima de tudo é uma pessoa, e, por mais portista que fosse, o que não duvido, uma vez que não tenho ninguem por mentiroso até prova em contrário, 5 milhões/ano é mesmo muito dinheiro. E até eu, um adepto do FCP, acho que ele faz muito bem em ir...

O problema para resolver fica nas mãos de PC...

sábado, 18 de junho de 2011

NOVO GOVERNO

Antes de mais dizer que, qualquer que fosse o governo, teria todas as condições para fazer um bom trabalho, pois presumo que o PR seja colaborante além da maioria absoluta no Parlamento.

Posto isto, não interessa se houve muitas, poucas, algumas, quase nenhumas, negas. São estes que cá estão e são estes que terão que levar o "barco" a bom porto. E de louvar a "velocidade" com que foi feito este governo. Foi algo tão rápido como nunca eu tinha visto em Portugal. E em 3 semanas temos quase tudo pronto para se começar a trabalhar. De lembrar que, com Sócrates ou Barroso, tivemos sempre um mês ou mais para "arrancar". Desta vez algo diferente. Confirma-se a minha perspectiva, convém mudar a lei para fazer com que isto ande mais depressa ainda.

Agora, os nomes:

- Vitor Gaspar é o Ministro das Finanças. Nunca tinha ouvido falar no homem. Soube agora que foi conselheiro no Banco de Portugal, e que agora era parte do conjunto de homens que Barroso ouvia no que toca a políticas financeiras. Ora, estando na Europa, conhece a troika como ninguém, era mesmo isto que era preciso. Se Vitor Bento não quis vir, PPC escolheu um ainda melhor.

- Paulo Portas dispensa apresentações. Vai ser - até que enfim!, suspira ele - o Ministro dos Negócios Estrangeiros, como sempre quis.

- Aguiar Branco vai ser o Ministro da Defesa. Melhor que Santos Silva vai ser quase de certeza. E já eram horas. E penso que vai ser alguém capaz de reformar de uma forma competente aquele ministério que vai ser alvo de cortes substanciais.

- Miguel Macedo é novo Ministro da Administração Interna. Esperava vê-lo como Ministro dos Assuntos Parlamentares, dada a sua grande experiência no Parlamento. É outro dos "políticos" do Governo. A ver vamos como se safa...

- Paula Teixeira da Cruz é a Ministra da Justiça. Confesso que esperava ver alguém mais daquele meio e mais independente, pois é um dos grandes calcanhares de aquiles da nossa democracia. É extremamente próxima de PPC. Esperava contudo alguém mais independente e menos político. Apesar de tudo, é uma estreia como governante, o que pode abonar em favor dela. Estou curioso para ver o que vai fazer.

- Miguel Relvas é o Ministro dos Assuntos Parlamentares e presumo que seja da Presidência. Não espanta. Político (quase) nato. Foi o principal crispador do discurso com Sócrates e que terá de fazer a ponte com a oposição de esquerda.

- Ministro da Economia e do Emprego (duas áreas interligadas no mesmo ministro, o que é muito bom...) vai ser Alvaro Santos Pereira. Independente. Com um livro publicado sobre como sair da posição em que estamos, terá todas as oportunidades para aplicar a sua "receita".

- Assunção Cristas terá os recursos naturais e o ordenamento do território sobre a sua tutela. Para quem se destacou no Parlamento a fazer perguntas sobre Finanças, vir para a Agricultura soa a esquisito. É o braço direito de Portas no PP.

- A bomba deste governo, na minha opinião, mas que ninguém ainda reparou. Paulo Macedo, o gestor que deu a volta à máquina fiscal no tempo de Ferreira Leite e que encomendou uma missa por alma do Fisco, é o novo Ministro da Saúde. A ideia que dá é que PPC quer definitivamente por fim ao desperdício na Saúde e que urge controlar as despesas naqueles lados, para se cumprir o acordo da "troika". Vamos ver como corre a Saúde com este senhor. Para variar, não pode sempre ser um médico.

- Nuno Crato é o novo Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência (não tinha lógica nenhuma estarem separadas as pastas...). Muito crítico do Ensino como está hoje, tem todas as possibilidades de dar a volta à coisa. A ver com atenção...

- Pedro Mota Soares é o novo ministro da Solidariedade e Segurança Social. Na linha de Bagão Félix, que ajudou a desenvolver o Código do Trabalho da altura. Tem tudo para fazer um bom trabalho, porque as suas intervenções são maioritariamente sobre este tema. Uma boa escolha, para mim...

- Luis Marques Guedes é a velha guarda da política neste Governo. Teria sempre que estar presente, para assegurar uma "interacção" entre o "aparelho" do PSD. Num local pouco relevante e de pouca visibilidade, mas que pode ser muito importante em termos políticos.

- Carlos Moedas é o braço direito de PPC nos últimos tempos. Teria que estar forçosamente a trabalhar na sua dependência.

- Francisco José Viegas dispensa apresentações e seria mais que óbvio que seria o convidado para a Cultura, ainda mais passando a Secretaria de Estado na dependencia do Primeiro Ministro.

Posto isto, não querendo desfazer na idoneidade de ninguém, no dia da tomada de posse vão dizer que prometem cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas. Só é pena que não digam o nome, daria outro simbolismo, mas pronto...é a praxe.

Agora é desejar-lhes bom trabalho, que bem precisam, para ver se nos tiram deste atoleiro onde nos meteu o eng. Sócrates.

E O NOVO GOVERNO É...

Primeiro Ministro - Pedro Passos Coelho

Ministro de Estado e das Finanças – Vitor Gaspar

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros – Paulo Portas

Ministro da Defesa Nacional – José Pedro Aguiar Branco

Ministro da Administração Interna – Miguel Macedo

Ministra da Justiça – Paula Teixeira da Cruz

Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares – Miguel Relvas

Ministro da Economia e do Emprego – Álvaro Santos Pereira

Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território – Assunção Cristas

Ministro da Saúde – Paulo Macedo

Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência – Nuno Crato

Ministro da Solidariedade e da Segurança Social – Pedro Mota Soares

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros – Luís Marques Guedes

Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro – Carlos Moedas

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A PRÓXIMA SEMANA...

Enquanto alguns é só festas e partys e outras coisas fixes, com o dinheiro dos contribuintes portugueses, que nem estão a viver um período de crise nem nada, eu tenho sempre que fazer desde hoje até ao dia 28 e quiçá até ao dia 29 deste mês... Entre ensaios, festas, concertos e exames, tenho de tudo um pouco...enfim, vida de músico, não é???

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NÃO-OFICIAL, MAS QUASE...

Sou mais um dos desempregados deste triste país... O que, em alturas de crise, não ajuda muito...

Além do problema do mestrado. Continuo sem saber mesmo o que fazer... O que, por esta altura, não é de todo a melhor solução...

sábado, 11 de junho de 2011

REPOVOAMENTO

Parece que o discurso do 10 de Junho do Presidente residiu na necessidade do repovoamento.

Todos sabemos que uma das causas, não a única, é o facto de os principais serviços estarem muito longe do interior. Qualquer coisa mais importante tem que ser tratada no Porto, ou nas proximidades, em vez de ser em Vila Real, por exemplo, onde só existem delegações, que têm que pedir documentos às "filiais" que estão nas grandes cidades do país, o que faz demorar ainda mais tempo que um processo se desenvolva.

Ora, tudo isto se podia resolver com, por exemplo, a deslocalização de certos serviços para cidades mais pequenas, ou do interior. Parece lógico.

Ironia das ironias, foi no governo daquele senhor das trapalhadas que esta ideia foi implementada. Sim, foi com Santana Lopes que algumas secretarias de estado e alguns ministérios foram deslocalizados. Afinal o homem até percebia da coisa, mas a pressa em lá por um senhor, que acabou por ser o coveiro da nossa nação, falou mais alto... Sócrates cometeu o dobro das gaffes de Santana, mas nada foi criticado...

Enfim, para quem quiser, que vá ver os arquivos. Mas afinal o homem até tinha razão. E até o Presidente, que nem gosta nada dele, teve que, indirectamente, o admitir...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

DOMINGO

Ontem foi um dia importante para o país. Para o bem ou para o mal, foi um dia mito importante. Quanto mais não seja porque foi um dia em que se mudou o primeiro-ministro.

Como 60% dos portugueses, fui votar. Porque considero que é um dever de cada pessoa ir votar. Ir dizer aquilo que quer para o futuro da nossa pátria. E posso começar por aqui. A abstenção é um dos problemas da nossa democracia. E considero, por isso, para se combater este comodismo situacionista, de que tanto faz ir votar ou não, que considero que o voto deve ser obrigatório e, que quem não vote, deva sofrer pesadas multas por isso. Pode parecer um disparate, mas daqui a 20 anos nunca mais teriamos este tipo de problemas, uma vez que já se teria instalado a cultura de voto na sociedade portuguesa.

Contudo isto implica outra coisa. A comunicação social referia que 9,5 milhões de portugueses iriam às urnas hoje. Ora, nós somos 10 milhões. Assim, sobram 500 mil pessoas com menos de 18 anos e, desse modo, sem condições de ir votar. Alguém acredita nisto? Deste modo, o voto ser obrigatório obriga a que os cadernos eleitorais sejam sistematicamente actualizados, de ano a ano pelo menos. Assim, evitam-se problemas com os eleitores e a abstenção fantasma.

Fui votar. Estive que estar cinco minutos à espera. Cheguei à mesa de voto 5 minutos antes da hora. Uma questão de picuinhice ("a lei diz que é as 8h que abrem as mesas de voto, e só abrimos às 8h!") fez com que eu chegasse atrasado ao serviço da banda, coisa que eu manifestamente não aprecio! Outra coisa que é necessário mudar, na minha opinião. Estava tudo pronto. Delegados "in su sitio", apetrechos todos montados, mas a lei só manda abrir às 8h. É necessário incentivar uma interpretação menos à letra da lei. Não havia, no meu entender, necessidade disto!

Estive no serviço da banda. De tarde jogariam Federer e Nadal. Para mim, os melhores tenistas destes tempos (Djokovic é apenas algo mais mediático, por ser um emblema da Sérvia - país da belíssima Ana Ivanovic - mas que não considero que seja tão bom como os outros dois, pois beneficia do declínio normal de Federer, com 30 anos e da menor capacidade física de Nadal) e dos melhores de sempre. Prometia ser um jogaço, que infelizmente não pude ver. Consta que Federer foi vítima mais uma vez do "bloqueio" que sofre cada vez que defornta Nadal, pois a ganhar no primeiro set por 5-2, não conseguiu fechar.

Por fim, vim para casa. Lar, doce lar, ao fim de mais de 180 km de viagem naquele dia. Pelo caminho soube da vitória de Passos Coelho, como confirmavam as sondagens, mas longe do empate técnico (como justificar os mais de 10% de diferença?, como é possível um erro assim?) e da demissão de Sócrates (corajosa a jornalista que lhe perguntou sobre os processos e a possibilidade de as coisas poderem dar para o torto para o lado do ex-PM...), da vitória de Jerónimo e da continuidade de Louçã (apesar da derrota...discutível opção, na minha opinião...). Já em casa ouvi o discurso de Portas (que me pareceu desiludido com o muito que as eleições lhe deram...) e de Passos, o novo primeiro ministro, que no fim, cantou o hino nacional. Um apelo patriótico numa altura dificil como a que vivemos.

E, depois de um dia muito longo, fui dormir. Depois de ouvir ainda a gaffe de Marcelo, que chamou Gomes a Bernardino Soares, o previsível líder da bancada parlamentar do PCP.


PS1) Sócrates deveria ser um case-study, até da maneira como fez o discurso final, onde não admitiu muitos dos seus erros, apenas alguns, e vangloriou-se de ter agido, o que sabemos nem sempre ser a coisa certa, pois mais vale estar quieto em vez de se fazerem disparates...

PS2) O BE é mais um case-study, desta vez como um novo partido não deve agir, pois corre o risco de se tornar num novo PRD...

PS3) A minha banda está a tocar bem, outra vez, como já o tinha feito no ano passado...

PS4) Parece que vamos ter um indivíduo no parlamento que já esteve no Big Brother, uma das consequências dos tempos de Sócrates no PS...

PS5) Já se começam a afiar as facas dentro do PS (Assis, Seguro e Costa - embora este mais discreto e empurrado por António Vitorino)... Agora que partido será o "saco de gatos" (dixit... António Vitorino...) nos próximos tempos?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PEDRO PASSOS COELHO

Cada vez mais demonstra que é um indivíduo diferente de todos os outros que andam na política portuguesa. Na minha opinião para melhor.

Passos foi apresentar um livro de um especialista em Educação, Santana Castilho (que escreve regularmente para o jornal Público). Ora, nessa apresentação, consta que Passos disse que tinha perguntado a este especialista o que pensava do programa do PSD no âmbito da Educação e que a resposta tinha sido muito negativa, que o programa ia no sentido errado. E que, tendo em conta a opinião do dito senhor, ia fazer algumas alterações. Diz o mencionado especialista que tinha considerado esse assunto como matéria mais pessoal e nada diria na apresentação do seu livro, mas que Passos teve uma atitude que o surpreendeu, de uma cortesia, ao mencionar a conversa e que ficou muito surpreendido e agradado com tal atitude.

Pelos vistos, as únicas pessoas que se lembraram de comentar tal atitude foram aquelas que não estiveram lá. Sócrates veio logo dizer que se tratava de uma imaturidade apresentar um programa e depois dizer que o ia alterar. Sem mais, e insistindo no assunto vezes sem conta. Pacheco Pereira (o especialista-mor no desporto "tiro ao líder do PSD", seja quem seja) veio logo dizer que tinham críticado violentamente o programa do PSD, que era um sinal de uma possível incapacidade de Passos, com quem, diga-se, nunca simpatizou muito.

Ora, eu digo que é um sinal de humildade. Apresentou-se um programa e quando um especialista renomado como o sr. Castilho diz que algo está mal, ou a ir no sentido errado, das duas uma: ou enfiamos a cabeça na areia, ou então corrigimos o erro. Face a esta situação eu prefiro sem dúvida a segunda opção. Por todas as razões e mais algumas, que, como é óbvio, me abstenho de explicar. Pelos vistos, Sócrates prefere a primeira. Por isso levou o país para o estado a que chegou.

E é por isso que, com mais esta razão, dia 5 voto em Pedro Passos Coelho. Porque é definitivamente algo diferente no que se pode ambicionar na liderança de Portugal. E entre este e qualquer um dos outros, defnitivamente este!

A ESCOLA PORTUGUESA

Apareceu na informação portuguesa um vídeo postado no facebook (que, ironia das ironias!, já foi apagado, sinal da coragem do corajoso...) que constava de uma rapariga a ser agredida por duas outras raparigas e mais 3 rapazes a filmar a dita cena.

Ora, sobre isto, ocorre-me fazer algumas considerações:

- No meu tempo (não é que eu seja muito velho...), quando situações anormais como esta aconteciam, das duas uma, ou se separavam as pessoas, ou então arranjava-se alguém que as fosse separar. Hoje em dia filma-se a cena e posta-se no Facebook.

- Segundo se consta, as raparigas tem idades entre os 15 e os 16 anos, ou seja, têm idade para andarem entre o 9º e o 10º anos de escolaridade. Estas não andavam em escola nenhuma. E pelo que soube, e agradecia que me corrigissem, não faziam rigorosamente nada da vida. Não sei como entraram na escola. Mas o mais grave é os próprios pais não as pôrem a fazer alguma coisa. Se fosse comigo, eu (e com muitos dos que cresceram comigo acontece a mesma coisa...) já estavamos a cuidar da vinha e não adiantava a desculpa da exploração de trabalho infantil. Já que não estudas, ao menos trabalhas!

- E desta consideração vem mais outra. Estou extremamente desconfiado que os pais destas mademoiselles também não fazem nada da vida, e vivem (coitados!, segundo o BE) à custa dos subsídios do Estado. Pois seria uma altura muito boa para os porem a trabalhar. Ou para eles próprios, pondo-os a estudar ou a "cavar batatas", como dizia a minha avó, ou então a limpar as ruas. Assim dava-se melhor uso ao dinheiro, e mais racionalidade, pois são conhecidos casos em que as pessoas andam com os subsídios porque é muito mais cómodo e lhes pagam para não trabalhar. Assim, se querem, trabalham. Nunca ouvi dizer que fizesse mal a alguém.

- E desta vem mais outra. Estamos numa sociedade onde as pessoas se capacitaram que as coisas lhes vêm ter aos pés. Que têm o direito a ter tudo, sem dar nada em troca. O mesmo se pode passar quando nas escolas se partem vidros propositadamente e depois são os contribuintes (e não os infractores) que pagam. Depois quando chega a factura dos disparates diz-se que pague o Presidente que é mais rico. Este é um exemplo. Está a ser criada uma sociedade com uma lógica totalmente alterada e adulterada. Está na altura de se acabar com isso. E isso vai acabar por custar votos. Que seja, mas seria o que eu faria se fosse Primeiro-Ministro.

CAMPANHA DO PS

Está a ser a coisa mais deplorável moralmente que me lembro.

Primeiro, apanham imigrantes que nem sequer podem votar, sem nacionalidade, e mandam-nos para os congressos aplaudir Sócrates. Agora, como foi descoberta a manobra, passa-se a um outro modelo. Convidam-se pessoas para irem a uma visita ao Sea Life no Porto. Com um bónus. Uma ida a um Congresso do PS.

Lembro-me com isto de ter uma altura ouvido (ou lido, já não sei bem...) uma reportagem sobre o ainda Primeiro-Ministro. Referia-se constantemente a sua preocupação com a imagem. O treinar cada intervenção horas e horas ao espelho, a introdução do teleponto nos discursos políticos, os congressos planeados ao pormenor da imagem, entre outros, revelam bem de que calibre é feito o nosso PM.

E esta é mais uma preocupação. Interessa mostrar que está muita gente nos congressos. Nem que não esteja, ou que nem vote naquele sítio, ou até que nem possa votar. O convite feito a muitos, com lanche pago e transporte pago, também, pelas juntas de freguesia PS, é o mais flagrante.

Comentários já todos os fizeram. Eu não o condeno. Apenas não acho legítimo...

DEBATE PASSOS X SÓCRATES

Vou começar por aqui.

Continuo a acreditar que Passos perdeu no debate com Sócrates. Apesar de não ter sido por KO. Bem pelo contrário. Foi bem equilibrado e Passos até acabou melhor, o que levou a um espanto de Sócrates.

Contudo Sócrates tem o truque que se usava nos tempos de Hitler. Quando se insiste numa mensagem, de preferência curta e facilmente memorizável, apesar de poder ser, ou não, mentira, quando se repete essa mensagem até à exaustão, acaba por virar verdade. E isso está comprovado com as campanhas de Goebbels.

A modos que, com aquela coisa dos co-pagamentos da saúde, Sócrates conseguiu o seu intento e atirar com Passos ao tapete. Espantou-me que não tivesse prosseguido com a parte da Educação e dos despedimentos sem justa-causa. Aí teria sido o fim de Passos.

Contudo, a coisa começa a virar, devagar. E Passos martela com os desempregados, e a dívida, e o FMI. E Sócrates não explica. E depois atira com a tacada final, já em desespero, do moralismo, e do dizer-mal e do bota-abaixismo. E Passos começa a ganhar cada vez mais confiança. Passos acabou muito melhor que Sócrates. Contudo, dado o facto de ter sido atirado ao tapete na saúde faz-me crer que é por isso que ainda não descolou nas sondagens. Apesar de existirem muitas tendências nas mesmas.

Contudo, digo aquilo que já mencionei. O facto de Passos não ter levado uma coça nos debates aumentou e de que forma as suas possibilidades de poder ganhar estas eleições com uma maioria folgada. A ver vamos se chega para a absoluta...
Tanta coisa para falar e eu sem tempo para escrever...

terça-feira, 17 de maio de 2011

DÍVIDA - REESTRUTURAR?

Tem-se falado muito nesta campanha eleitoral sobre a reestruturação da dívida.

É bom falar-se disto nesta altura, porque é agora que as coisas se devem colocar, para percebermos todas as diferenças entre as diversas situações.

Portugal assinou um pacote de resgate para que não entre em situação de insolvência. Contudo isso trás algumas condições por trás, que podem não ser as mais bonitas deste mundo (ver MoU, troika, neste link...). Pelo contrário, o BE e o PCP defendem que seria preferível reestruturar a dívida.

O problema que eu coloco é se será preferível fazê-lo agora, ou mais tarde, depois de estar a divida um bocadinho mais controlada e o pacote a ser cumprido na totalidade.

Na minha opinião, fazê-lo agora seria prejudicial. Porque os nossos credores não iriam ser nada simpáticos connosco. Fazê-lo depois até poderia ser importante. Concordo neste aspecto com PPC. De todo o modo, é bom esperar por mais desenvolvimentos sobre esta matéria...


P.S.: Não vou comentar o que se passa com Dominic Strauss-Kahn até existir uma decisão final por parte das autoridades judiciais.

PORTO X BRAGA

É bom que haja uma final portuguesa nas competições europeias. Porque premeia o nosso futebol. E porque sou patriota, para o bem e para o mal, e gosto que os Portugueses vão longe nas provas da UEFA. Por isso torço até pelo SLB nestas alturas (menos quando jogou contra o Braga, claro...).

E é bom porque junta uma equipa que mereceu chegar à final da competição pelo que fez desde o seu início (FCP) e outra que, pelo que fez na Champions, merecia lá ter continuado. Não continuou e eliminou alguns dos históricos da Europa do futebol.

De todo o modo, sou portista. Espero que o meu clube ganhe. Mas espero mais ver um grande jogo de futebol. Como o que vimos na primeira volta do campeonato, que terminou no último domingo, com o umeu clube a terminar o campeonato sem derrotas (um feito nunca conseguido desde 1973), e que acabou com uma vitoria do FCP por 3-2. Um grande jogo, sem casos, onde o futebol saiu a ganhar.

Boa sorte a ambos.

PEDRO PASSOS COELHO

Tem sido o mais bombardeado com críticas. De todo o lado. Da esquerda eu compreendo. De Sócrates também. De Portas, nem por isso. Era um castigo divino ver o PSD com maioria absoluta e não levar o CDS para o governo. Seria um duro golpe para o homem que mais absurdamente se tem comportado na campanha eleitoral. Principalmente porque não ataca Sócrates como ataca PPC.

De todo o modo, tem sido também o mais corajoso. Porque fez o mais dificil. Propor um programa eleitoral diferente. Algo que fosse mais longe do que alguma vez se foi em Portugal. E pode pagar por isso. Pode pagar pelo medo que Sócrates e os seus tentam incutir aos Portugueses. A escola pública, a saúde pública, enfim, o que nós sabemos.

Hoje esteve bem com Louçã, na minha opinião. Mas esteve sempre muito defensivo. Apesar de pôr muita tónica no que fez o Governo, esteve sempre muito à defesa. Sem muito espírito de ataque. De encostar Louçã à parede. Mas também procurou um discurso mais à esquerda. O que é bom. Mas PPC tem de ser mais atacante com Sócrates. Porque ele não lhe vai dar descanso. E concordo com Marcelo. Se Sócrates começa a atacar e tem o flanco aberto então PPC está frito e leva uma coça das antigas.

Esperemos que não. Porque Sócrates está mal em termos de conteúdo. Como de costume em termos de forma. O problema é que sem conteúdo a coisa pode não resultar. Pelos vistos ainda vai resultando. A ver vamos até onde. Mas não parece estar bem informado. Parece que não sabe bem das coisas. Aquela gaffe das taxas marginais foi demais. Muito grave. E isso é mau. É mau que um Primeiro-Ministro não conheça as leis que aplica. Como que tenha um programa eleitoral que nada tem a ver com a realidade e com o programa que assinou.

Confio em PPC. É nele que vou votar dia 5. Isto se votar. Tenho festa da banda nesse dia. Mas quero que PPC ganhe. Porque Portugal precisa. E de que maneira.

PAULO PORTAS

Concordo com o que disse Joana Amaral Dias no "cortex-frontal". De facto, toda a gente poupa o dr. Paulo Portas porque precisam dele depois, para formar governo.

Contudo, é muito diferente o impacto do seu partido caso tenha 5%, 10% ou 20% ou 30% num futuro governo. Porque depois a capacidade de impor a sua política será, consequentemente, maior. Logo, não compreendo porque é que disse que o impacto seria o mesmo, num governo com o PSD, qualquer que fosse a percentgem de votos. É óbvio que isso não acontece.

E Portas está a ser um populista disfarçado de moralista. E é por essas e por outras que, se estava indeciso entre votar num ou noutro, já decidi em quem voto. E se Portas pergunta porque é que o PSD não quis fazer coligação com o CDS, que se lembre que em 2005 foi exactamente ao contrário, e que agora o feitiço se virou contra o feiticeiro. Parece que já não gosta muito da coisa...

Voto, claro está, em PPC. Porque está a ser o mais corajoso. Está, afinal de contas, a pôr tudo em causa. Porque nestas alturas é necessário por tudo em causa. E fez um programa eleitoral diferente. Onde mostrou ideias novas. Onde quer cortar com o passado, o que é cada vez mais necessário. E se compararmos com 2005 e com 2009, nunca como agora o programa do PSD está tão na berlinda. Sinal que nem Sócrates nem o PS têm nada diferente para nos dar. Mas querem, pois claro, continuar lá.

O programa das Novas Oportunidades seria um óptimo principio. Só é pena que esteja a ser muito mal aplicado. Porque se certifica acima de tudo a ignorância, em vez de se promover o mérito. Por isso é que hoje PPC questionou quantos formados neste programa estão empregados. E a resposta é muito poucos. Por algum motivo será...mas isso deixo para um próximo post...

Portas, o moralista de serviço, não questiona nada de concreto. Só aquilo que fica no ouvido. o soundbyte. Muito à Sócrates. E se calhar, de diferente, têm muito pouco...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

JOSE SOCRATES...

"Espero que os debates corram com elevação e permitam explicitar as propostas de cada um e as suas diferenças. Da minha parte, não contarão com outra coisa."

"Em qualquer caso, não é a primeira vez que este Governo PSD/PP mostra que lida mal com quem tem opiniões diferentes da sua, revelando uma enorme falta de cultura democrática."

"Para além do esclarecimento inicial, que se impunha, dada a campanha de torpes insinuações a que o líder do PSD se dedicou nos últimos dias ... "

"O Governo do PS, garanto, não chorará o passado, nem desperdiçará energias a falar das pesadas «heranças». O Governo do PS tratará de preparar o futuro, com a certeza de quem tem um caminho para Portugal e confiança para o percorrer."

"É preciso falar sobre os temas que interessam aos portugueses e não desperdiçar energias com fait divers."

"A utilização dos meios do Estado ao serviço dos interesses eleitoralistas do PSD não tem fim. O ainda líder do PSD foi hoje a Lisboa trocar de carro, «mascarou-se» de primeiro-ministro e foi a Monte Real assinar um protocolo para a cedência da Base Aérea .. "

"O ainda líder do PSD, perante a marcha dos acontecimentos, continua diariamente a produzir afirmações extraordinárias e a tirar inimagináveis «coelhos da cartola». "

"Os números hoje divulgados sobre desemprego (7, 1 % da população activa, revelando um grande aumento no último trimestre do ano passado) são trágicos e revelam a justiça das nossas posições.
Um Governo do PS voltará a colocar a questão do emprego entre as grandes prioridades da sua acção política, ao contrário do que sucedeu nos últimos três anos, com as consequências que aí estão."

" Não é a maioria absoluta que levará o P.S. a dar menos atenção às oposições ou ao Parlamento. Pelo contrário, a maioria absoluta exige-nos – estarmos bem conscientes disso – um respeito e uma atenção acrescida pelas opiniões de todos. "

in josesocrates.blogs.sapo.pt

Pois...acho que estamos todos conversados...

P.S.: Agora parece que anda com uma cassete que vai repetir até à exaustão, e que já enjoa, dizendo que o acordo com a troika e o PEC IV são iguais, quando são coisas completamente distintas...só não vê quem não quer. O problema é que ninguem se apercebeu que é necessário desmontar esta teoria de alto a baixo, porque senão Socrates arrisca-se a ganhar estas eleições a fazer-se de coitadinho...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PARABENS

Parabens ao Braga e a Domingos Paciência. Porque na minha opinião mereceram muito chegar onde chegaram, e a sorte também faz parte do jogo. Não convém esquecer que por sorte o Lyon apurou o Benfica para a Liga Europa, senão nem estava por lá...

O Porto cumpriu a sua missão e geriu uma eliminatória que já estava ganha por antecedência. Mal esteve a "Marca", jornal espanhol, que mais uma vez demonstrou que os espanhois não suportam quando os portugueses são melhores do que eles, e trataram de criar logo uma suspeita sobre o árbitro e um suposto jantar com directores do FCP. Suspeita essa logo aproveitada pelo treinador do Villarreal, que também não simpatizei. Mas pronto, são coisas do futebol.

De todo o modo, o futebol português está de parabéns. Uma coisa destas não acontece todos os dias.

PASSOS COELHO NA RTP

Após ouvir a entrevista na RTP, lembrei-me que finalmente estava a ouvir um homem bem educado que respondia às perguntas que lhe colocavam, sem estar a perder tempo com a música do costume, e sem estar irritado com perguntas que não gosta ou quando não o deixam repetir o soundbyte de sempre.

Lembrei-me também de que, para variar, ao menos poderiamos ter alguém a liderar o país que saiba lidar com a crítica e que ponha essa crítica a trabalhar para si, de um modo extremamente produtivo.

Lembrei-me, em suma, como Passos Coelho é tão diferente de Sócrates em termos de personalidade. Para melhor...

PLANO DE AUSTERIDADE

Chumbamos o PEC IV porque não era suficientemente profundo by Passos Coelho...

Ora bolas, parece que afinal o homem tinha razão. E que Sócrates mais uma vez foi de uma integridade nula. Correu a anunciar aos quatro ventos que vinha aí o fim do mundo, a liberalização dos despedimentos, o corte nos salários, nas pensões, os despedimentos sem justa causa, e mais todos sabemos.

Afinal agora vem um fulano qualquer do FMI a dizer que o ponto de partida era o PEC IV, mas que não era sufuciente o que la estava escrito. É quase a mesma coisa que foi criticada a PPC, mas como este não é português e nao disputa eleições, ninguem lhe diz nada.

Fez lembrar o que fizeram a MFL. Uma ironia tirada do contexto foi o suficiente para ela começar a entrar em descrédito. Tudo isto com a conivência da Comunicação Social. Temos jornalistas de muito má qualidade. Mas pronto, é o país que temos e que merecemos, pois nao fazemos nada para o mudar...

Por estas e por outras, cada vez gosto menos de Sócrates...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

JOSÉ SÓCRATES

É o primeiro-ministro, apesar de ser de um governo de gestão (por se ter demitido...), de Portugal até ao dia da tomada de posse do novo governo. Santa paciência, mas vamos mesmo ter de o aturar.

Mas a intervenção de hoje dele foi de bradar aos céus. Foi de um propagandismo próprio de uma pessoa que parece que ainda não acordou para a realidade. E que esta realidade é excepcional e merece ser tratada de um modo excepcional.

Mas não. Sempre a mesma propaganda. O aproveitar destes momentos importantes para criticar quem o critica, e de um modo extremamente baixo. Os primeiros minutos da intervenção foram para criticar a oposição e, principalmente, Pedro Passos Coelho. Depois vangloriou-se e conseguiu elogiar o Ministro das Finanças que até queria demitir, mas que Cavaco não deixou.

Mais uma vez Sócrates provou que não sabe lidar com a crítica. Gosta de criticar, mas não que o critiquem. Não aceita opiniões contrárias e isso ficou hoje demonstrado. Para confirmar o que se passa nos debates quinzenais no Parlamento onde não responde a nada do que se lhe pergunta e nada mais faz do que gastar o tempo que tem disponível. Ir lá ou não ir é a mesmíssima coisa. Com uma diferença. Se não fosse, se calhar a sua produtividade seria maior. E como nós precisamos de pessoas produtivas para ultrapassarmos a crise.

Temos um traste aos comandos do país. Que vai deixar Portugal na bancarrota. Quando MFL dizia que Portugal não se podia endividar mais, falava JS em recessão. Logo aqui se demonstra quem sabe do que está a falar e quem não sabe. O domínio das coisas é assustador de uma senhora "profeta da desgraça" e de um senhor que era o rosto da modernidade. Vê-se!!!

Agora é Portugal quem paga. Eu, tu e as nossas famílias. Mas a maioria dos portugueses querem um homem destes ao destino de Portugal. Pelo menos nos últimos 6 anos assim o quiseram. Espero que desta vez não queiram. A bem de quem paga pelos erros dele...

BARCELONA X REAL MADRID

Além do jogo, que vi partes (em segundos) porque estava mais que decidida a eliminatória, marcou-me muito foi uma frase de Guardiola, que diz que os seus jogadores são um exemplo em termos de fair-play.

Pois. E de que maneira. O ano passado em Milão armaram confusão no túnel dos balenários depois de terem perdido com o Inter. Este ano em Madrid o jogo da Champions não foi mais do que uma vergonha. Aquele vídeo que o Real Madrid mostrou, além de ser feito para chocar, mostra coisas muito graves. Jogadores a insultarem (Busquets a Marcelo: "Macaco!") colegas de profissão. Jogadores a atirarem-se para o chão, e a entrada de Pepe a Dani Alves não é de expulsão e o jogador levanta-se logo depois da exibição do cartão vermelho ao jogador madrileno. Além das sistemáticas provocações e pressões ao árbitro. Os benfiquistas devem-se lembrar de um episódio que agora me recordei...

Hoje, Mascherano cai sem motivo, mais uma série de faltas manhosas, um golo mal anulado...enfim, uma série de circustâncias que fizeram o Barça, uma das melhores equipas do mundo a jogar à bola, passar sem o merecer. E mais uma arbitragem manhosa, como a do Barça x Arsenal, onde Van Persie é muito mal expulso e isso desiquilibra todo o modo de jogar, embora os mais "cultos" digam sempre que não... Como se fosse a mesma coisa jogar com 11 ou com 10, como trabalhar com 10 ou com 9 dedos...é a mesmíssima coisa...

So espero que o Manchester faça justiça. Porque espero que esteja moralizado com o Campeonato que vai (espero) justamente ganhar, e porque terá toda a artlharia pronta a jogar nesse jogo que vai ser uma batalha mais mental do que de qualidade. Porque o Barça tem muita bola, mas como dizia o meu professor de clarinete: "Encher os olhos de quem não percebe, basta mexeres os dedos rápido e certinho. A mim isso não me chega!" Traduzindo pa "futebolês": podes ter 85% de posse de bola, mas se não fizeres nada com ela, é "igual ao litro". Como Mourinho conseguiu fazer na Taça do Rei e estava a conseguir na semana passada. Para mim é o melhor treinador do mundo.

E para terminar, pergunto: É isto o exemplo de fair-play???

quinta-feira, 28 de abril de 2011

INDEED RETIREMENT

Estou a planear retirar-me da musica. Tenho vivido estes últimos anos num sistema que é algo deprimente, pelo menos para mim. O objectivo tem sido manter as minhas qualidades enquanto musico, que fui adquirindo enquanto estudante de Conservatório, e depois, no verão, elevá-las em função do nível dos serviços que for efectuando.

Só que é deprimente e a coisa está a resultar mais ou menos. Algumas das qualidades estão a perder-se. Quem me conhece sabe disso. E sabe também que não estou para me ir mantendo assim, sem ligar nenhuma a esse facto. Sou muito favorável a que uma pessoa pare enquanto é tempo, antes que seja tarde demais. A grande consequencia disso é que deixamos de ser lembrados pelo bom que fizemos e passamos a ser lembrados pelo mal como acabámos. E isso eu não quero.

Enquanto aluno do Conservatório tive o prazer e o privilégio de estrear algumas obras neste distrito. Por outro lado, sempre fui reconhecido por ser minimamente consistente e com uma qualidade minimamente aceitável. São essas qualidades que eu não quero que se percam e que não quero que outros se esqueçam daquilo que eu era, em detrimento daquilo que sou hoje.

Além disso, tenciono acabar este ano a minha licenciatura. Depois disto, vem o mestrado. São mais dois anos. Depois disto, espero eu que venha o mercado de trabalho, com uma vaga para mim, se Deus quiser. Terei, nessa altura, 25 anos. E será aí, se tudo correr pelo normal, a minha última temporada nas bandas. E enquanto clarinetista. Depois disso, fecho o clarinete no armário, para não voltar a sair.

domingo, 24 de abril de 2011

O DEFICIT

Estive fora toda esta última semana. Como já disse num post anterior, fui gravar um CD.

Contudo, hoje, domingo, estive muito entretido a saber quais as principai novidades e o que foi que perdi durante esta semana.

O FCP ganhou mais uma vez (já deixou de ser novidade...) na lUZ, conseguindo-se apurar para a Final da Taça de Portugal, no Jamor. O SLB ganhou a Taça da Liga, frente ao Paços, onde parece que também sofreu.

A maior novidade parece ser aquela de que ninguém fala e que me leva a acreditar que Sócrates dever ter muitos compadrios por toda a TV generalista em Portugal. Porque so assim entendo que estas coisas aconteçam e nada se passe.

Então o défice de 2009 passou de 9.3% para 10,1% e o de 2010 passou de 7,3% para 9.1% e ainda são se levantou nenhuma das vozes iluminadas? Vivemos no 3º mundo? Isto não é mudar as regras depois do jogo. São receitas escondidas e que agora estão postas de fora!!!

Então que é feito dos comentadores que falaram e de que maneira do descalabro de Santana Lopes com um défice "enorme" de... 6.83% (e o mais interessante de tudo, previsto, não confirmado!!!)??? E como se comenta que o Ministro das Finanças de Sócrates é... Sócrates (Luis Campos e Cunha dixit ao SOL)??? Credo, e o homem continua a ser o maior? E MFL é que era a bruxa e pessimista? E Passos um individuo que revela "amadorismo"? (sim, por foi Assis que o disse, e fala verdade: com a máquina de propaganda do PS quem não é amador?)

Espero que dia 5 de Junho, por mais mau que Passos e Portas sejam, o povo não se esqueça de quem o levou a esta situação. E que não se esqueça que estamos muito mais próximos da bancarrota do que alguma vez estivemos desde 1983. É isto que está em jogo. Irmos ou não, em via rápida, para a falência.

P.S. 1: Só um pequeno pormenor. Alguém considera normal que, estando por cá um conjunto de pessoas que veio fazer uma vistoria à casa, para saber como andam as coisas neste "rectângulo à beira-mar plantado", Sócrates tenha ido passar férias para o Algarve e tenha dado Tolerância de Ponto à Função Pública, desbaratando mais 20 milhões de euros? Muito sui-generis, na minha opinião...

P.S. 2: Outro pormenor. Enfiaram o anúncio de mais uma má notícia antes da Páscoa, e no dia em que o Benfica ganhou mais um trofeu, ou seja um dia em que ninguém liga à TV. A propaganda de Sócrates ao mais alto nível. É este tipo de coisas que não se pode esquecer no dia 5 de Junho...

P.S. 3: Já alguém se deu conta de quem é um dos candidatos a deputado? Um senhor que de grande mérito é ter ficado em quarto lugar na primeira edição do Big Brother... um tal de Telmo qualquer coisa... como nós estamos... Portugal no seu melhor...

VALTER PALMA

Só mesmo para dizer que o Valter está de parabéns. Gravou o seu primeiro CD como maestro da Banda de S. Mamede de Ribatua.

Exemplar a forma como geriu os recursos que tinha disponíveis e de qualidade a forma como trabalhou a banda. Estou extremamente curioso para ver qual foi o resultado final de todo o (muito) trabalho desenvolvido.

De todo o modo, desejo-lhe as maiores felicidades, pois é um tipo impecável além de ser um músico muito bom...

sábado, 23 de abril de 2011

BENFICA 1 - 3 PORTO

Confesso que me deu um gostinho especial ver mais uma vez o Porto a ganhar na Luz. O Villas Boas está mais uma vez de parabens...

sábado, 16 de abril de 2011

FMI

Esta vinha no público. E passo a escrever...

- Vai ficar até quando em Portugal? - pergunta-se a um "sr. FMI"
- Até endireitar as contas, cortar nos gastos excessivos, ter critério nas despesas... Enfim, até que haja racionalidade na economia portuguesa. Gosto do clima, é um bom lugar para envelhecer...

E pronto, está tudo dito. O grande problema do nosso país é que tem vivido numa irracionalidade económica da qual o nosso país parece não querer sair. E que quem vai pagar por ela vai ser a minha geração. Basta ver quem domina mais um bocadinho de economia a criticar o ponto a que se chegou. Mas o mais esquisito é que quando alguns deles foram governantes não conseguiram chegar a lado nenhum, a não ser, posteriormente, a empresas privadas. E grandes empresas.

O problema está diagnosticado. O grande problema de Portugal pode ser comparado a um doente de cancro. Quando confrontado com a realidade prefere correr os médicos todos a ver se existe algum que não corrobora o diagnóstico, para continuar tudo na mesma. É que mudar de vida custa muito. No nosso caso, já corremos os médicos todos, demoramos muito tempo e ficamos muito pior. Está na hora da quimioterapia agressiva. E isso implica uma diminuição de salários, redução do consumo, para depois voltarmos a crescer, de preferência sem necessidade de grandes impostos. E reduzir o papel do Estado ao absolutamente essencial. Só assim poderemos mesmo voltar ao sitio. Sem paranoias privacionistas. Algo coerente.

Até lá continuamos na mesma. Com todos os mesmos problemas.

FERNANDO NOBRE

Só mesmo para perguntar se ele tem noção do disparate proferido quando diz que só vai para deputado se fôr para Presidente da AR, caso contrário renuncia ao mandato de deputado. Que belo disparate! Então ele não é eleito para deputado? Passa a ser eleito presidente da AR? Está bem, está...

ABRIL

Este mês tem sido muito positivo. Andava com necessidade de resolver uns certos e determinados assuntos, e parece que este segundo quarto do ano vai ser extremamente útil para isso. Precisava de comprar um novo PC. Um daqueles que me garanta um período de 5 a 10 anos, pelo menos. Um bom investimento. E está feito. Comprado o pc, estou a escrever o primeiro post a partir dele.

Foi a minha festa de finalista. Apesar de eu ainda não compreender muito bem porque é que se festeja antes de se acabar qualquer coisa, isto é muito à portuguesa, mas pronto. Comprei um fatinho e lá fui eu todo janota para a festarola. Ganhei mais um fato para quando for maestro de uma banda ir todo chique para as festas. Fica sempre bem.

Já me informei sobre o aparelho que permite cobrar as portagens nas SCUT's. Tenho de ir aos CTT. Sim, tenho. Porque se me for a fiar no meu pai, vai ser sempre em cima do joelho, e as festas em Cinfães estão a aproximar-se e eu não quero ter de pagar dinheiro extra. Sim, porque as auto-estradas não podem ser de borla. Isso só em sonhos.

Agora as férias aproximam-se e sai mais um estágio na Banda de S. Mamede de Riba Tua, dirigida pelo meu amigo Valter Palma. Connects, como diria a professora de Empreendedorismo. Depois, o mês mais diabólico dos últimos tempos vai ser Maio. Acabar o curso tem que se lhe diga e quem prefere os trabalhos às frequências não pode bater bem do juízo.

Mas até lá é gozar as férias. E bem que já estava a precisar delas...

terça-feira, 12 de abril de 2011

PRECISA-SE DE UM CONSELHO COM URGÊNCIA...

Para variar, e como bom português que sou, deixei tudo para a última da hora.

Tenho de decidir o que vou fazer no próximo ano. Ou seja, em mestrado.

Para variar continuo indeciso em duas coisas, e depois em mais duas. Esquisito? Eu explico: Mestrado, especializando-me numa coisa, como se advoga, ou então optar por um mestrado mais "generalista", por assim dizer, como também se advoga? É que depois de tirado o mestrado, para todos os efeitos só posso concorrer para cargos condizentes com o mestrado que tirei...isto segundo me contaram...

Depois, especializo-me (se me especializar...) em quê? Duas áreas de eleição: Gestão de Serviços de Saúde ou Administração Pública? Mas aceitam-se outras que eu desconheça e que me possam interessar... :)

De todo o modo, tenho muito em que pensar nos próximos tempos. Mas também tenho que começar a perguntar a muita gente o que acha sobre o assunto. É que a agenda começa a apertar...

Um conselho urgente precisa-se...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

FERNANDO NOBRE

 Confesso que dou voltas à imaginação para compreender quem o critica.

Está bem que ele está a ser incoerente com o que disse, mas, que diabo, só Sócrates é que pode mudar de opinião e ser louvado? Ora bolas, assim é que não pode ser.  Porque carga de água é que o homem simpatizando com um determinado projecto não pode ajudar a que ele vingue na sociedade do seu país?

Por outro lado acho fantástico o que dizem e fazem certas e determinadas pessoas. Dizem que isto está mal, que os políticos não prestam e que é preciso mudar. Mas chega a hora da verdade e as coisas continuam na mesma. Dizem mal dos partidos, mas sabem que não há hipótese de mudar sem ser com os partidos. Adiram a um dos pequenos ou então criem um novo partido. Qual é o problema? Agora, chegar e não votar (como fazem a maioria dessas pessoas) e depois mandar postas de pescada, isso é que me intriga profundamente.

De todo o modo, acho que é uma escolha acertada de Pedro Passos Coelho. Também já vi que está a ser transformado um cargo consensual entre deputados num cargo de eleição. Não concordo. Presumo que, logicamente, será a proposta do PSD, como a proposta do PS foi, na última legislatura, Jaime Gama. Não me choca rigorosamente nada.

Espero é que ninguem pense que são votos transferíveis. Aí é um engano. Porque Alegre já o demonstrou. Não há votos transferíveis. Mas não deixa de ser um bom candidato a deputado, principalmente porque é uma pessoa com um currículo profissional notável, como foi dito. E é disto que precisamos e não dos "jotas" que servem principalmente para dizer "Amen" ao líder, quem quer que ele seja. E é pena. Penso que as "jotas" poderiam ser muito úteis a Portugal se fossem bem utilizadas...mas isso fica para outro post...