O Sporting mudou de treinador. Precisa-se de tempo, mas eu preciso de 5 jogos para ver se é treinador ou não, se percebe o que anda a fazer ou nem por isso. E de facto não percebe.
São mesmo muitos erros e não se percebe bem como é que ainda se cai neles com a mesma ingenuidade de quem já tem a idade que tem, o passado como futebolista (que deveria ajudar) que tem e 2 campeonatos da Bélgica.
1) Carrillo demonstrou hoje (e não foi a primeira vez) que não pode jogar só meia hora. Ou começa o jogo todo ou então não resulta. Não serve. Há muitos jogadores assim. Labyad não pode jogar na direita, porque não é o seu lugar de origem (esquerda ou centro). E neste jogo Capel deveria estar na direita do ataque aos 2 minutos de jogo, quando se percebeu que o defesa esquerdo do Basileia era adaptado. Ganharia mais facilmente os duelos e poderia cruzar como gosta. Não. Continuou na esquerda, sozinho (Insua está uma nódoa do que foi o ano passado...) e não pôde, porque não tem pé direito, fazer os raides para dentro como gosta.
2) Rinaudo é muito melhor jogador que Gelson. Gelson é esforçado? Sim. Mas Rinaudo dá dez a zero sem correr metade do que corre Gelson. O primeiro golo é uma falha de marcação onde o trinco deveria estar, além das inúmeras situações pelo meio, onde nunca esteve. Rinaudo é mais jogador, está mais presente e dá muito mais segurança em tudo, a começar pela forma como passa as bolas aos colegas. Pranjic é medio centro e não um nº 10 como Vercauteren quiz fazer hoje. Nem pensar. Quando muito Elias poderia fazer tal posição, mas nem esse serve. Quando muito deveria fazer descair Pranjic para a esquerda e Labyad para o centro, recuando mais o duplo pivot Gelson-Elias.
3) Não é possível que, num jogo que fosse para ganhar, a equipa entrasse nitidamente a dormir. Ou foi falta de confiança ou então é falha do treinador. Aqui ainda admito que pudesse ser culpa da confiança. Mas Vercauteren vinha de uma boa vitória com o Braga. Não havia motivo para falta de confiança e muito menos entrar a dormir. Ainda para mais com o Genk a fazer a parte dele, frente ao Videoton.
4) RVW é um ponta de lança que gosta de jogar com apoios e não de costas para a baliza, sozinho. Mas para isso Capel tem que estar na direita e Labyad no centro. Erro crasso. Podia ter começado por aqui para eliminar os erros todos.
Cada vez mais me convença que percebo muito de futebol. Pelo menos no FM não faço estes erros todos...
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
TAXA SOCIAL ÚNICA
Também tenho que dar a minha opinião sobre esta história da TSU, não tenho?
Acho estranho tudo isto. Em primeiro lugar, achei estranho o timing do anúncio da medida. Não faz sentido andar a anunciar as coisas aos bocadinhos. Ainda para mais quando se anuncia algo que é manifestamente gravoso para os bolsos dos portugueses em si, e beneficia as empresas, o que, para o português comum não é estranho, é estranhíssimo.
Ponto um. É impossível que esta história não tenha sido discutida em Conselho de Ministros. Pois claro que foi. Teve que ser discutida e houve gente que deve ter levantado reservas. Mas, pasme-se, quem levantou reservas foram os ministros do PSD. Os do CDS não manifestaram qualquer tipo de reserva, sendo que o número-dois e o considerado "delfim" de Portas até era apoiante da medida. Cristas, a número-três, não levantou reservas.
Posto isto, a medida foi, erradamente, anunciada ao país. Eis que cai toda a gente em cima. Quem? Além da oposição em peso e das empresas que dependem essencialmente do consumo interno, os cavaquistas de sempre. Manuela Ferreira Leite (que falou ao arrepio do seu próprio procedimento como líder parlamentar, ministra das Finanças e líder do PSD - estranho?, não porque ela não gosta nada de PPC... - recordar as eleições de 2009) e Alexandre Relvas. Além de Bagão Félix, o insuspeito porta-voz não oficial de Portas, cujos ministros até nem levantaram reservas. Soares não conta, porque se está a esquecer de 83-85. Não me perguntem porquê. Na quinta feira seguinte, Passos faz uma entrevista à RTP, onde não diz nada de novo, a não ser defender até ao limite a medida que quer levar a cabo. E inicia a explicação de porque é que as contas falharam, como toda a gente de bom senso previria que falhariam. Porque o défice era de 7,7% e não 5,9%. E o ajustamento, ajudado pela quebra do consumo mais elevado reduziu o défice para 6,6%, em vez dos tais "pretendidos" 4,5%. Pelo que, afinal, se as coisas tivessem corrido bem, era só mesmo um ajustezinho até ao fim do ano e tínhamos as contas certas. Mas disto, nem sinal.
Na sexta-feira seguinte fala Seguro. Que diz que vai apresentar uma Moção de Censura ao Governo e que vota contra o OE2013, sem sequer o ver. Porque, pelas linhas gerais, antevê que seja mais do mesmo e que defende outra política. Moção de Censura porque considera que é uma medida inaceitável. Pronto. Na segunda faz uma entrevista. O que se reteve foi apenas e só crítica (que tem direito a ela, sublinhe-se) e das medidas, nicles, ainda as vai estudar.
No Domingo fala Portas. Que diz que sabia, mas que não concordava. Que defendia outras medidas. Estranho, muito estranho, tendo em conta o programa do CDS e as opiniões lá escritas. Mas possível. Podia apenas ser solidário. Mas isso, desde aquela história dos "Assuntos do Mar" na tomada de posse do Governo de Santana Lopes, sabemos que não existe, não sabemos? Resultado: temos uma crise política que ninguém que previa e que pode levar à queda do Governo. Porque depois estão as guerrinhas partidárias que sabemos que existem, mas que, por estas alturas estão a ser minimizadas o mais possível. E acho muito bem.
Bruxelas quer, claro, fazer com que a Grécia seja um caso único. E para isso mostra ideias de facilitar no que toca à TSU. Acima de tudo, evitar uma crise política.
Na Segunda fala outra vez António José Seguro. Uma entrevista onde foi firme a criticar e inseguro no que toca a apresentar propostas. Tudo ainda a ser estudado. Passado? "Não posso corrigir nada". Ai não? Temos mesmo que gramar com as incompetências do Sócrates? As PPP's são mesmo incorrigíveis?
Posto isto, temos as manifestações. São legítimas. E é por aqui que eu quero começar, para manifestar a minha opinião. Não é aceitável neste momento propor mais um corte de 7% nos salários de cada um. Ainda mais porque até se estava à espera de um alívio depois do acordão do Tribunal Constitucional. Mas, acima de tudo, porque foi anunciada de uma forma deplorável. Se me dissessem que era para aplicar esta medida, com uma baixa do IVA e do IRS eu aceitava. Porque não implicaria uma diminuição do rendimento disponível. Assim, não é tão positivo. Além de que pode induzir a uma maior diminuição do consumo, que pode levar ao encerramento de muitas empresas.
Mas não nos iludamos. A troika não é a má da fita. É mesmo necessária esta austeridade e não há grandes alternativas, a não ser que queiramos abrir a falência do nosso país. E a Islândia não é um caso comparável. Porque, se tem taxas de crescimento de 2% ao ano, não deixa de ser verdade que tem moeda própria e que ela se desvalorizou muito, coisa que nós não podemos fazer. Além de que o financiamento é feito apenas pelo FMI. Mas é um bom pronúncio. Nós não podemos fazer nada do que eles fizeram.
Pelo que esta medida pode não ser a melhor do mundo. E até acho que devia ser suspensa até meados de 2014, sendo a última medida do programa a ser aplicada, com vista ao crescimento económico pretendido. Mas, mais importante do que isso, é que Portas se comportou como um hipócrita, como um parasita que quer estar no bem e fugir a sete pés do que é mau para a sua popularidade.
E Passos? O que deveria fazer? Se fosse eu, e não tivesse nada a temer, à saida do Conselho de Estado (que Cavaco fez bem em convocar, e melhor ainda ao solicitar a presença do Ministro das Finanças) lançava a "bomba atómica": "Meus senhores, eu vou-me embora. Não quero saber mais disto, e vou emigrar. Os Portugueses ainda não perceberam que quem nos dá dinheiro para pagar os salários é a Troika e criticá-la é um absurdo. E não temos outro modo de financiamento mais vantajoso. Não fui compreendido. Os políticos optaram por um comportamento irresponsável. Como não concordo com isso, e como os Portugueses não concordam comigo, eu vou-me embora. Não me responsabilizo pelas consequências que esta decisão pode acarretar. Boa noite." Se tiver alguma coisa a temer, então tem mesmo que gramar a pastilha.
E já agora, que é feito dos contratos das PPPs???
Acho estranho tudo isto. Em primeiro lugar, achei estranho o timing do anúncio da medida. Não faz sentido andar a anunciar as coisas aos bocadinhos. Ainda para mais quando se anuncia algo que é manifestamente gravoso para os bolsos dos portugueses em si, e beneficia as empresas, o que, para o português comum não é estranho, é estranhíssimo.
Ponto um. É impossível que esta história não tenha sido discutida em Conselho de Ministros. Pois claro que foi. Teve que ser discutida e houve gente que deve ter levantado reservas. Mas, pasme-se, quem levantou reservas foram os ministros do PSD. Os do CDS não manifestaram qualquer tipo de reserva, sendo que o número-dois e o considerado "delfim" de Portas até era apoiante da medida. Cristas, a número-três, não levantou reservas.
Posto isto, a medida foi, erradamente, anunciada ao país. Eis que cai toda a gente em cima. Quem? Além da oposição em peso e das empresas que dependem essencialmente do consumo interno, os cavaquistas de sempre. Manuela Ferreira Leite (que falou ao arrepio do seu próprio procedimento como líder parlamentar, ministra das Finanças e líder do PSD - estranho?, não porque ela não gosta nada de PPC... - recordar as eleições de 2009) e Alexandre Relvas. Além de Bagão Félix, o insuspeito porta-voz não oficial de Portas, cujos ministros até nem levantaram reservas. Soares não conta, porque se está a esquecer de 83-85. Não me perguntem porquê. Na quinta feira seguinte, Passos faz uma entrevista à RTP, onde não diz nada de novo, a não ser defender até ao limite a medida que quer levar a cabo. E inicia a explicação de porque é que as contas falharam, como toda a gente de bom senso previria que falhariam. Porque o défice era de 7,7% e não 5,9%. E o ajustamento, ajudado pela quebra do consumo mais elevado reduziu o défice para 6,6%, em vez dos tais "pretendidos" 4,5%. Pelo que, afinal, se as coisas tivessem corrido bem, era só mesmo um ajustezinho até ao fim do ano e tínhamos as contas certas. Mas disto, nem sinal.
Na sexta-feira seguinte fala Seguro. Que diz que vai apresentar uma Moção de Censura ao Governo e que vota contra o OE2013, sem sequer o ver. Porque, pelas linhas gerais, antevê que seja mais do mesmo e que defende outra política. Moção de Censura porque considera que é uma medida inaceitável. Pronto. Na segunda faz uma entrevista. O que se reteve foi apenas e só crítica (que tem direito a ela, sublinhe-se) e das medidas, nicles, ainda as vai estudar.
No Domingo fala Portas. Que diz que sabia, mas que não concordava. Que defendia outras medidas. Estranho, muito estranho, tendo em conta o programa do CDS e as opiniões lá escritas. Mas possível. Podia apenas ser solidário. Mas isso, desde aquela história dos "Assuntos do Mar" na tomada de posse do Governo de Santana Lopes, sabemos que não existe, não sabemos? Resultado: temos uma crise política que ninguém que previa e que pode levar à queda do Governo. Porque depois estão as guerrinhas partidárias que sabemos que existem, mas que, por estas alturas estão a ser minimizadas o mais possível. E acho muito bem.
Bruxelas quer, claro, fazer com que a Grécia seja um caso único. E para isso mostra ideias de facilitar no que toca à TSU. Acima de tudo, evitar uma crise política.
Na Segunda fala outra vez António José Seguro. Uma entrevista onde foi firme a criticar e inseguro no que toca a apresentar propostas. Tudo ainda a ser estudado. Passado? "Não posso corrigir nada". Ai não? Temos mesmo que gramar com as incompetências do Sócrates? As PPP's são mesmo incorrigíveis?
Posto isto, temos as manifestações. São legítimas. E é por aqui que eu quero começar, para manifestar a minha opinião. Não é aceitável neste momento propor mais um corte de 7% nos salários de cada um. Ainda mais porque até se estava à espera de um alívio depois do acordão do Tribunal Constitucional. Mas, acima de tudo, porque foi anunciada de uma forma deplorável. Se me dissessem que era para aplicar esta medida, com uma baixa do IVA e do IRS eu aceitava. Porque não implicaria uma diminuição do rendimento disponível. Assim, não é tão positivo. Além de que pode induzir a uma maior diminuição do consumo, que pode levar ao encerramento de muitas empresas.
Mas não nos iludamos. A troika não é a má da fita. É mesmo necessária esta austeridade e não há grandes alternativas, a não ser que queiramos abrir a falência do nosso país. E a Islândia não é um caso comparável. Porque, se tem taxas de crescimento de 2% ao ano, não deixa de ser verdade que tem moeda própria e que ela se desvalorizou muito, coisa que nós não podemos fazer. Além de que o financiamento é feito apenas pelo FMI. Mas é um bom pronúncio. Nós não podemos fazer nada do que eles fizeram.
Pelo que esta medida pode não ser a melhor do mundo. E até acho que devia ser suspensa até meados de 2014, sendo a última medida do programa a ser aplicada, com vista ao crescimento económico pretendido. Mas, mais importante do que isso, é que Portas se comportou como um hipócrita, como um parasita que quer estar no bem e fugir a sete pés do que é mau para a sua popularidade.
E Passos? O que deveria fazer? Se fosse eu, e não tivesse nada a temer, à saida do Conselho de Estado (que Cavaco fez bem em convocar, e melhor ainda ao solicitar a presença do Ministro das Finanças) lançava a "bomba atómica": "Meus senhores, eu vou-me embora. Não quero saber mais disto, e vou emigrar. Os Portugueses ainda não perceberam que quem nos dá dinheiro para pagar os salários é a Troika e criticá-la é um absurdo. E não temos outro modo de financiamento mais vantajoso. Não fui compreendido. Os políticos optaram por um comportamento irresponsável. Como não concordo com isso, e como os Portugueses não concordam comigo, eu vou-me embora. Não me responsabilizo pelas consequências que esta decisão pode acarretar. Boa noite." Se tiver alguma coisa a temer, então tem mesmo que gramar a pastilha.
E já agora, que é feito dos contratos das PPPs???
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
EU SOU MESMO ASSIM...
Não sou exactamente um Brad Pitt, bem pelo contrário. Não sou bonito, nem bem feito (podemos dizer assim...). A acrescentar a isso tudo, sou tímido e não lido bem com assuntos que tenham a ver com o sexo oposto.
Pronto. Está explicado porque não tenho namorada. Em linhas gerais este é o problema.
E também não lido com subtilezas. Por norma as meninas costumam ficar à espera que os meninos tomem a iniciativa de tudo. Comigo, esqueçam! Não apanho metade das subtilezas e tal. Se querem, assumam. Senão, eu não apanho nada. Não há entrelinhas, ou melhor dizendo, nas entrelinhas o espaço é da cor do papel onde se escreve. E não tem lá nada escrito.
Enfim. Eu sou mesmo assim. Ah, e tenho um feitiozinho danado! Não me queiram ver mal disposto...
P.S. Não, não estou mesmo deprimido... :)
Pronto. Está explicado porque não tenho namorada. Em linhas gerais este é o problema.
E também não lido com subtilezas. Por norma as meninas costumam ficar à espera que os meninos tomem a iniciativa de tudo. Comigo, esqueçam! Não apanho metade das subtilezas e tal. Se querem, assumam. Senão, eu não apanho nada. Não há entrelinhas, ou melhor dizendo, nas entrelinhas o espaço é da cor do papel onde se escreve. E não tem lá nada escrito.
Enfim. Eu sou mesmo assim. Ah, e tenho um feitiozinho danado! Não me queiram ver mal disposto...
P.S. Não, não estou mesmo deprimido... :)
A VIDA DEPOIS DO ESTUDO...
Por norma não sou pessoa de estar fisicamente presente. O último convívio em Cinfães foi mais um exemplo disso mesmo. Sou pessoa de estar sem se dar conta. De saber o que se passa sem sair do sítio. isso dá-me a fama de ser antipático ou anti-social. Nada que me preocupe. Nunca fui de ligar muito à opinião das outras pessoas, exceptuando aquelas que me são muito próprias.
O Facebook ajuda imenso a saber novidades sentado numa cadeira (ou no sofá ou no banco, como queiram). Sei que uma colega da Licenciatura em Gestão entrou ou vai entrar para a Escola da Polícia. Não é exactamente o que ela estava à espera, mas, num país em que os empregos estão pela hora da morte, ir ganhando algum já é uma coisa boa. Torço, claro, por ela e por todos os outros de quem vou sabendo novidades principalmente pelas redes sociais.
Mas estou a escrever este post porque, na procura de saber mais sobre o pessoal, reparei numa situação que me alertou. Como se sabe, também fui aluno da Licenciatura em Enfermagem, antes de ir para a de Gestão. Fiz lá bons amigos e sempre que posso quero saber o que se passa com eles. Pelo Facebook soube que eles estão a trabalhar em... França. Pois. Com os cortes todos na saúde e a quantidade de enfermeiros que existem em Portugal, só lhes restou ir trabalhar para outro país. Tudo de bom para eles é o que eu lhes desejo.
Mas isto alertou-me também para o meu futuro. O meu estágio acaba daqui a uns dias e não tenho a certeza absoluta de ter um contrato de trabalho, apesar de este me estar a ser prometido. Independentemente disso, tenho que começar a preparar a hipótese de, para garantir um melhor nível de vida (fica bem dito assim, não fica?) ir trabalhar para um outro país. E para isso tenho de começar a ganhar outras bases, nomeadamente técnicas (liguagem técnica, por exemplo) que me possa permitir trabalhar noutro país.
Mas é pena que a economia portuguesa não consiga absorver todos os quadros qualificados que produz. Se calhar, é um problema de estruturação, mas isso é outra história. Mas que é pena, isso é...
O Facebook ajuda imenso a saber novidades sentado numa cadeira (ou no sofá ou no banco, como queiram). Sei que uma colega da Licenciatura em Gestão entrou ou vai entrar para a Escola da Polícia. Não é exactamente o que ela estava à espera, mas, num país em que os empregos estão pela hora da morte, ir ganhando algum já é uma coisa boa. Torço, claro, por ela e por todos os outros de quem vou sabendo novidades principalmente pelas redes sociais.
Mas estou a escrever este post porque, na procura de saber mais sobre o pessoal, reparei numa situação que me alertou. Como se sabe, também fui aluno da Licenciatura em Enfermagem, antes de ir para a de Gestão. Fiz lá bons amigos e sempre que posso quero saber o que se passa com eles. Pelo Facebook soube que eles estão a trabalhar em... França. Pois. Com os cortes todos na saúde e a quantidade de enfermeiros que existem em Portugal, só lhes restou ir trabalhar para outro país. Tudo de bom para eles é o que eu lhes desejo.
Mas isto alertou-me também para o meu futuro. O meu estágio acaba daqui a uns dias e não tenho a certeza absoluta de ter um contrato de trabalho, apesar de este me estar a ser prometido. Independentemente disso, tenho que começar a preparar a hipótese de, para garantir um melhor nível de vida (fica bem dito assim, não fica?) ir trabalhar para um outro país. E para isso tenho de começar a ganhar outras bases, nomeadamente técnicas (liguagem técnica, por exemplo) que me possa permitir trabalhar noutro país.
Mas é pena que a economia portuguesa não consiga absorver todos os quadros qualificados que produz. Se calhar, é um problema de estruturação, mas isso é outra história. Mas que é pena, isso é...
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
RTP
Só falto mesmo eu dar a minha opinião sobre a RTP.
Primeiro, não conheço estudos nenhuns sobre a melhor solução para a RTP. É por aqui que quero começar. Portanto, tudo aquilo que escrevo é apenas uma opinião, que pode ser mudada pela base, caso me garantam que ficar com a RTP é lucrativo.
Quando se diz que a RTP deu lucro nos dois últimos anos está a incorrer-se numa falácia. Falácia, porque apesar de ser verdade, o Estado teve de injectar quase 350 milhões de euros para cobrir o serviço da dívida que a RTP foi acumulando.
Para além disso, quer a SIC, quer a TVI, quer alguém que tome conta da RTP pode fazer aquilo que se chama de "serviço público". Mas tanto enfoque nesta expressão, quase faz subentender que existe um "serviço privado", com toda a conotação negativa que os portugueses, tendencialmente de esquerda, lhe aplicam. Ora, este último "serviço" não existe, pois não? É sempre público, podendo ser prestado por entidades públicas ou por privadas.
O fecho da RTP 2 é do mais elementar acto de gestão. Se não tem audiências, para que raio deveria manter-se em funcionamento? Porque raio é que o Estado tem de aguentar algo que em condições normais qualquer empresa não aguentaria? É que foi este tipo de raciocínio, de querer chegar a todos os lados, que nos pôs no sítio a que chegamos há um ano e pouco.
Pelo que sou até absolutamente a favor do fecho da RTP. TODA! Sem concessões, vendas, PPP ou de outra maneira qualquer. FECHAR PARA BALANÇO! O problema é que temos uma constituição que não o permite. É uma constituição defeituosa e que tem problemas por todos os lados. Mas é a que temos e temos que nos aguentar. Ou mudá-la.
Pois...mas isso parece que a nossa classe política não quer...
Primeiro, não conheço estudos nenhuns sobre a melhor solução para a RTP. É por aqui que quero começar. Portanto, tudo aquilo que escrevo é apenas uma opinião, que pode ser mudada pela base, caso me garantam que ficar com a RTP é lucrativo.
Quando se diz que a RTP deu lucro nos dois últimos anos está a incorrer-se numa falácia. Falácia, porque apesar de ser verdade, o Estado teve de injectar quase 350 milhões de euros para cobrir o serviço da dívida que a RTP foi acumulando.
Para além disso, quer a SIC, quer a TVI, quer alguém que tome conta da RTP pode fazer aquilo que se chama de "serviço público". Mas tanto enfoque nesta expressão, quase faz subentender que existe um "serviço privado", com toda a conotação negativa que os portugueses, tendencialmente de esquerda, lhe aplicam. Ora, este último "serviço" não existe, pois não? É sempre público, podendo ser prestado por entidades públicas ou por privadas.
O fecho da RTP 2 é do mais elementar acto de gestão. Se não tem audiências, para que raio deveria manter-se em funcionamento? Porque raio é que o Estado tem de aguentar algo que em condições normais qualquer empresa não aguentaria? É que foi este tipo de raciocínio, de querer chegar a todos os lados, que nos pôs no sítio a que chegamos há um ano e pouco.
Pelo que sou até absolutamente a favor do fecho da RTP. TODA! Sem concessões, vendas, PPP ou de outra maneira qualquer. FECHAR PARA BALANÇO! O problema é que temos uma constituição que não o permite. É uma constituição defeituosa e que tem problemas por todos os lados. Mas é a que temos e temos que nos aguentar. Ou mudá-la.
Pois...mas isso parece que a nossa classe política não quer...
terça-feira, 21 de agosto de 2012
ATITUDES ERRADAS...
Todos, toda a vida, iremos sempre tomar atitudes erradas. Apenas temos de as reconhecer e corrigi-las, mesmo que para isso tenhamos que pedir desculpa, algo que, como se imagina, custa.
Todas as pessoas querem mais da sua vida. São ambiciosas. Querem mais, porque acham que têm qualidades para mais. O problema é, se para quererem mais, tomam opções que podem parecer as mais correctas e são as mais erradas.
No futebol, no basquetebol, nas bandas de música, todos querem mais dinheiro. Adrien é um bom exemplo disso. Quer mais dinheiro e sujeita-se a ir para uma equipa do meio da tabela só por causa disso. Anda, nitidamente, a ser enganado. Nas bandas de música, os músicos querem mais dinheiro. E os que têm qualidade para isso podem andar a circular de banda em banda à busca desse desiderato. Por vezes preferindo bandas mais fracas, mas que paguem mais.
O problema é quando se quer tudo ao mesmo tempo. Andar num lado e no outro ao mesmo tempo. Num mercado não regulado - mesmo, não regulado! - acontecem esse tipo de coisas. E depois o músico fica mal na fotografia. "Não se pode servir a dois senhores" ou "não se pode fazer um pacto com Deus e outro com o Diabo ao mesmo tempo". E depois tomam-se medidas extremas. E corta-se. Para o bem e para o mal.
Tudo isto porque conheço várias pessoas que tomaram esse tipo de atitudes e que agora têm de viver com elas. Porque assumiram com dois patrões, quando só podiam assumir com um. E depois, em "desespero", tomam-se atitudes erradas, corta-se a direito, quando, sinuosamente, se poderia chegar a uma solução mais adequada para todos.
Fica a ideia. Não se pode servir a dois senhores. Dá sempre para o torto.
Todas as pessoas querem mais da sua vida. São ambiciosas. Querem mais, porque acham que têm qualidades para mais. O problema é, se para quererem mais, tomam opções que podem parecer as mais correctas e são as mais erradas.
No futebol, no basquetebol, nas bandas de música, todos querem mais dinheiro. Adrien é um bom exemplo disso. Quer mais dinheiro e sujeita-se a ir para uma equipa do meio da tabela só por causa disso. Anda, nitidamente, a ser enganado. Nas bandas de música, os músicos querem mais dinheiro. E os que têm qualidade para isso podem andar a circular de banda em banda à busca desse desiderato. Por vezes preferindo bandas mais fracas, mas que paguem mais.
O problema é quando se quer tudo ao mesmo tempo. Andar num lado e no outro ao mesmo tempo. Num mercado não regulado - mesmo, não regulado! - acontecem esse tipo de coisas. E depois o músico fica mal na fotografia. "Não se pode servir a dois senhores" ou "não se pode fazer um pacto com Deus e outro com o Diabo ao mesmo tempo". E depois tomam-se medidas extremas. E corta-se. Para o bem e para o mal.
Tudo isto porque conheço várias pessoas que tomaram esse tipo de atitudes e que agora têm de viver com elas. Porque assumiram com dois patrões, quando só podiam assumir com um. E depois, em "desespero", tomam-se atitudes erradas, corta-se a direito, quando, sinuosamente, se poderia chegar a uma solução mais adequada para todos.
Fica a ideia. Não se pode servir a dois senhores. Dá sempre para o torto.
sábado, 4 de agosto de 2012
JOGOS OLÍMPICOS 2012
A nossa participação em Londres tem sido uma miséria. Medalhas, nem vê-las. As nossas principais esperanças caem ao final das primeiras rondas e só mesmo as surpresas é que fazem melhorar a nossa auto-estima.
Podia estar aqui a criticar Telma Monteiro (vice-campeã europeia), João Pina (que já fez grandes campanhas e que honrou a bandeira nacional), Patrícia Mamona (vice-campeã europeia de triplo salto), mas não o vou fazer. Porque o problema não está neles, mas nas condições que lhes dão, desde cedo.
Vou ser o mais claro que conseguir. Falta trabalho de base no desporto português. Não é por a selecção de futebol conseguir fazer o poucas fazem que está tudo bem. Faltam condições de trabalho aos atletas. Faltam condições para formação. Porque sem uma formação decente, não há atleta, por mais talentoso que seja, que consiga depois ombrear com os melhores.
A única modalidade em Portugal onde já existem condições para formação é, para não variar, no futebol. Ironia das ironias, aposta-se em argentinos, peruanos, brasileiros e afins. Portugueses, é para o tecto. É lamentável que assim aconteça, mas é a realidade. E só estou a ver a coisa a mudar quando mudarem estes dirigentes e se passe a apostar em clubes financeiramente sustentáveis e não com passivos de 200 ou 300 ou 400 milhões de euros, que podem, a qualquer momento, falir. Sim, FALIR (aliás, já estão em falência técnica...no dia em que os bancos fecharem a torneira, que pode estar próximo, vamos deparar com casos desses aos pontapés...)!
Em todas as outras modalidades, as condições de trabalho continuam na mesma. Só agora é que surgiram os Centros de Alto Rendimento. Que só vão minimizar as perdas. Que, face ao outros países (vejam a China, que ninguém dava nada por ela e que se enche de medalhas!!!), que propiciam essas condições desde a formação, estamos em grande desvantagem! Que só se resolve quando se começar a investir em pavilhões com condições em vez de auto-estradas, em pistas de atletismo em vez de pontes sem necessidade de existirem! Enfim, onde se invista no essencial em vez do acessório.
Ao mesmo tempo, torna-se essencial investir também em matéria humana qualificada. Por exemplo, é um holandês que vem treinar os indivíduos (que me perdoem, mas eu não sei o nome deles...) que concorreram no remo.
E depois disto tudo, é importante que se trabalhe logo na formação. De modo a que, caso entendam ser profissionais, com todas as condições, possam ombrear com os melhores do mundo. E aí, sim, já podemos dizer que nos desiludiram ou que não fizeram o suficiente.
Até lá, participarem já é muito bom e fazerem bons resultados já é uma maravilha.
Podia estar aqui a criticar Telma Monteiro (vice-campeã europeia), João Pina (que já fez grandes campanhas e que honrou a bandeira nacional), Patrícia Mamona (vice-campeã europeia de triplo salto), mas não o vou fazer. Porque o problema não está neles, mas nas condições que lhes dão, desde cedo.
Vou ser o mais claro que conseguir. Falta trabalho de base no desporto português. Não é por a selecção de futebol conseguir fazer o poucas fazem que está tudo bem. Faltam condições de trabalho aos atletas. Faltam condições para formação. Porque sem uma formação decente, não há atleta, por mais talentoso que seja, que consiga depois ombrear com os melhores.
A única modalidade em Portugal onde já existem condições para formação é, para não variar, no futebol. Ironia das ironias, aposta-se em argentinos, peruanos, brasileiros e afins. Portugueses, é para o tecto. É lamentável que assim aconteça, mas é a realidade. E só estou a ver a coisa a mudar quando mudarem estes dirigentes e se passe a apostar em clubes financeiramente sustentáveis e não com passivos de 200 ou 300 ou 400 milhões de euros, que podem, a qualquer momento, falir. Sim, FALIR (aliás, já estão em falência técnica...no dia em que os bancos fecharem a torneira, que pode estar próximo, vamos deparar com casos desses aos pontapés...)!
Em todas as outras modalidades, as condições de trabalho continuam na mesma. Só agora é que surgiram os Centros de Alto Rendimento. Que só vão minimizar as perdas. Que, face ao outros países (vejam a China, que ninguém dava nada por ela e que se enche de medalhas!!!), que propiciam essas condições desde a formação, estamos em grande desvantagem! Que só se resolve quando se começar a investir em pavilhões com condições em vez de auto-estradas, em pistas de atletismo em vez de pontes sem necessidade de existirem! Enfim, onde se invista no essencial em vez do acessório.
Ao mesmo tempo, torna-se essencial investir também em matéria humana qualificada. Por exemplo, é um holandês que vem treinar os indivíduos (que me perdoem, mas eu não sei o nome deles...) que concorreram no remo.
E depois disto tudo, é importante que se trabalhe logo na formação. De modo a que, caso entendam ser profissionais, com todas as condições, possam ombrear com os melhores do mundo. E aí, sim, já podemos dizer que nos desiludiram ou que não fizeram o suficiente.
Até lá, participarem já é muito bom e fazerem bons resultados já é uma maravilha.
OS INDIGNADOS...SEM RAZÃO!
Tenho visto por aí muitas manifestações no facebook, através de fotografias que se vão espalhando pela rede, de indivíduos que se queixam que Paes do Amaral tem não sei quantas empresas, que Ronaldo ganha não sei quanto por mês e que apareceu no estágio da selecção de bólide e que isso era um desrespeito pelos Portugueses, que estão no meio de uma crise como não há memória.
Lamento que em Portugal se continue a pensar como em 1975, por alturas do PREC, em que tudo tinha que ser de todos e se procedeu a uma nacionalização injustificada de todas as fontes de criação de riqueza privada e que levou a uma fuga de capitais sem precedentes do nosso país.
Que moral têm as pessoas em criticar alguém que, com o seu dinheiro, cria postos de trabalho em Portugal? Que cria rendimento para os outros? Seria preferível o quê? Dar o dinheiro aos outros, sem mais nada, como bons samaritanos? Será que quem critica tanto a classe mais rica o faria? Por amor de Deus, tenham noção do ridículo, sim?
Quem tem o dinheiro (e o consegue multiplicar, diga-se...) tem todo o direito de o gastar onde quiser e ter fontes de rendimento onde as quiser. Pode ter uma, duas , vinte ou setenta e três empresas. Que o ponha a mexer como quiser. Quem não tem e tanto se indigna, pode sempre fazer umas poupanças e iniciar uma PME neste país, de preferência com ideias de exportar, uma vez que o consumo interno não vai ter tendência a crescer tão cedo. Quanto a apoios, tem sempre os bancos de investimento e empresas que apoiam este tipo de investimentos. Podem não ser conhecidas, mas existem, e quem estiver interessado é que tem de fazer uma pesquisa, não é?
Caso contrário, que se conforme e que se contente com o que tem, que já não é mau, uma vez que há muito boa gente que pode bem estar pior.
terça-feira, 24 de julho de 2012
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Não li o acórdão que ditou a inconstitucionalidade do corte dos 13º e 14º mês para os funcionários públicos. Mas li as reacções e li os resumos da entrevista dada pelo presidente do TC sobre o dito acórdão.
Parece-me tudo absolutamente surreal. Nada faz sentido.
Em primeiro lugar, o TC não conseguiu ser isento das suas funções de funcionários públicos. E o corte dos salários também lhes pesou no bolso. Em segundo, quis fazer de ministro. E não pode. Em terceiro, como é que uma medida só é inconstitucional para o ano que vem? Quarto, como se comparam duas coisas completamente diferentes?
Mas o problema é que temos uma Constituição que é do tempo que o Estado fazia dinheiro, como diz Medina Carreira. E agora já não se faz dinheiro em Portugal (ironia das ironias, o dinheiro faz-se na Alemanha, mesmo ao pé da sra. Merkel...). Logo, há determinadas situações que têm que ser alteradas.
Em primeiro lugar, trabalhar na Função Pública e no Sector Privado é completamente diferente. A começar pela segurança no trabalho. O Estado não abre falência, ao contrário dos privados. O Estado não pode despedir, ao contrário dos privados. Pelo que não me parece justo comparar por aí. Se bem que, por este raciocício, o Estado já pode despedir. Será mesmo assim? Por este caminho, parece que 100 000 funcionários públicos vão para a rua...
Tributar o capital. E viva o esquerdismo, na sua melhor forma. Não passa na Assmebleia, nem nas Eleições. Mas passa no TC. Estamos a esquecer que precisamos de incentivar a poupança e o investimento. Mas tributemos antes tudo isso e incentivemos o consumo. Viva!
Mas, acima de tudo, para haver Constituição é preciso haver Estado. E sem Estado não há Constituição que lhe valha. E se estamos numa situação de falência técnica, não seria de esperar mais bom senso e, tendo em conta que é uma situação excepcional, deixar correr?
Mas pronto. Agora resta ao Governo arranjar forma de combater mais esta despesa adicional. Vamos ver se é desta que vão ao ar os interesses instalados. Já começam a ser horas disso...
Parece-me tudo absolutamente surreal. Nada faz sentido.
Em primeiro lugar, o TC não conseguiu ser isento das suas funções de funcionários públicos. E o corte dos salários também lhes pesou no bolso. Em segundo, quis fazer de ministro. E não pode. Em terceiro, como é que uma medida só é inconstitucional para o ano que vem? Quarto, como se comparam duas coisas completamente diferentes?
Mas o problema é que temos uma Constituição que é do tempo que o Estado fazia dinheiro, como diz Medina Carreira. E agora já não se faz dinheiro em Portugal (ironia das ironias, o dinheiro faz-se na Alemanha, mesmo ao pé da sra. Merkel...). Logo, há determinadas situações que têm que ser alteradas.
Em primeiro lugar, trabalhar na Função Pública e no Sector Privado é completamente diferente. A começar pela segurança no trabalho. O Estado não abre falência, ao contrário dos privados. O Estado não pode despedir, ao contrário dos privados. Pelo que não me parece justo comparar por aí. Se bem que, por este raciocício, o Estado já pode despedir. Será mesmo assim? Por este caminho, parece que 100 000 funcionários públicos vão para a rua...
Tributar o capital. E viva o esquerdismo, na sua melhor forma. Não passa na Assmebleia, nem nas Eleições. Mas passa no TC. Estamos a esquecer que precisamos de incentivar a poupança e o investimento. Mas tributemos antes tudo isso e incentivemos o consumo. Viva!
Mas, acima de tudo, para haver Constituição é preciso haver Estado. E sem Estado não há Constituição que lhe valha. E se estamos numa situação de falência técnica, não seria de esperar mais bom senso e, tendo em conta que é uma situação excepcional, deixar correr?
Mas pronto. Agora resta ao Governo arranjar forma de combater mais esta despesa adicional. Vamos ver se é desta que vão ao ar os interesses instalados. Já começam a ser horas disso...
PORTUGUÊS MALTRATADO E OUTROS PROBLEMAS...
Mesquita, não és o único.
Irrita-me ver erros de palmatória que usualmente se vão escrevendo. Os dois "ss" em vez do "-se", os dois "ss" em vez do "ç" e vice-versa", o "há" em vez do "à", os verbos mal conjugados, as frases "manhosas"...enfim, é um fartote para quem se quiser entreter.
E, sendo intelectualmente honesto, tenho de reconhecer que a baixa exigência que foi colocada no ensino levou a que se atingisse este ponto. O Português mal escrito é mais uma das consequências a que se chegou com a falta de exigência. Porque agora não se pode fazer trabalhos de casa, porque agora isto e aquilo, porque ler cansa os meninos, porque escrever é difícil... Bolas! Se é difícil, se cansa, se dá trabalho, tem que se trabalhar mais para que não o seja! Elementar, não?
Pelo que agora corremos os riscos de termos licenciados que nem duas frases com sentido fazem escrever. E, mais do que isso, custa interpretar e é preferível memorizar sem entender. A globalização das licenciaturas, sob o prisma da "igualdade de oportunidades para todos" deu nisto! Será que é assim tão positivo? Será que valeu a pena?
Irrita-me ver erros de palmatória que usualmente se vão escrevendo. Os dois "ss" em vez do "-se", os dois "ss" em vez do "ç" e vice-versa", o "há" em vez do "à", os verbos mal conjugados, as frases "manhosas"...enfim, é um fartote para quem se quiser entreter.
E, sendo intelectualmente honesto, tenho de reconhecer que a baixa exigência que foi colocada no ensino levou a que se atingisse este ponto. O Português mal escrito é mais uma das consequências a que se chegou com a falta de exigência. Porque agora não se pode fazer trabalhos de casa, porque agora isto e aquilo, porque ler cansa os meninos, porque escrever é difícil... Bolas! Se é difícil, se cansa, se dá trabalho, tem que se trabalhar mais para que não o seja! Elementar, não?
Pelo que agora corremos os riscos de termos licenciados que nem duas frases com sentido fazem escrever. E, mais do que isso, custa interpretar e é preferível memorizar sem entender. A globalização das licenciaturas, sob o prisma da "igualdade de oportunidades para todos" deu nisto! Será que é assim tão positivo? Será que valeu a pena?
O ESTRANHO CASO DAS REMUNERAÇÕES
Fomos confrontados recentemente com uma reivindicação dos enfermeiros face ao reduzido salário que lhes propunham. Camilo Lourenço relata, no "Jornal de Negócios" um problema similar. No IEFP oferecem mais dinheiro a um serralheiro que a um advogado. Errado? Não, certo!
Temos então de ver o que se passa em ambos os casos. No que toca aos enfermeiros, a empresa de prestação de serviços que serviria de intermediária teria uma comissão das horas, que originaria o valor que foi anunciado nos media. Os tais 3.99€.
Mas não acredito que o valor fosse muito superior. O problema aqui resulta de um problema que é estrutural na economia portuguesa. O facto de se promoverem as licenciaturas em detrimento dos cursos técnicos fez abalar todo o tecido produtivo da nossa sociedade. Por mim falo, porque sei que vou ter problemas no futuro e que as minhas remunerações não vão ser por aí além.
Este é um problema de oferta e de procura. Antigamente, procuravam-se quadros superiores. O grande problema é que não eram abundantes. O Estado Novo não promovia a qualificação dos portugueses, promovendo apenas os conhecimentos mínimos, que eram exigentes, mas mínimos (a famosa 4a classe...). A falta de quadros superiores e a sua procura faria aumentar o preço - neste caso, a remuneração.
No pós-25 de Abril a procura da "igualdade" veio trazer grandes problemas a todos. Podia falar da Constituição e daquilo que foi feito agora pelo TC, mas isso fica para outro post. O problema também veio com a Educação, onde se definiu que todos deveriam ser licenciados, dando uma "marretada" muito forte nos cursos técnicos, que não dariam acesso a tais licenciaturas. Deste modo, aumentou-se o número de quadros superiores e diminuiu-se o número de técnicos.
E foi onde chegamos. Agora vem toda a gente criticar o valor reduzido que se paga a um "doutor". Pois. Mas o mundo rege-se sempre pela lei da oferta e da procura. Quando não há, ou há pouco, paga-se mais do que quando há muito. E nas profissões não é excepção. E chegamos ao caso extremo em que se paga mais por um serralheiro (porque há poucos, ao invés de quando havia muitos...) do que a um licenciado (porque há muitos, ao invés de quando havia poucos...).
O excesso de enfermeiros, que saem quer de Universidades públicas ou privadas, origina a que as suas remunerações baixem. E não vai ser com intervenções estatais que a coisa vai resultar, porque o problema vai acabar por vir ao de cima outra vez. E da próxima vez já não vai haver intervenção possível. O mesmo se passa com os advogados, arquitectos e outros que tais. E a tendência vai ser a de as remunerações atingirem os valores da remuneração mínima garantida (ordenado mínimo...), por incrível que possa parecer.
Exploração? Não, porque antigamente não era exploração. É simplesmente a lei da oferta e da procura. Para o bem e para o mal...
Temos então de ver o que se passa em ambos os casos. No que toca aos enfermeiros, a empresa de prestação de serviços que serviria de intermediária teria uma comissão das horas, que originaria o valor que foi anunciado nos media. Os tais 3.99€.
Mas não acredito que o valor fosse muito superior. O problema aqui resulta de um problema que é estrutural na economia portuguesa. O facto de se promoverem as licenciaturas em detrimento dos cursos técnicos fez abalar todo o tecido produtivo da nossa sociedade. Por mim falo, porque sei que vou ter problemas no futuro e que as minhas remunerações não vão ser por aí além.
Este é um problema de oferta e de procura. Antigamente, procuravam-se quadros superiores. O grande problema é que não eram abundantes. O Estado Novo não promovia a qualificação dos portugueses, promovendo apenas os conhecimentos mínimos, que eram exigentes, mas mínimos (a famosa 4a classe...). A falta de quadros superiores e a sua procura faria aumentar o preço - neste caso, a remuneração.
No pós-25 de Abril a procura da "igualdade" veio trazer grandes problemas a todos. Podia falar da Constituição e daquilo que foi feito agora pelo TC, mas isso fica para outro post. O problema também veio com a Educação, onde se definiu que todos deveriam ser licenciados, dando uma "marretada" muito forte nos cursos técnicos, que não dariam acesso a tais licenciaturas. Deste modo, aumentou-se o número de quadros superiores e diminuiu-se o número de técnicos.
E foi onde chegamos. Agora vem toda a gente criticar o valor reduzido que se paga a um "doutor". Pois. Mas o mundo rege-se sempre pela lei da oferta e da procura. Quando não há, ou há pouco, paga-se mais do que quando há muito. E nas profissões não é excepção. E chegamos ao caso extremo em que se paga mais por um serralheiro (porque há poucos, ao invés de quando havia muitos...) do que a um licenciado (porque há muitos, ao invés de quando havia poucos...).
O excesso de enfermeiros, que saem quer de Universidades públicas ou privadas, origina a que as suas remunerações baixem. E não vai ser com intervenções estatais que a coisa vai resultar, porque o problema vai acabar por vir ao de cima outra vez. E da próxima vez já não vai haver intervenção possível. O mesmo se passa com os advogados, arquitectos e outros que tais. E a tendência vai ser a de as remunerações atingirem os valores da remuneração mínima garantida (ordenado mínimo...), por incrível que possa parecer.
Exploração? Não, porque antigamente não era exploração. É simplesmente a lei da oferta e da procura. Para o bem e para o mal...
domingo, 22 de julho de 2012
BRADLEY WIGGINS
Bradley Wiggins ganhou o Tour 2012.
Acima de tudo com uma equipa que fazia lembrar os bons velhos tempos da US Postal em que eles metiam-se na cabeça do pelotão, metiam um ritmo infernal e quem quisesse que os seguisse. E Armstrong acabava invariavelmente sozinho, com Ullrich e mais um ou dois companheiros de equipa.
Este ano foi igualzinho. Wiggins, que segundo Paulinho roçava o alcoolismo, fez um enorme sacrificio (tal como Armstrong - só que este foi maior porque ganhou a luta contra o cancro...), perdeu 10 Kg e passou a subir tão bem como os melhores (como se viu já em 2010 no Tour onde fez 5º e na Vuelta 2011 onde foi 3º), ele que era um contra-relogista de excelência, com muito peso para a montanha.
Ao seu lado teve um colega de luxo. Chris Froome foi um parceiro ao nível de Azevedo e Heras para Armstrong. Mas com um "upgrade" em cima. Enquanto Armstrong nos últimos quilómetros ia sozinho por aí acima, Wiggins pôde ir descansado na roda de Froome. Também porque não houve mais ninguem com capacidade para atacar a Sky. E toda a gente ia, dia após dia, ficando para trás.
O senhor que fez de Ullrich e de Beloki foi Nibali. Em condições normais ganharia o Tour ou então ficaria bem mais perto do que os 6 minutos a que ficou do vencedor. Estava numa forma parecida com a que tinha quando ganhou a Vuelta em 2010.
A minha pergunta é só uma: será que o parceiro de luxo continuará a ser o parceiro de luxo, ou quererá mais do que isso? É que estamos todos a ver as consequências de querer ser mais do que isso, não estamos?...
Acima de tudo com uma equipa que fazia lembrar os bons velhos tempos da US Postal em que eles metiam-se na cabeça do pelotão, metiam um ritmo infernal e quem quisesse que os seguisse. E Armstrong acabava invariavelmente sozinho, com Ullrich e mais um ou dois companheiros de equipa.
Este ano foi igualzinho. Wiggins, que segundo Paulinho roçava o alcoolismo, fez um enorme sacrificio (tal como Armstrong - só que este foi maior porque ganhou a luta contra o cancro...), perdeu 10 Kg e passou a subir tão bem como os melhores (como se viu já em 2010 no Tour onde fez 5º e na Vuelta 2011 onde foi 3º), ele que era um contra-relogista de excelência, com muito peso para a montanha.
Ao seu lado teve um colega de luxo. Chris Froome foi um parceiro ao nível de Azevedo e Heras para Armstrong. Mas com um "upgrade" em cima. Enquanto Armstrong nos últimos quilómetros ia sozinho por aí acima, Wiggins pôde ir descansado na roda de Froome. Também porque não houve mais ninguem com capacidade para atacar a Sky. E toda a gente ia, dia após dia, ficando para trás.
O senhor que fez de Ullrich e de Beloki foi Nibali. Em condições normais ganharia o Tour ou então ficaria bem mais perto do que os 6 minutos a que ficou do vencedor. Estava numa forma parecida com a que tinha quando ganhou a Vuelta em 2010.
A minha pergunta é só uma: será que o parceiro de luxo continuará a ser o parceiro de luxo, ou quererá mais do que isso? É que estamos todos a ver as consequências de querer ser mais do que isso, não estamos?...
MÁRIO SOARES
Tenho imenso respeito por aquele que é considerado por muitos "o pai da democracia".
Mas está a atingir pontos de uma idiotice tremenda. O que ele anda a dizer sobre o que se passa é de uma estupidez pegada. Para não chamar pior e dizer mesmo senilidade muito grave.
Pelos vistos o senhor esqueceu-se do que andou a fazer enquanto foi PM deste país e teve o FMI por estes lados. A grande diferença de então para cá é que tinha uma moeda própria e que podia mexer nela como bem lhe apetecesse. Ao contrário de agora.
Pelo que vir criticar o Governo por estar a aumentar impostos, a tomar políticas de fomento do desemprego fariam todo o sentido para Louça, Jerónimo, Heloisa Apolónia, mas a Soares, com o seu historial é que não fazem sentido nenhum.
Será que já não seriam horas de ele se retirar?
Mas está a atingir pontos de uma idiotice tremenda. O que ele anda a dizer sobre o que se passa é de uma estupidez pegada. Para não chamar pior e dizer mesmo senilidade muito grave.
Pelos vistos o senhor esqueceu-se do que andou a fazer enquanto foi PM deste país e teve o FMI por estes lados. A grande diferença de então para cá é que tinha uma moeda própria e que podia mexer nela como bem lhe apetecesse. Ao contrário de agora.
Pelo que vir criticar o Governo por estar a aumentar impostos, a tomar políticas de fomento do desemprego fariam todo o sentido para Louça, Jerónimo, Heloisa Apolónia, mas a Soares, com o seu historial é que não fazem sentido nenhum.
Será que já não seriam horas de ele se retirar?
domingo, 15 de julho de 2012
ESTADO DA NAÇÃO
Cansa ouvir Seguro dizer que é preciso mais um ano, e a insistir e a criticar o Governo por isso, quando foi Sócrates (e só ele e o seu Governo) que negociou o acordo. É intelectualmente desonesto, na minha opinião, apesar de eu ser favorável a esta ideia.
Contudo, não pode ser o Governo a pedir. Isso retira credibilidade a quem está a efectuar um reajuste. Porque é isso que se está a passar. Um reajuste. Um reajuste do consumo às nossas possibilidades, nem que para isso tenha que haver um empobrecimento. Porque estavamos a viver acima das nossas possibilidades.
É a mesma coisa que alguém que tem uma mansão de luxo e um Mercedes topo de gama e que ainda os estão a pagar ter visto as suas fontes de rendimento cairem. Isso obriga a um reajuste, de modo a se conseguir viver, certo? Para isso, vende a casa que tem, compra uma mais modesta e em vez do Mercedes, compra um Volkswagen. São mais baratos, menos dispendiosos e pode voltar a fazer a sua vida na mesma. É exactamente o mesmo processo pelo qual estamos a passar.
Contudo, ainda falta uma coisa muito importante. É preciso mais do que nunca retirar toda aquela gente que se serve do Estado e não serve o Estado. Do mesmo modo, é preciso anular os contratos leoninos que foram feitos, sempre em benefício dos amigos e nunca em benefício do contribuinte. Além daquilo que o actual Governo está a fazer, ao combater alguns interesses instalados, nomeadamente nos médicos (não nos mais novos, mas nos mais velhos...) e nos juizes. Depois de isto tudo posto no sitio, acredito que poderemos ter um país melhor.
E é no final da legislatura que vou decidir em quem voto. Depois de ver se isto tudo foi feito. Mas não podemos mais estar numa política de gastar, gastar e gastar. Os próximos 10 anos vão ter de ser em super-avit primário (pelo menos...já para não falar em super-avit orçamental, que seria o ideal). Deste modo conseguiremos abater a dívida, uma vez que estaremos a ter menos necessidade de pedir dinheiro emprestado. E concordo com a ideia de Cadilhe de taxar a riqueza e mandá-la para a dívida. Isso seria inteligente. Abatia-a e diminuia os juros a pagar.
Tudo o resto, das greves às manifestações, são consequências do ajuste que estamos a fazer. Não há por onde fugir. E ao falar dos juros e dos usurários, é lembrar que ha vários países em que os investidores pagam juros negativos, ou seja, os investidores ainda pagam juros, em vez de receber. Não deve ser engano. Então porque não seguir o mesmo caminho? Será que não podemos fazer o mesmo?
Contudo, não pode ser o Governo a pedir. Isso retira credibilidade a quem está a efectuar um reajuste. Porque é isso que se está a passar. Um reajuste. Um reajuste do consumo às nossas possibilidades, nem que para isso tenha que haver um empobrecimento. Porque estavamos a viver acima das nossas possibilidades.
É a mesma coisa que alguém que tem uma mansão de luxo e um Mercedes topo de gama e que ainda os estão a pagar ter visto as suas fontes de rendimento cairem. Isso obriga a um reajuste, de modo a se conseguir viver, certo? Para isso, vende a casa que tem, compra uma mais modesta e em vez do Mercedes, compra um Volkswagen. São mais baratos, menos dispendiosos e pode voltar a fazer a sua vida na mesma. É exactamente o mesmo processo pelo qual estamos a passar.
Contudo, ainda falta uma coisa muito importante. É preciso mais do que nunca retirar toda aquela gente que se serve do Estado e não serve o Estado. Do mesmo modo, é preciso anular os contratos leoninos que foram feitos, sempre em benefício dos amigos e nunca em benefício do contribuinte. Além daquilo que o actual Governo está a fazer, ao combater alguns interesses instalados, nomeadamente nos médicos (não nos mais novos, mas nos mais velhos...) e nos juizes. Depois de isto tudo posto no sitio, acredito que poderemos ter um país melhor.
E é no final da legislatura que vou decidir em quem voto. Depois de ver se isto tudo foi feito. Mas não podemos mais estar numa política de gastar, gastar e gastar. Os próximos 10 anos vão ter de ser em super-avit primário (pelo menos...já para não falar em super-avit orçamental, que seria o ideal). Deste modo conseguiremos abater a dívida, uma vez que estaremos a ter menos necessidade de pedir dinheiro emprestado. E concordo com a ideia de Cadilhe de taxar a riqueza e mandá-la para a dívida. Isso seria inteligente. Abatia-a e diminuia os juros a pagar.
Tudo o resto, das greves às manifestações, são consequências do ajuste que estamos a fazer. Não há por onde fugir. E ao falar dos juros e dos usurários, é lembrar que ha vários países em que os investidores pagam juros negativos, ou seja, os investidores ainda pagam juros, em vez de receber. Não deve ser engano. Então porque não seguir o mesmo caminho? Será que não podemos fazer o mesmo?
BOQUILHA NOVA
Comprei uma boquilha nova. Uma B45 Lira (não sei por o símbolo, logo vai por escrito...). Agora sim, já tenho uma boquilha para me bater de igual para igual com os trombones...assim é mais bonito...
Mais a sério, é uma boquilha que exige mais controlo de quem está a tocar e que me vai fazer estar a um nível simpático, pelo menos porque não me posso descuidar. Temos que arranjar desafios para nos mantermos activos, não é?
Mais a sério, é uma boquilha que exige mais controlo de quem está a tocar e que me vai fazer estar a um nível simpático, pelo menos porque não me posso descuidar. Temos que arranjar desafios para nos mantermos activos, não é?
terça-feira, 3 de julho de 2012
AUSTERIDADE II
Os argumentos de Camilo Lourenço (ver artigo de opinião no site do Jornal de Negócios) são válidos e, em condições normais, eu concordaria com eles. Porque é do mais elementar que quanto mais défice mais juros, e quanto mais juros mais défice.
Contudo, este é um caso excepcional. E nestes casos não podemos, penso eu, estar agarrados que nem um íman aos livros de teoria. Não podemos ter mais impostos. Já ultrapassámos aquela curva dos impostos, em que mais impostos vão causar menos receita. Ainda para mais, temos desemprego mais alto do que o esperado, logo menos consumo, menos receita e mais prestações sociais.
Pelo que continuo a pensar que a solução ideal é aquela que defendi. Dizer que é para cumprir e fazer tudo para isso. Mas, caso não se alcance a meta, não entrar em pânico. Afinal, no ano passado, com aquela receita tivemos uma melhor prestação do que o previsto. E pode dar ela por ela. Mas em 2013 temos que dar o litro outra vez e fazer com que o défice baixe para 3%.
E depois não podemos, de modo algum, relaxar. Porque temos que fazer diminuir a dívida e criar super-avits primários constantes durante, pelo menos, os próximos 10 a 15 anos. Para colocarmos a nossa dívida num padrão sustentável. E concordo com a ideia de Miguel Cadilhe. Chegar a Dezembro e fazer um imposto especial sobre o rendimento, que não entre no Orçamento de Estado, cobrado de uma só vez, que abranja os mais ricos e direccioná-lo directamente para a dívida pública. Era uma forma inteligente de a amortizar, diminuindo deste modo os juros a pagar no futuro.
Mas mais impostos não. Se for mesmo para cumprir, então corte-se na despesa. Aí sim, pode haver muita coisa para cortar. Com coragem, mas corte-se. Mas mais impostos é matar o doente com a cura. E aí, sim, entraríamos no caminho da Grécia. O que não é o que pretende, pois não?
Contudo, este é um caso excepcional. E nestes casos não podemos, penso eu, estar agarrados que nem um íman aos livros de teoria. Não podemos ter mais impostos. Já ultrapassámos aquela curva dos impostos, em que mais impostos vão causar menos receita. Ainda para mais, temos desemprego mais alto do que o esperado, logo menos consumo, menos receita e mais prestações sociais.
Pelo que continuo a pensar que a solução ideal é aquela que defendi. Dizer que é para cumprir e fazer tudo para isso. Mas, caso não se alcance a meta, não entrar em pânico. Afinal, no ano passado, com aquela receita tivemos uma melhor prestação do que o previsto. E pode dar ela por ela. Mas em 2013 temos que dar o litro outra vez e fazer com que o défice baixe para 3%.
E depois não podemos, de modo algum, relaxar. Porque temos que fazer diminuir a dívida e criar super-avits primários constantes durante, pelo menos, os próximos 10 a 15 anos. Para colocarmos a nossa dívida num padrão sustentável. E concordo com a ideia de Miguel Cadilhe. Chegar a Dezembro e fazer um imposto especial sobre o rendimento, que não entre no Orçamento de Estado, cobrado de uma só vez, que abranja os mais ricos e direccioná-lo directamente para a dívida pública. Era uma forma inteligente de a amortizar, diminuindo deste modo os juros a pagar no futuro.
Mas mais impostos não. Se for mesmo para cumprir, então corte-se na despesa. Aí sim, pode haver muita coisa para cortar. Com coragem, mas corte-se. Mas mais impostos é matar o doente com a cura. E aí, sim, entraríamos no caminho da Grécia. O que não é o que pretende, pois não?
segunda-feira, 25 de junho de 2012
AUSTERIDADE
Independentemente de ser licenciado em Gestão, na verdade os meus conhecimentos de economia são os mais elementares. Não sou nenhum teórico, aliás, das teorias económicas percebo pouco, e aquilo que domino (ou, melhor dizendo, julgo dominar) advém unica e exclusivamente do senso comum. Esta é a declaração de interesses que julgo ser pertinente fazer.
O Ministro das Finanças disse há dias que, afinal, a execução orçamental deste ano, chegados a Maio, era desapontante face ao esperado, na parte da receita. Diz que a despesa está sob controlo e que, essencialmente, o buraco está na parte da receita (leia-se cobrança de impostos).
Face a isto, vem a esquerda mais radical dizer que vai haver mais medidas de austeridade e que "vai cair o Carmo e a Trindade". Por sua vez o Governo diz que vai fazer aquilo que tem que fazer. O PS espera para ver. E eu acho, honra lhe seja feita, que faz muito bem.
Por dois motivos: primeiro, porque estamos no limite da austeridade. Aliás, já ultrapassámos esse limite (recordar definição da curva do teórico de que não sei o nome que diz que a partir de uma certa altura um aumento de impostos é uma diminuição de receita...). O que leva a que mais impostos não dê em nada, senão em mais sarilho, como aconteceu na Grécia, onde se chegou ao que se chegou. Segundo ponto, porque isso poderia por em causa a retoma do crescimento ainda que muito ténue. E porque acredito que a troika fez a avaliação do que correu mal na Grécia. E uma das coisas foi o sucessivo aumento de impostos que levou a um asfixiamento da economia. Se estamos no limite, no limite deveremos ficar. Se possivel, e inteligentemente, deveremos começar a pensar em baixar selectivamente os impostos. De modo, não a perder receita, mas a subi-la.
Deste modo, alinho na posição de António José Seguro. Mais austeridade não, por favor! Sou contra todo e qualquer aumento de impostos, uma vez que isso não iria resultar em nada, podendo tornar-se, aliás, num grande contra-senso. Deixemos as coisas estarem como estão. Se o défice não for 4,5%, que seja de 5%. Mas que não se relaxe e que seja o mais baixo possível.
Porque não podemos deixar de ter em atenção que o défice de 2011 seria bem mais do que previsto, rondando mesmo os 7% ou mesmo mais. Pelo que temos que ter esse pormenor em consideração. É diferente baixar de 5% do que de 7% ou de 9%. E isso tem que ser considerado. E penso que a troika terá isso em consideração. Levará mais em consideração o cumprimento do plano de reformas do que o défice no final do ano, desde que, como referi, não exista relaxe, apesar de se saber que não se atingirá o previsto.
Mas não se pode matar o doente com a cura. Isso seria "borrar a escrita".
O Ministro das Finanças disse há dias que, afinal, a execução orçamental deste ano, chegados a Maio, era desapontante face ao esperado, na parte da receita. Diz que a despesa está sob controlo e que, essencialmente, o buraco está na parte da receita (leia-se cobrança de impostos).
Face a isto, vem a esquerda mais radical dizer que vai haver mais medidas de austeridade e que "vai cair o Carmo e a Trindade". Por sua vez o Governo diz que vai fazer aquilo que tem que fazer. O PS espera para ver. E eu acho, honra lhe seja feita, que faz muito bem.
Por dois motivos: primeiro, porque estamos no limite da austeridade. Aliás, já ultrapassámos esse limite (recordar definição da curva do teórico de que não sei o nome que diz que a partir de uma certa altura um aumento de impostos é uma diminuição de receita...). O que leva a que mais impostos não dê em nada, senão em mais sarilho, como aconteceu na Grécia, onde se chegou ao que se chegou. Segundo ponto, porque isso poderia por em causa a retoma do crescimento ainda que muito ténue. E porque acredito que a troika fez a avaliação do que correu mal na Grécia. E uma das coisas foi o sucessivo aumento de impostos que levou a um asfixiamento da economia. Se estamos no limite, no limite deveremos ficar. Se possivel, e inteligentemente, deveremos começar a pensar em baixar selectivamente os impostos. De modo, não a perder receita, mas a subi-la.
Deste modo, alinho na posição de António José Seguro. Mais austeridade não, por favor! Sou contra todo e qualquer aumento de impostos, uma vez que isso não iria resultar em nada, podendo tornar-se, aliás, num grande contra-senso. Deixemos as coisas estarem como estão. Se o défice não for 4,5%, que seja de 5%. Mas que não se relaxe e que seja o mais baixo possível.
Porque não podemos deixar de ter em atenção que o défice de 2011 seria bem mais do que previsto, rondando mesmo os 7% ou mesmo mais. Pelo que temos que ter esse pormenor em consideração. É diferente baixar de 5% do que de 7% ou de 9%. E isso tem que ser considerado. E penso que a troika terá isso em consideração. Levará mais em consideração o cumprimento do plano de reformas do que o défice no final do ano, desde que, como referi, não exista relaxe, apesar de se saber que não se atingirá o previsto.
Mas não se pode matar o doente com a cura. Isso seria "borrar a escrita".
sábado, 23 de junho de 2012
NÃO COMPREENDO...
Acabei de ler o artigo de opinião de José Manuel Fernandes de ontem no Público. E subscrevo.
Finalmente, como sempre defendi, temos um gestor (ou economista, se preferirem chamar-lhe pelo curso que o homem tirou...) a liderar o SNS. Finalmente! Porque a situação de pré-falência a que chegou a isso obrigava. E, claro, teve que fazer alguns cortes. E logo lhe chamam, a ele ou a interposta pessoa, "cangalheiro". Quando toca a meter populismo, qualquer coisinha serve. É por estas e por outras que Louçã, que eu considero extremamente inteligente, não chega a Primeiro Ministro. É pena.
Este é um exemplo daquilo onde eu hoje quero chegar. Durante os últimos 20 anos (sim, com Cavaco incluido...) não fizemos os nossos trabalhos de casa. Não soubemos planear adequadamente o nosso futuro. Deixamo-nos ir à boleia do populismo e à boleia do facilitismo. Resultado: quando quisemos meter um bocadinho de ordem na casa tivemos logo um PR que dizia que "há mais vida para além do défice" (pois há, nota-se agora...e os trabalhos de casa, dr. Sampaio?) e tivemos maneira de mandar os senhores que lá estavam embora para vir mais do mesmo. E chegámos onde chegámos.
Posto isto, quando mais ninguém nos emprestava dinheiro com um risco (leia-se taxa de juro) aceitável, tivemos que pedir emprestado, e por favor, a outros, que só emprestam em último caso. E estes fizeram aquilo que nós não tivemos coragem de fazer: uma listinha de "trabalhos de casa" (leia-se reformas) para nos tornarmos minimamente sustentáveis. Obviamente que esses trabalhos de casa trazem problemas de curto prazo, porque trazem empobrecimento. Mas eu prefiro chamar-lhe redimensionamento. Sim, porque nos estamos a redimensionar ao que temos e isso custa. Mais ou menos como uma família muito rica, que de repente fica com pouco dinheiro. Tem que se ajustar. Aqui, o ajustamento é para 10 milhoes e qualquer coisa de portugueses.
E, durante este ajustamento, aparecem os "culpados" (leia-se responsáveis políticos) que nos levaram a este ponto a dizerem que é necessário um travão. E que é preciso abrandar o rítmo e que é necessário "estimular a economia" (leia-se gastar mais dinheiro). Mas não foi isso que nós fizemos durante este tempo todo? E quais foram os resultados a que chegámos? E a solução é voltar a insistir no erro?
Então dizem que a culpa é de Angela Merkel. Porque não faz os alemães gastar mais dinheiro, porque não permite que se imprima mais moeda, porque não quer que "estimule a economia". Deste modo? Pudera... Já se viu o final desta telenovela e, diga-se de passagem, que não é muito agradável. Ou então a criação dos eurobonds e mais coisas assim, em que principalmente a Alemanha se chega à frente... E Merkel diz, claro, que não, que nem pensar.
E eu dizia, se estivesse no lugar dessa senhora, que só se tiver direito de veto de todos os Orçamentos de Estado dos países que beneficiem com esta decisão é que mudava de opinião. Pois... assim a coisa mudaria de figura... E depois dizia-se que era uma ingerência na soberania dos Estados e outras coisas assim... como se pedir dinheiro emprestado com nome de outro não o fosse...
Pelo que só vejo como saída continuar a fazer o trabalho de casa. E esperar por melhores dias no que toca à envolvente económica europeia e mundial. Ainda ontem o ministro Vitor Gaspar admitiu que a execução orçamental não estava a correr como o previsto. Muito por culpa da receita que foi, para não variar, sobreestimada. Estima-se que já tenha ultrapassado o limiar da curva de um teórico qualquer que dizia que, ultrapassado esse limite, o valor da receita de impostos tenderia, não a aumentar, mas a diminuir. Pelo que o aumento de impostos não é, de modo algum, a solução milagrosa. Esta passa, agora mais do que nunca, pelo corte nas despesas supérfulas do Estado, para mal da classe política instalada. Vamos ver se o Governo é capaz disso.
Pelo que não compreendo quem diz que a culpa disto tudo é de Merkel, e que quem alinha nas mesmas ideias é subserviente. Não. A culpa é nossa e somos nós que temos que sair dela. Quanto mais cedo, melhor.
Finalmente, como sempre defendi, temos um gestor (ou economista, se preferirem chamar-lhe pelo curso que o homem tirou...) a liderar o SNS. Finalmente! Porque a situação de pré-falência a que chegou a isso obrigava. E, claro, teve que fazer alguns cortes. E logo lhe chamam, a ele ou a interposta pessoa, "cangalheiro". Quando toca a meter populismo, qualquer coisinha serve. É por estas e por outras que Louçã, que eu considero extremamente inteligente, não chega a Primeiro Ministro. É pena.
Este é um exemplo daquilo onde eu hoje quero chegar. Durante os últimos 20 anos (sim, com Cavaco incluido...) não fizemos os nossos trabalhos de casa. Não soubemos planear adequadamente o nosso futuro. Deixamo-nos ir à boleia do populismo e à boleia do facilitismo. Resultado: quando quisemos meter um bocadinho de ordem na casa tivemos logo um PR que dizia que "há mais vida para além do défice" (pois há, nota-se agora...e os trabalhos de casa, dr. Sampaio?) e tivemos maneira de mandar os senhores que lá estavam embora para vir mais do mesmo. E chegámos onde chegámos.
Posto isto, quando mais ninguém nos emprestava dinheiro com um risco (leia-se taxa de juro) aceitável, tivemos que pedir emprestado, e por favor, a outros, que só emprestam em último caso. E estes fizeram aquilo que nós não tivemos coragem de fazer: uma listinha de "trabalhos de casa" (leia-se reformas) para nos tornarmos minimamente sustentáveis. Obviamente que esses trabalhos de casa trazem problemas de curto prazo, porque trazem empobrecimento. Mas eu prefiro chamar-lhe redimensionamento. Sim, porque nos estamos a redimensionar ao que temos e isso custa. Mais ou menos como uma família muito rica, que de repente fica com pouco dinheiro. Tem que se ajustar. Aqui, o ajustamento é para 10 milhoes e qualquer coisa de portugueses.
E, durante este ajustamento, aparecem os "culpados" (leia-se responsáveis políticos) que nos levaram a este ponto a dizerem que é necessário um travão. E que é preciso abrandar o rítmo e que é necessário "estimular a economia" (leia-se gastar mais dinheiro). Mas não foi isso que nós fizemos durante este tempo todo? E quais foram os resultados a que chegámos? E a solução é voltar a insistir no erro?
Então dizem que a culpa é de Angela Merkel. Porque não faz os alemães gastar mais dinheiro, porque não permite que se imprima mais moeda, porque não quer que "estimule a economia". Deste modo? Pudera... Já se viu o final desta telenovela e, diga-se de passagem, que não é muito agradável. Ou então a criação dos eurobonds e mais coisas assim, em que principalmente a Alemanha se chega à frente... E Merkel diz, claro, que não, que nem pensar.
E eu dizia, se estivesse no lugar dessa senhora, que só se tiver direito de veto de todos os Orçamentos de Estado dos países que beneficiem com esta decisão é que mudava de opinião. Pois... assim a coisa mudaria de figura... E depois dizia-se que era uma ingerência na soberania dos Estados e outras coisas assim... como se pedir dinheiro emprestado com nome de outro não o fosse...
Pelo que só vejo como saída continuar a fazer o trabalho de casa. E esperar por melhores dias no que toca à envolvente económica europeia e mundial. Ainda ontem o ministro Vitor Gaspar admitiu que a execução orçamental não estava a correr como o previsto. Muito por culpa da receita que foi, para não variar, sobreestimada. Estima-se que já tenha ultrapassado o limiar da curva de um teórico qualquer que dizia que, ultrapassado esse limite, o valor da receita de impostos tenderia, não a aumentar, mas a diminuir. Pelo que o aumento de impostos não é, de modo algum, a solução milagrosa. Esta passa, agora mais do que nunca, pelo corte nas despesas supérfulas do Estado, para mal da classe política instalada. Vamos ver se o Governo é capaz disso.
Pelo que não compreendo quem diz que a culpa disto tudo é de Merkel, e que quem alinha nas mesmas ideias é subserviente. Não. A culpa é nossa e somos nós que temos que sair dela. Quanto mais cedo, melhor.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
PORTUGAL
Bom jogo, gostei da exibição. Uma equipa consciente, que nunca deu um passo maior do que a perna. Valeu, acima de tudo, por isso. Quem via o jogo, nunca pensou por um momento que aquilo fosse correr mal. Desta vez não foi jogado sobre arames, mas sim sobre chão muito seguro.
Continuo a achar que Portugal não tem um Ponta de Lança capaz de jogar à bola. Temos, quando muito, uns desenrascados que por lá andam e que a maioria das vezes até estragam o trabalho dos outros. Enfim, é o que temos. Penso mesmo que até o Pauleta com os seus não sei quantos anos, com uma meia dúzia de treinos físicos para ficar em forma ainda era melhor que estes dois.
Dois. Porque Nelson Oliveira não conta. E não deve contar tão cedo, dada a sua juventude. Mas penso que é melhor que aqueles dois. E que, se tudo correr dentro do normal e Jesus lhe der rodagem, vai ser o futuro ponta de lança da selecção. Mas a pressão fala mais alto e, nestas alturas, é preferível optar por alguém que, não sendo tão bom, tem mais anos de experiência.
Mas Portugal não é só a selecção. É também Rui Costa. E não vi ninguém a fazer grandes documentários e a entrar em casa e a ver quais são os rituais da sorte do ciclista. É pena que neste país uns sejam filhos e outros sejam enteados. É a nossa sina. Da minha parte, mais uma vez, os meus mais sinceros parabéns. Ganhar a Volta à Suíça é sempre um bom resultado, dê lá por onde der...
Continuo a achar que Portugal não tem um Ponta de Lança capaz de jogar à bola. Temos, quando muito, uns desenrascados que por lá andam e que a maioria das vezes até estragam o trabalho dos outros. Enfim, é o que temos. Penso mesmo que até o Pauleta com os seus não sei quantos anos, com uma meia dúzia de treinos físicos para ficar em forma ainda era melhor que estes dois.
Dois. Porque Nelson Oliveira não conta. E não deve contar tão cedo, dada a sua juventude. Mas penso que é melhor que aqueles dois. E que, se tudo correr dentro do normal e Jesus lhe der rodagem, vai ser o futuro ponta de lança da selecção. Mas a pressão fala mais alto e, nestas alturas, é preferível optar por alguém que, não sendo tão bom, tem mais anos de experiência.
Mas Portugal não é só a selecção. É também Rui Costa. E não vi ninguém a fazer grandes documentários e a entrar em casa e a ver quais são os rituais da sorte do ciclista. É pena que neste país uns sejam filhos e outros sejam enteados. É a nossa sina. Da minha parte, mais uma vez, os meus mais sinceros parabéns. Ganhar a Volta à Suíça é sempre um bom resultado, dê lá por onde der...
domingo, 17 de junho de 2012
RUI COSTA
Aconteceu muita coisa desde que publiquei o meu ultimo post. Felizmente, parece que o alargamento da Liga não seguiu adiante, ao mesmo tempo que, felizmente, o projecto das equipas B avançou, com todos os clubes que poderiam inscrever clubes a fazê-lo.
O Porto foi campeão, ganhou a supertaça. Foi uma época menos má, apesar de tudo. Poderiamos ter visto tudo com um canudo. Os Benfiquistas que não se queixem da arbitragem porque vai ficar ela por ela em termos de benefício e prejuizo.
Continuamos a levar boas notas da troika. Paulo Bento convocou os 23 dele, que já se esperavam, com os quais nao concordava, mas pronto, são as opções dele. Continuamos na mesma guerra do euro, com noticias boas e más a alternarem e a deixarem as pessoas inseguras. Agora meteu-se a Espanha no meio do vórtice, o que não augura nada de bom, mas pode ter o condão de fazer a Europa mexer-se e definir qual a sua - boa ou má - solução.
Hesjedal ganhou o Giro de Italia. Surpresa, só para quem não viu. Estava bem, e para um não trepador, safou-se muito bem nas etapas mais duras. Enfim, muita coisa se passou nos últimos tempos e estas são as coisas mais marcantes para mim e que me lembro neste momento.
No meio disto tudo, hoje tive uma boa notícia. O senhor com o nome que intitula o post (não o jogador do Benfica, o outro, o ciclista) ganhou a Volta à Suiça. Depois de uma etapa na Volta à França, da vitória nos 4 dias de Dunquerque e de muitas outras boas exibições, Rui Costa ganhou a Volta à Suiça.
Rui Costa tem muito a agradecer a Valverde. Porque ele o ajudou e muito. Também porque lhe interessava para a equipa, mas podia ter sido egoista e obrigar Rui Costa a trabalhar para ele. Mas não, colaborou com Costa e assim a Movistar ganhou.
Fica assim provado que temos pelo menos um ciclista para poder ganhar uma grande volta. Continuo a acreditar que Machado também tem essa capacidade, mas pode não estar na equipa certa, uma vez que tem uma série de vedetas para trabalhar enquanto Rui Costa só tem mesmo Valverde.
É mais uma boa notícia para Portugal. E é com notícias destas que podemos levantar a moral e sair da crise. Pode ser que a Selecção (sim, continuo a escrever de acordo com a antiga ortografia) dê uma ajuda...
O Porto foi campeão, ganhou a supertaça. Foi uma época menos má, apesar de tudo. Poderiamos ter visto tudo com um canudo. Os Benfiquistas que não se queixem da arbitragem porque vai ficar ela por ela em termos de benefício e prejuizo.
Continuamos a levar boas notas da troika. Paulo Bento convocou os 23 dele, que já se esperavam, com os quais nao concordava, mas pronto, são as opções dele. Continuamos na mesma guerra do euro, com noticias boas e más a alternarem e a deixarem as pessoas inseguras. Agora meteu-se a Espanha no meio do vórtice, o que não augura nada de bom, mas pode ter o condão de fazer a Europa mexer-se e definir qual a sua - boa ou má - solução.
Hesjedal ganhou o Giro de Italia. Surpresa, só para quem não viu. Estava bem, e para um não trepador, safou-se muito bem nas etapas mais duras. Enfim, muita coisa se passou nos últimos tempos e estas são as coisas mais marcantes para mim e que me lembro neste momento.
No meio disto tudo, hoje tive uma boa notícia. O senhor com o nome que intitula o post (não o jogador do Benfica, o outro, o ciclista) ganhou a Volta à Suiça. Depois de uma etapa na Volta à França, da vitória nos 4 dias de Dunquerque e de muitas outras boas exibições, Rui Costa ganhou a Volta à Suiça.
Rui Costa tem muito a agradecer a Valverde. Porque ele o ajudou e muito. Também porque lhe interessava para a equipa, mas podia ter sido egoista e obrigar Rui Costa a trabalhar para ele. Mas não, colaborou com Costa e assim a Movistar ganhou.
Fica assim provado que temos pelo menos um ciclista para poder ganhar uma grande volta. Continuo a acreditar que Machado também tem essa capacidade, mas pode não estar na equipa certa, uma vez que tem uma série de vedetas para trabalhar enquanto Rui Costa só tem mesmo Valverde.
É mais uma boa notícia para Portugal. E é com notícias destas que podemos levantar a moral e sair da crise. Pode ser que a Selecção (sim, continuo a escrever de acordo com a antiga ortografia) dê uma ajuda...
sexta-feira, 16 de março de 2012
ALARGAMENTO DA LIGA
É no mínimo execrável este modelo de alargamento da Primeira Liga. Não faz sentido nenhum fazem com que nenhum clube desça. Como também não faz sentido fazer descer dois para subirem quatro. Pelo que a melhor solução seria fazerem uma liguinha, duas voltas, todos contra todos e os dois melhores desse mini-campeonato ficavam na Primeira Liga. Os outros dois, paciência.
Assim, este modelo favorece aqueles clubezitos da Primeira Liga que teriam muitas dificuldades em subsistir caso descessem ao escalão secundário, que todos sabemos quais são, independentemente do facto de outros clubes estarem também com salários em atraso.
O facto de este Presidente da Liga estar consoante a maré, no que toca aos regulamentos dos campeonatos levou a que alguns clubes deixassem cair os projectos das equipas B que ja tinham em curso. É UMA MEDIDA ERRADA!!! Vai prejudicar a subsistência do futebol português no longo prazo, uma vez que a selecção tem um leque de escolhas bastante reduzido e a tendência é para cada vez mais jogadores brasileiros sem qualidade venham tirar lugar aos jovens portugueses.
Pelo que espero que o Presidente da Liga de Clubes anule, porque o pode fazer, esta decisão e que, caso entenda, possa fazer um alargamento de um modo decente. E gostava que os projectos das equipas B tivesse mesmo pernas para andar. E o melhor exemplo de para que servem as equipas B está mesmo em Portugal, ao virar do 3o lugar da classificação e chama-se Marítimo. Qauntos jogadores tem da equipa B a jogar regularmente? E quantos já lançou e vendeu com grandes proveitos disso? Pois...
Assim, este modelo favorece aqueles clubezitos da Primeira Liga que teriam muitas dificuldades em subsistir caso descessem ao escalão secundário, que todos sabemos quais são, independentemente do facto de outros clubes estarem também com salários em atraso.
O facto de este Presidente da Liga estar consoante a maré, no que toca aos regulamentos dos campeonatos levou a que alguns clubes deixassem cair os projectos das equipas B que ja tinham em curso. É UMA MEDIDA ERRADA!!! Vai prejudicar a subsistência do futebol português no longo prazo, uma vez que a selecção tem um leque de escolhas bastante reduzido e a tendência é para cada vez mais jogadores brasileiros sem qualidade venham tirar lugar aos jovens portugueses.
Pelo que espero que o Presidente da Liga de Clubes anule, porque o pode fazer, esta decisão e que, caso entenda, possa fazer um alargamento de um modo decente. E gostava que os projectos das equipas B tivesse mesmo pernas para andar. E o melhor exemplo de para que servem as equipas B está mesmo em Portugal, ao virar do 3o lugar da classificação e chama-se Marítimo. Qauntos jogadores tem da equipa B a jogar regularmente? E quantos já lançou e vendeu com grandes proveitos disso? Pois...
EXPORTAÇÕES
Parece que, ao contrário do que as más linguas previam, as exportações voltaram a crescer ao nível a que nos habituaram.
Além disso, parece que as importações voltaram a diminuir, o que faz com que o défice da balança comercial portuguesa volte a baixar, o que também é positivo.
Tudo isto só se conseguiu, apesar de tudo, com um empobrecimento da população. Quem fosse realista e compreendesse um pouco de economia percebia que a nossa riqueza não se coadunava com a nossa economia. Ou seja, a nossa riqueza era pouca para aquilo que gastavamos, o que levou a uma diminuição drástica dos níveis de poupança, um aumento do endividamento privado e a um aumento das exportações.
Ora, isto teria de acabar. E, com esta crise, acabou mesmo. Lembro-me muitas vezes de um professor de Economia que me dizia que teriamos, como estava a economia, que teriamos, mais cedo ou mais tarde, de passar por um processo de ajustamento que levaria a um processo de empobrecimento da população e que, quanto mais tarde fosse pior seria. E, de facto, assim é. Estamos a passar por um processo de empobrecimento que é mau, mas que é necessário.
No meio disto tudo, todos os dias fecham empresas. Fecham, acima de tudo, as empresas que têm mais dificuldade em subsistir. Para a economia é bom que fiquem as boas empresas, as que têm capacidade para subsistir, pois são essas que criam empregos com carácter de longo prazo. As outras terão sempre tendência a desaparecer. As boas empresas serão sempre aquelas que terão mais hipóteses de crescer.
Neste sentido vêm as exportações. É bom sinal estarem a crescer a um nível muito bom. E que espero que assim continuem. É sinal que há empresas em Portugal com boa capacidade de produção e que no futuro podem vir a crescer. É muito bom sinal que isso aconteça. No meio de tantas más notícias, com desempregos a surgirem todos os dias, ao menos pelos lados das empresas que vendem aparecem boas notícias. Menos mal...
Além disso, parece que as importações voltaram a diminuir, o que faz com que o défice da balança comercial portuguesa volte a baixar, o que também é positivo.
Tudo isto só se conseguiu, apesar de tudo, com um empobrecimento da população. Quem fosse realista e compreendesse um pouco de economia percebia que a nossa riqueza não se coadunava com a nossa economia. Ou seja, a nossa riqueza era pouca para aquilo que gastavamos, o que levou a uma diminuição drástica dos níveis de poupança, um aumento do endividamento privado e a um aumento das exportações.
Ora, isto teria de acabar. E, com esta crise, acabou mesmo. Lembro-me muitas vezes de um professor de Economia que me dizia que teriamos, como estava a economia, que teriamos, mais cedo ou mais tarde, de passar por um processo de ajustamento que levaria a um processo de empobrecimento da população e que, quanto mais tarde fosse pior seria. E, de facto, assim é. Estamos a passar por um processo de empobrecimento que é mau, mas que é necessário.
No meio disto tudo, todos os dias fecham empresas. Fecham, acima de tudo, as empresas que têm mais dificuldade em subsistir. Para a economia é bom que fiquem as boas empresas, as que têm capacidade para subsistir, pois são essas que criam empregos com carácter de longo prazo. As outras terão sempre tendência a desaparecer. As boas empresas serão sempre aquelas que terão mais hipóteses de crescer.
Neste sentido vêm as exportações. É bom sinal estarem a crescer a um nível muito bom. E que espero que assim continuem. É sinal que há empresas em Portugal com boa capacidade de produção e que no futuro podem vir a crescer. É muito bom sinal que isso aconteça. No meio de tantas más notícias, com desempregos a surgirem todos os dias, ao menos pelos lados das empresas que vendem aparecem boas notícias. Menos mal...
quinta-feira, 15 de março de 2012
ANTÓNIO BORGES
Mais uma vez se demonstra que é muito chato combater os interesses instalados e Santos Pereira e o seu Secretário de Estado que agora se demitiu que o diga...
Os interesses instalados que estão a levar à ruina o nosso país parece sempre quererem levar a melhor face ao bom senso. Os contratos leoninos para o interesse público assinados nos últimos 15 anos devem ser renegociados com urgência para que, desta vez para sempre, o Estado Português não seja sempre o principal lesado, em detrimento dos parceiros privados que ganham lucros de milhões!!!
Pois bem, parece que afinal, quando um Secretário de Estado diz que vai mudar as rendas que o Estado paga aos privados para as diminuir, eis que os mesmos arranjam maneira de conspirar, de modo a que o dito Secretário de Estado teve mesmo que se demitir (sim, porque os motivos pessoais e familiares encaixam sempre bem nestas alturas, não é???).
Espero que Santos Pereira combata aquilo que escreveu enquanto estava no Canadá e que continue a fazer o seu trabalho, sem ligar ao mundo VIP que o rodeia. E que Passos (de) Coelho o deixe trabalhar em paz e sossego e lhe dê toda a confiança política necessária. Porque ele de tosco não tem nada e, com o tempo, todos lhe vamos dar razão...
Quanto a António Borges, mais uma vez se demonstra o oportunismo político desta geração de políticos da qual ele faz parte. O convite não me choca nada, o que me choca, isso sim, é a sua atitude...
Os interesses instalados que estão a levar à ruina o nosso país parece sempre quererem levar a melhor face ao bom senso. Os contratos leoninos para o interesse público assinados nos últimos 15 anos devem ser renegociados com urgência para que, desta vez para sempre, o Estado Português não seja sempre o principal lesado, em detrimento dos parceiros privados que ganham lucros de milhões!!!
Pois bem, parece que afinal, quando um Secretário de Estado diz que vai mudar as rendas que o Estado paga aos privados para as diminuir, eis que os mesmos arranjam maneira de conspirar, de modo a que o dito Secretário de Estado teve mesmo que se demitir (sim, porque os motivos pessoais e familiares encaixam sempre bem nestas alturas, não é???).
Espero que Santos Pereira combata aquilo que escreveu enquanto estava no Canadá e que continue a fazer o seu trabalho, sem ligar ao mundo VIP que o rodeia. E que Passos (de) Coelho o deixe trabalhar em paz e sossego e lhe dê toda a confiança política necessária. Porque ele de tosco não tem nada e, com o tempo, todos lhe vamos dar razão...
Quanto a António Borges, mais uma vez se demonstra o oportunismo político desta geração de políticos da qual ele faz parte. O convite não me choca nada, o que me choca, isso sim, é a sua atitude...
RICARDO SÁ PINTO
Relembro que critiquei aqui a demissão de Domingos Paciência, ainda para mais nas circunstâncias em que foram.
Contudo, o trabalho até agora desenvolvido tem sido de grande qualidade. A todos os níveis. O sempre explosivo (como jogador de futebol todos conhecíamos a sua personalidade e como director desportivo conseguiu andar à pancada com Liédson) Ricardo Sá Pinto deu lugar a uma pessoa bem mais calma, bem mais tranquila, sem perder a mentalidade guerreira que o caracteriza, e conseguiu tranquilizar a equipa que vinha de um ciclo algo negativo desde Janeiro do corrente ano.
Izmailov é um desses exemplos. Passada a fase atribulada das lesões, Sá Pinto conseguiu colocar o jogador a um nível elevado também a nível físico - hoje esteve muito bem a ajudar Pereirinha (mais uma vez mostrou que, com rotina a jogar naquele lugar, pode ser um jogador titular no Sporting - nunca me esqueci como anulou Quaresma num Sporting x Porto...) a fechar o lado direito... - e a nível do jogo (grande cruzamento, na hora certa, para Van Volfswinkel...) esteve muito bem também.
Jeffren foi outro caso. Passadas as lesões, demonstrou no domingo ser uma alternativa muito válida no plantel dos leões. Os dois melhores golos da noite foram dele. Volfswinkel foi outra "recuperação", não desistindo do jogador e dando-lhe confiança. Além de que agora o Sporting joga como eu sempre defendi (apenas pelos meus conhecimentos de FM), com Schaars mais defensivo mais um médio (que eu acho que deve ser Izmailov, deixando a ala para Jeffren ou Carrillo, mas Elias faz muito bem a posição...) a acompanhar e com Matias atrás do avançado centro.
Enfim. Sá Pinto mostra perceber o que está a fazer e mostra a maturidade que ganhou desde que abandonou o futebol e ganhou novas competências, quer escolares, quer profissionais (como adjunto de Caixinha no Leiria e treinador da equipa de Juniores do Sporting). Esperam os sportinguistas e os portugueses em geral que o Sporting volte a ser competitivo. Isso é sempre bom e faz bem ao futebol português...
Contudo, o trabalho até agora desenvolvido tem sido de grande qualidade. A todos os níveis. O sempre explosivo (como jogador de futebol todos conhecíamos a sua personalidade e como director desportivo conseguiu andar à pancada com Liédson) Ricardo Sá Pinto deu lugar a uma pessoa bem mais calma, bem mais tranquila, sem perder a mentalidade guerreira que o caracteriza, e conseguiu tranquilizar a equipa que vinha de um ciclo algo negativo desde Janeiro do corrente ano.
Izmailov é um desses exemplos. Passada a fase atribulada das lesões, Sá Pinto conseguiu colocar o jogador a um nível elevado também a nível físico - hoje esteve muito bem a ajudar Pereirinha (mais uma vez mostrou que, com rotina a jogar naquele lugar, pode ser um jogador titular no Sporting - nunca me esqueci como anulou Quaresma num Sporting x Porto...) a fechar o lado direito... - e a nível do jogo (grande cruzamento, na hora certa, para Van Volfswinkel...) esteve muito bem também.
Jeffren foi outro caso. Passadas as lesões, demonstrou no domingo ser uma alternativa muito válida no plantel dos leões. Os dois melhores golos da noite foram dele. Volfswinkel foi outra "recuperação", não desistindo do jogador e dando-lhe confiança. Além de que agora o Sporting joga como eu sempre defendi (apenas pelos meus conhecimentos de FM), com Schaars mais defensivo mais um médio (que eu acho que deve ser Izmailov, deixando a ala para Jeffren ou Carrillo, mas Elias faz muito bem a posição...) a acompanhar e com Matias atrás do avançado centro.
Enfim. Sá Pinto mostra perceber o que está a fazer e mostra a maturidade que ganhou desde que abandonou o futebol e ganhou novas competências, quer escolares, quer profissionais (como adjunto de Caixinha no Leiria e treinador da equipa de Juniores do Sporting). Esperam os sportinguistas e os portugueses em geral que o Sporting volte a ser competitivo. Isso é sempre bom e faz bem ao futebol português...
domingo, 4 de março de 2012
BENFICA X PORTO
Subscrevo. Por inteiro. Parece-me uma análise lúcida. Não tenho mais nada a acrescentar.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
SPORTING VS LIVERPOOL
Quase que me esquecia de comentar o que se passou no Sporting.
Domingos estava a fazer um trabalho simpático no Sporting. De todos os objectivos a que se tinha proposto, só a Taça da Liga era impossível porque já tinha sido eliminado. De todos os outros ainda tinha possibilidades, ainda que remotas. Podemos discutir se conseguia ou não, mas possibilidades ainda tinha. Estava na Final da Taça de Portugal, apenas e só a segunda competição nacional mais importante do campeonato. Nos 16 avos de final da Liga Europa. Estava a 16 pontos do líder Benfica. Pois bem, foi despedido, no dia a seguir ao seu Presidente ter dito que tinha toda a sua confiança. Desejo tudo de bom a Sá Pinto, mas se ganhar a Taça bem pode agradecer a Domingos.
Recordemos agora o Liverpool. Dalglish gastou 30 milhões de euros em contratações. Está em 6º no Campeonato, a 20 pontos do líder Manchester City. Ganhou agora a Taça da Liga e só a Taça de Inglaterra o pode valer, porque nem competição europeia tem para jogar. Já não ganhava um troféu desde 2008, penso, quando ganhou, ainda com Benitez ao comando, a Taça de Inglaterra desse ano.
Semelhanças com o Sporting? Muitas. Semelhanças com a cultura portuguesa? Nenhuma. E é nisso que o futebol português tem de mudar. Porque todos estamos a imaginar qual seria o destino que Dalglish em Portugal, não estamos?
Domingos estava a fazer um trabalho simpático no Sporting. De todos os objectivos a que se tinha proposto, só a Taça da Liga era impossível porque já tinha sido eliminado. De todos os outros ainda tinha possibilidades, ainda que remotas. Podemos discutir se conseguia ou não, mas possibilidades ainda tinha. Estava na Final da Taça de Portugal, apenas e só a segunda competição nacional mais importante do campeonato. Nos 16 avos de final da Liga Europa. Estava a 16 pontos do líder Benfica. Pois bem, foi despedido, no dia a seguir ao seu Presidente ter dito que tinha toda a sua confiança. Desejo tudo de bom a Sá Pinto, mas se ganhar a Taça bem pode agradecer a Domingos.
Recordemos agora o Liverpool. Dalglish gastou 30 milhões de euros em contratações. Está em 6º no Campeonato, a 20 pontos do líder Manchester City. Ganhou agora a Taça da Liga e só a Taça de Inglaterra o pode valer, porque nem competição europeia tem para jogar. Já não ganhava um troféu desde 2008, penso, quando ganhou, ainda com Benitez ao comando, a Taça de Inglaterra desse ano.
Semelhanças com o Sporting? Muitas. Semelhanças com a cultura portuguesa? Nenhuma. E é nisso que o futebol português tem de mudar. Porque todos estamos a imaginar qual seria o destino que Dalglish em Portugal, não estamos?
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
PPP's
Depois do folclore que foi o reinado dos Governos de Sócrates, no que toca à ruina que foram as PPP's que lucraram a alguém, que não se sabe bem quem, espera-se que estas sejam renegociadas num curto espaço de tempo.
Porque as provas aparecem a todo o vapor. Ainda começaram com Sócrates como PM numa entrevista na SIC, onde o que ele explicava não batia certo com o gráfico que ele apresentou, e continuaram com este Governo. Até à intervenção "desesperada" de Paulo Campos, o inenarrável ex-Secretário de Estado dos Transportes do último Governo de Sócrates que cada vez mais se comprova que foi o dos amigos, com aquela história do power-point que ele explica com dados que ele atribui a alguém e que esse alguém os refuta com uma pinta do caraças.
Ora, até agora parece que as mesmas ainda continuam na mesma. O que não é bom para as nossas finanças públicas. Espera-se por isso que o Ministro Santos Pereira e o Ministro Vitor Gaspar, adjuvados pelo Secretário de Estado Carlos Moedas e pelo Consultor António Borges (matéria prima qualificada não falta, pelos vistos...) façam uma renegociação das mesmas com benefício (não com diminuição do prejuizo, entenda-se!) do erário público. Já a semana passada era tardíssimo!
Porque as provas aparecem a todo o vapor. Ainda começaram com Sócrates como PM numa entrevista na SIC, onde o que ele explicava não batia certo com o gráfico que ele apresentou, e continuaram com este Governo. Até à intervenção "desesperada" de Paulo Campos, o inenarrável ex-Secretário de Estado dos Transportes do último Governo de Sócrates que cada vez mais se comprova que foi o dos amigos, com aquela história do power-point que ele explica com dados que ele atribui a alguém e que esse alguém os refuta com uma pinta do caraças.
Ora, até agora parece que as mesmas ainda continuam na mesma. O que não é bom para as nossas finanças públicas. Espera-se por isso que o Ministro Santos Pereira e o Ministro Vitor Gaspar, adjuvados pelo Secretário de Estado Carlos Moedas e pelo Consultor António Borges (matéria prima qualificada não falta, pelos vistos...) façam uma renegociação das mesmas com benefício (não com diminuição do prejuizo, entenda-se!) do erário público. Já a semana passada era tardíssimo!
TRANSPORTES
Parece que as empresas de transportes têm um acordo colectivo de trabalho que faz com que o dia de hoje seja feriado. Tudo legal. Não me parece lógico é que, sendo públicas, tenham um regime específico, diferente da generalidade dos restantes funcionários públicos. O caso dos professores é diferente porque já está previsto desde o inicio do ano que existiriam estes três dias de paragem. O que eu acho mal mas que não podia ser corrigido.
Porque, como é lógico, a maioria dos serviços públicos estiveram operacionais, menos estes senhores, que dão um "lucro" enorme ao país, que estiveram em regime de serviços mínimos.
Hoje ouvi uma reportagem no Jornal da Noite da TVI. Parece que, afinal, tudo continua na mesma no reino dos transportes em Portugal. Continuam a ter os mesmos benefícios - viagens à borla, para si (lógico, parece-me...) e para os familiares (menos lógico...) e, o que mais me admirou!, complementos de reforma que, à pala do Estado e dos Impostos que eu pago (!), fazem equivaler a reforma ao último ordenado recebido. Imaginem os senhores que são promovidos e um mês depois vão para a reforma porque atingiu o tempo de serviço. É demais! Santa Paciência! Enquanto isto não se ajustar, então não vamos a lado nenhum.
Por isso sou a favor da privatização - total ou parcial, tanto faz, desde que a gestão seja privada - destas empresas. Porque assim as empresas seriam ajustadas à realidade e evitariamos gastos desnecessários. E os senhores que beneficiam disto saltariam ao ar e veriam que o que estão a usufruir não é de todo sustentável. E isso paga-se com mais impostos que todos nós - eu incluido (!) e isso é o que mais me custa... - pagamos.
Porque, como é lógico, a maioria dos serviços públicos estiveram operacionais, menos estes senhores, que dão um "lucro" enorme ao país, que estiveram em regime de serviços mínimos.
Hoje ouvi uma reportagem no Jornal da Noite da TVI. Parece que, afinal, tudo continua na mesma no reino dos transportes em Portugal. Continuam a ter os mesmos benefícios - viagens à borla, para si (lógico, parece-me...) e para os familiares (menos lógico...) e, o que mais me admirou!, complementos de reforma que, à pala do Estado e dos Impostos que eu pago (!), fazem equivaler a reforma ao último ordenado recebido. Imaginem os senhores que são promovidos e um mês depois vão para a reforma porque atingiu o tempo de serviço. É demais! Santa Paciência! Enquanto isto não se ajustar, então não vamos a lado nenhum.
Por isso sou a favor da privatização - total ou parcial, tanto faz, desde que a gestão seja privada - destas empresas. Porque assim as empresas seriam ajustadas à realidade e evitariamos gastos desnecessários. E os senhores que beneficiam disto saltariam ao ar e veriam que o que estão a usufruir não é de todo sustentável. E isso paga-se com mais impostos que todos nós - eu incluido (!) e isso é o que mais me custa... - pagamos.
PONTE
Compreendo a ideia de Passos. Estamos a atravessar um momento muito dificil e temos que trabalhar para dar a volta. E mais um dia de trabalho pode fazer a diferença. Já foi calculado pelos sucessivos governantes quanto custa um dia de "ponte" no nosso país. E o que poderia contribuir para o nosso crescimento económico. Estamos mesmo numa altura em que, como diz a minha mãe, "migalhas é pão" e estamos num ponto delicado da nossa vida.
Não compreendo é as reacções que se foram gerando. As Câmaras, que são "tentáculos" da Administração Pública, não deveriam ter concedido a folga aos seus funcionários. É imoral que tal tenha acontecido, por mais ou menos razão que se tenha. Quem manda é o Estado e, santa paciência!, tem que se cumprir. Do modo que eu, caso fosse Ministro das Finanças, tratava de me vingar do assunto. Muito simples. As transferências estatais relativas a esse mês seriam congeladas. Se são capazes de "desobedecer" ao Estado para bem, então também podem passar sem ele para mal.
É um exemplo do modo como temos vivido. Acima das nossas possibilidades, mas quando temos que fazer um ajustamento, primeiro que toque aos outros, porque para nós há sempre tempo. E quando assim é, a coisa não tem grande futuro...
Não compreendo é as reacções que se foram gerando. As Câmaras, que são "tentáculos" da Administração Pública, não deveriam ter concedido a folga aos seus funcionários. É imoral que tal tenha acontecido, por mais ou menos razão que se tenha. Quem manda é o Estado e, santa paciência!, tem que se cumprir. Do modo que eu, caso fosse Ministro das Finanças, tratava de me vingar do assunto. Muito simples. As transferências estatais relativas a esse mês seriam congeladas. Se são capazes de "desobedecer" ao Estado para bem, então também podem passar sem ele para mal.
É um exemplo do modo como temos vivido. Acima das nossas possibilidades, mas quando temos que fazer um ajustamento, primeiro que toque aos outros, porque para nós há sempre tempo. E quando assim é, a coisa não tem grande futuro...
BENFICA
Até que enfim que perdeu um joguinho. Ainda pode ser que o FCP, mesmo a jogar mal, possa vir a ser campeão. Aqui está uma marca da diferença. Criticamos, mesmo que estejamos menos mal. Estou, obviamente, a ser irónico. Vitor Pereira não tem nitidamente lugar no FCP como treinador principal, apesar de ser, segundo constou o ano passado, um brilhante adjunto. Agora vamos ver como corre até ao fim do campeonato. Mas esperançoso, isso estou...
GRÉCIA
Só mesmo para dizer que é muito bom que se tenha chegado a acordo entre todos, com vista a não deixar cair a Grécia. É que a bancarrota teria consequências imprevisíveis.
Contudo, parece que a diminuição das taxas de juro não é para mais ninguém. O que pode significar que pode haver um ajustamento do Memorando, cuja implementação foi elogiada hoje - sim, em pleno dia de "feriado" - pela troika na AR.
Mas o mais importante é que a Grécia está mais perto, outra vez, de voltar a ser salva. O que é muito bom.
Contudo, parece que a diminuição das taxas de juro não é para mais ninguém. O que pode significar que pode haver um ajustamento do Memorando, cuja implementação foi elogiada hoje - sim, em pleno dia de "feriado" - pela troika na AR.
Mas o mais importante é que a Grécia está mais perto, outra vez, de voltar a ser salva. O que é muito bom.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
CSM
"PRESIDENTE DA AUTARQUIA PENAGUIOTA QUER SALVAR COOPERATIVA" lia-se num jornal regional.
Pois, a mim parece-me bem. A ser verdade o que diz aquele jornal, então a maior empresa e um dos principais sustentos da economia do concelho pode estar a pontos de falir.
E, sem rodeios. É bom que isto aconteça. Qualquer que seja o motivo principal. Social ou político. É bom para o concelho que as Caves estejam bem vivas. Então a Câmara deve dar uma "mãozinha". Ou o braço inteiro.
Que o Presidente da Câmara tenha sorte. Para bem de todos os penaguiotas. E que os políticos da oposição colaborem com ele. O concelho precisa disso.
Pois, a mim parece-me bem. A ser verdade o que diz aquele jornal, então a maior empresa e um dos principais sustentos da economia do concelho pode estar a pontos de falir.
E, sem rodeios. É bom que isto aconteça. Qualquer que seja o motivo principal. Social ou político. É bom para o concelho que as Caves estejam bem vivas. Então a Câmara deve dar uma "mãozinha". Ou o braço inteiro.
Que o Presidente da Câmara tenha sorte. Para bem de todos os penaguiotas. E que os políticos da oposição colaborem com ele. O concelho precisa disso.
BANCARROTA
Tenho acompanhado superficialmente o que se passa na Grécia. Parece que estão a pontos de ficar na bancarrota, caso não cumpram o acordo que estão a negociar com os "parceiros internacionais" ficam sem dinheiro e assim abrem falência.
É este o risco que corremos em Portugal, caso não cumpramos o Memorando da troika. E depois, que seria de nós, de volta ao escudo, com as taxas de juro elevadíssimas e fora da UE, na falência, sem dinheiro para pagar ao exército, à polícia, aos que recolhem o lixo, aos professores, aos nossos credores? Ainda acreditam que há dinheiro? Não há! Não temos dinheiro para sobreviver sem a ajuda externa que estamos a ser alvo.
Renegociar a dívida? Ai sim? A que custo? A que os próximos financiamentos sejam incomportáveis? Imagine só o leitor emprestar dinheiro a uma pessoa sem que tenha a garantia que o tenha de volta. Pois. Por isso existe o juro. Quanto mais arriscado, mais alto se torna. Porque emprestar dinheiro é um risco, que se avalia pelas taxas de juro.
Pelo que me rio e de que maneira quando dizem que não havia necessidade de estarmos a passar por isto. Mas pronto. São os "iluminados" que temos e que temos que ouvir. Aconselho a ouvir Medina Carreira. Ele explica melhor que ninguém o que se está a passar em Portugal.
Parece que, afinal, estamos a cumprir bem o memorando da troika. Tão bem que o Ministro das Finanças alemão já disse que, depois da Grécia e se a coisa continuasse pelo caminho, caso houvesse um imponderável externo que influenciasse o cumprimento desse acordo, a Alemanha ajudaria a que ele fosse flexibilizado. Não é correcto estarmos a retirar as coisas do contexto, como já fez a esquerda! A dizer que andamos de mão estendida a pedir dinheiro. Nisso andou Soares, antes da primeira intervenção do FMI. Mas isto ninguém conta... é pena...
É muito bom que andemos bem e sejamos "bons alunos" e passemos com boa nota neste exame. Só assim os meus filhos podem sonhar com uma sociedade onde consigam viver. E onde, essencialmente, o mérito impere. E isso vai custar. Temos que apertar o cinto, uma vez que já vivemos com ele folgado tempo demais. Foram 15 anos a viver bem, agora vão ser 15 anos a viver mal. Se tivessemos sido poupados e previdentes como os países no norte da Europa, nada disto nos teria acontecido. Até porque tinhamos muitas reservas de ouro deixadas por Salazar...
É este o risco que corremos em Portugal, caso não cumpramos o Memorando da troika. E depois, que seria de nós, de volta ao escudo, com as taxas de juro elevadíssimas e fora da UE, na falência, sem dinheiro para pagar ao exército, à polícia, aos que recolhem o lixo, aos professores, aos nossos credores? Ainda acreditam que há dinheiro? Não há! Não temos dinheiro para sobreviver sem a ajuda externa que estamos a ser alvo.
Renegociar a dívida? Ai sim? A que custo? A que os próximos financiamentos sejam incomportáveis? Imagine só o leitor emprestar dinheiro a uma pessoa sem que tenha a garantia que o tenha de volta. Pois. Por isso existe o juro. Quanto mais arriscado, mais alto se torna. Porque emprestar dinheiro é um risco, que se avalia pelas taxas de juro.
Pelo que me rio e de que maneira quando dizem que não havia necessidade de estarmos a passar por isto. Mas pronto. São os "iluminados" que temos e que temos que ouvir. Aconselho a ouvir Medina Carreira. Ele explica melhor que ninguém o que se está a passar em Portugal.
Parece que, afinal, estamos a cumprir bem o memorando da troika. Tão bem que o Ministro das Finanças alemão já disse que, depois da Grécia e se a coisa continuasse pelo caminho, caso houvesse um imponderável externo que influenciasse o cumprimento desse acordo, a Alemanha ajudaria a que ele fosse flexibilizado. Não é correcto estarmos a retirar as coisas do contexto, como já fez a esquerda! A dizer que andamos de mão estendida a pedir dinheiro. Nisso andou Soares, antes da primeira intervenção do FMI. Mas isto ninguém conta... é pena...
É muito bom que andemos bem e sejamos "bons alunos" e passemos com boa nota neste exame. Só assim os meus filhos podem sonhar com uma sociedade onde consigam viver. E onde, essencialmente, o mérito impere. E isso vai custar. Temos que apertar o cinto, uma vez que já vivemos com ele folgado tempo demais. Foram 15 anos a viver bem, agora vão ser 15 anos a viver mal. Se tivessemos sido poupados e previdentes como os países no norte da Europa, nada disto nos teria acontecido. Até porque tinhamos muitas reservas de ouro deixadas por Salazar...
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO
Tem feito uns debates na AR com o PM que são muito fraquinhos.Verdade seja dita. Qual seria a necessidade de falar no novo Acordo Ortográfico (AO) com coisas mais importantes para tratar? Para quê?
Confesso que tenho pena da situação do senhor. Tem um grupo parlamentar execrável, com políticos execráveis. Mas ele também não ajuda nem um bocadinho.
Segundo Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na TVI 24 (um dos pequenos luxos a que, felizmente, os meus pais têm possibilidade) dizia que, numa reunião interna dos órgãos do PS, Silva Pereira e Vieira da Silva (dois dos mais importantes ministros de Sócrates) diziam que o partido devia renegar o Memorando que assinara e que devia fazer uma oposição mais clara ao Governo PSD-CDS, actualmente a governar o país.
Pareceu-me impossível. E mais impossível foi não ver ninguém do PS a desmentir tal facto. Pelo que presumo que seja verdade. Até porque acredito que ninguém vem para a TV dizer mentiras chapadas, e que facilmente se desmascarariam.
Depois pareceu-me inacreditável. E depois fez-se-me luz. Afinal, a situação em que o país caiu até tinha lógica. Tivemos mesmo más pessoas e piores políticos a governar-nos. Então, Silva Pereira e Vieira da Silva, tão próximos de Sócrates querem renegar um acordo que ele negociou e assinou? Onde é que está honestidade? E mesmo que não concordem, que raio!, então não é de pessoas de bem querer levar os compromissos até ao fim?
E AJS, muito bem, na minha opinião, disse que não faria nada disso. E que, apesar de não concordar com alguns dos pontos do dito Memorando, não o iria renegar. Porque era de uma irresponsabilidade grosseira fazê-lo, na minha opinião. O que revela bem a qualidade dos ministros que tivemos nos últimos 6 anos. Bem podem dizer o contrário. MAS A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA. E neste caso demonstrou bem as qualidades humanas e políticas daqueles senhores que nos governaram. Deixemos o filósofo continuar a estudar em França e que não venha nos próximos tempos.
Quanto a AJS penso que lhe falta uma demonstração de liderança forte, o que não se viu no OE2012. De um modo que seja inequívoco. Que leve toda a gente à frente e que o Partido comece finalmente a ganhar-lhe o respeito que, como líder e como político, merece. E tem agora, com estas reformas que o Governo quer levar adiante, uma hipótese para isso. Desejo-lhe sorte.
Confesso que tenho pena da situação do senhor. Tem um grupo parlamentar execrável, com políticos execráveis. Mas ele também não ajuda nem um bocadinho.
Segundo Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na TVI 24 (um dos pequenos luxos a que, felizmente, os meus pais têm possibilidade) dizia que, numa reunião interna dos órgãos do PS, Silva Pereira e Vieira da Silva (dois dos mais importantes ministros de Sócrates) diziam que o partido devia renegar o Memorando que assinara e que devia fazer uma oposição mais clara ao Governo PSD-CDS, actualmente a governar o país.
Pareceu-me impossível. E mais impossível foi não ver ninguém do PS a desmentir tal facto. Pelo que presumo que seja verdade. Até porque acredito que ninguém vem para a TV dizer mentiras chapadas, e que facilmente se desmascarariam.
Depois pareceu-me inacreditável. E depois fez-se-me luz. Afinal, a situação em que o país caiu até tinha lógica. Tivemos mesmo más pessoas e piores políticos a governar-nos. Então, Silva Pereira e Vieira da Silva, tão próximos de Sócrates querem renegar um acordo que ele negociou e assinou? Onde é que está honestidade? E mesmo que não concordem, que raio!, então não é de pessoas de bem querer levar os compromissos até ao fim?
E AJS, muito bem, na minha opinião, disse que não faria nada disso. E que, apesar de não concordar com alguns dos pontos do dito Memorando, não o iria renegar. Porque era de uma irresponsabilidade grosseira fazê-lo, na minha opinião. O que revela bem a qualidade dos ministros que tivemos nos últimos 6 anos. Bem podem dizer o contrário. MAS A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA. E neste caso demonstrou bem as qualidades humanas e políticas daqueles senhores que nos governaram. Deixemos o filósofo continuar a estudar em França e que não venha nos próximos tempos.
Quanto a AJS penso que lhe falta uma demonstração de liderança forte, o que não se viu no OE2012. De um modo que seja inequívoco. Que leve toda a gente à frente e que o Partido comece finalmente a ganhar-lhe o respeito que, como líder e como político, merece. E tem agora, com estas reformas que o Governo quer levar adiante, uma hipótese para isso. Desejo-lhe sorte.
PIEGUICES E POLÍTICOS MAL PAGOS...
Parece que Pedro Passos Coelho voltou a ter uma semana muito fértil no que toca a mandar bitaites que, mal interpretados, podem dar uma bela de uma confusão.
Começou por dizer que os portugueses não devem ser "piegas". Alto, que cai o carmo e a trindade neste rectângulo à beira-mar plantado. O povo português não é piegas e e isto é uma ofensa a um povo que vive um programa de austeridade inadmissível, clama a esquerda. E eu, claro está, digo: "Assim não pode ser. Os portugueses não são piegas, nem nada que se pareça. Aliás, a história demonstra precisamente o contrário." Ora, meu dito meu feito. Eu a dizer isto e no Telejornal (não sei de que canal...) aparece que o Primeiro Ministro diz que o povo português não deve ser piegas no que toca à educação, porque estudar sempre foi difícil e, afinal, o facilitismo nunca fez mal a ninguém. E eu continuo à procura da tal "coisa" do "piegas". Como o noticiário acabou, presumi (e bem, diga-se de passagem...) que aquela coisa do "piegas" foi mesmo a que foi dita aos estudantes. Pelo que, a não ser por manifesta falta de assunto (mal, porque há muito assunto para criticar o governo...) ou por falta de competência (pior, significa que este é o menos mau que lá está, e não o melhor...) esta foi uma crítica típica de uma oposição que não tem um caminho alternativo pré-definido.
Parece que, numa entrevista ao semanário SOL, o PM continuou com o seu típico português simplista. Os políticos são mal pagos. Cai mais uma vez o "carmo e a trindade". Isto é gozar com o povo. Isto é gozar com quem pouco recebe. Pois. Isso, ou o assumir de uma verdade. O primeiro-ministro espanhol ganha mais 2000€ que o português. Só mesmo um exemplo. Merkel ganha mais que Passos. Cameron idem, e até o primeiro-ministro - não o presidente, note-se! - francês (que tem uma importância menor que Passos) ganha mais.
Fazendo uma comparação com os privados, nem falo das grandes empresas mundiais. Falo das grandes empresas portuguesas. Belmiro ganha mais que Passos. Ricardo Salgado ganha mais que Passos. E assim sucessivamente. Todos os administradores das grandes empresas ganham mais que Passos. Será que os deputados são mal pagos? Isso já não. Até somos dos países que pagam melhor aos deputados, e alguns para não fazerem grande coisa, a não ser bater palmas e incentivar o líder da bancada parlamentar - principalmente nos dois maiores partidos.
No que toca a Cavaco, parece que ganha mais que o Rei de Espanha. E que Sarkozy. Mal. Errado. Devia ganhar menos. Bem menos, porque também faz pouco. Mas agora só ganha as reformas para que descontou e para as regalias que a lei, erradamente, lhe confere. Seria bem mexer com isso. Mas isso é ilegal, mas legal seria evitar que isso acontecesse no futuro.
Enfim. Afinal, Passos até tinha razão no que dizia. Muita gente já se tinha queixado da facilidade dos estudos. E afinal, o nosso Primeiro Ministro afinal não ganha assim tão bem. Criticá-lo por ser honesto? Se sim, então estamos na situação que merecemos. E não merecemos que nos queiram tirar dela...
Começou por dizer que os portugueses não devem ser "piegas". Alto, que cai o carmo e a trindade neste rectângulo à beira-mar plantado. O povo português não é piegas e e isto é uma ofensa a um povo que vive um programa de austeridade inadmissível, clama a esquerda. E eu, claro está, digo: "Assim não pode ser. Os portugueses não são piegas, nem nada que se pareça. Aliás, a história demonstra precisamente o contrário." Ora, meu dito meu feito. Eu a dizer isto e no Telejornal (não sei de que canal...) aparece que o Primeiro Ministro diz que o povo português não deve ser piegas no que toca à educação, porque estudar sempre foi difícil e, afinal, o facilitismo nunca fez mal a ninguém. E eu continuo à procura da tal "coisa" do "piegas". Como o noticiário acabou, presumi (e bem, diga-se de passagem...) que aquela coisa do "piegas" foi mesmo a que foi dita aos estudantes. Pelo que, a não ser por manifesta falta de assunto (mal, porque há muito assunto para criticar o governo...) ou por falta de competência (pior, significa que este é o menos mau que lá está, e não o melhor...) esta foi uma crítica típica de uma oposição que não tem um caminho alternativo pré-definido.
Parece que, numa entrevista ao semanário SOL, o PM continuou com o seu típico português simplista. Os políticos são mal pagos. Cai mais uma vez o "carmo e a trindade". Isto é gozar com o povo. Isto é gozar com quem pouco recebe. Pois. Isso, ou o assumir de uma verdade. O primeiro-ministro espanhol ganha mais 2000€ que o português. Só mesmo um exemplo. Merkel ganha mais que Passos. Cameron idem, e até o primeiro-ministro - não o presidente, note-se! - francês (que tem uma importância menor que Passos) ganha mais.
Fazendo uma comparação com os privados, nem falo das grandes empresas mundiais. Falo das grandes empresas portuguesas. Belmiro ganha mais que Passos. Ricardo Salgado ganha mais que Passos. E assim sucessivamente. Todos os administradores das grandes empresas ganham mais que Passos. Será que os deputados são mal pagos? Isso já não. Até somos dos países que pagam melhor aos deputados, e alguns para não fazerem grande coisa, a não ser bater palmas e incentivar o líder da bancada parlamentar - principalmente nos dois maiores partidos.
No que toca a Cavaco, parece que ganha mais que o Rei de Espanha. E que Sarkozy. Mal. Errado. Devia ganhar menos. Bem menos, porque também faz pouco. Mas agora só ganha as reformas para que descontou e para as regalias que a lei, erradamente, lhe confere. Seria bem mexer com isso. Mas isso é ilegal, mas legal seria evitar que isso acontecesse no futuro.
Enfim. Afinal, Passos até tinha razão no que dizia. Muita gente já se tinha queixado da facilidade dos estudos. E afinal, o nosso Primeiro Ministro afinal não ganha assim tão bem. Criticá-lo por ser honesto? Se sim, então estamos na situação que merecemos. E não merecemos que nos queiram tirar dela...
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
ALBERTO CONTADOR
Foi hoje condenado por ter acusado uma substância dopante (Clembuterol) na Volta a França de 2010.
A substância acusada pelo corredor foi a "enormidade" de umas 50 pictogramas da dita substância. Uma quantidade que nem numa mosca teria efeito, de acordo com peritos que comentaram o caso naquela altura.
Colocou-se logo a questão de uma possível transfusão sanguínea, dado que o valor extremamente reduzido da substância não é compatível com uma ingestão directa. Não se conseguiu provar tal. Supôs-se que poderia ser carne contaminada - o que ilibaria o ciclista. Não. Isso está fora de questão.
Entretanto, Contador foi correndo. E foi ganhando. E as competições são, deste modo, retiradas. O que me parece injusto. Contador deve ter sido o corredor mais vezes controlado em todo o ano de 2011, e não foi detectada qualquer irregularidade. O que, na minha opinião, faz sentido e confere com a teoria da carne contaminada.
Fala-se em influências "americanas" - que, por todos os motivos e mais alguns, não apreciam Alberto Contador - que influenciaram a condução do processo. Eu não acredito em bruxas, mas que as há, lá isso há.
De todo o modo, Contador tem 30 dias para decidir se recorre do processo ou se nem por isso.
Caso não recorra, tem que estar suspenso mais 7 meses, estando disponível para correr a Vuelta a Espanha.
A substância acusada pelo corredor foi a "enormidade" de umas 50 pictogramas da dita substância. Uma quantidade que nem numa mosca teria efeito, de acordo com peritos que comentaram o caso naquela altura.
Colocou-se logo a questão de uma possível transfusão sanguínea, dado que o valor extremamente reduzido da substância não é compatível com uma ingestão directa. Não se conseguiu provar tal. Supôs-se que poderia ser carne contaminada - o que ilibaria o ciclista. Não. Isso está fora de questão.
Entretanto, Contador foi correndo. E foi ganhando. E as competições são, deste modo, retiradas. O que me parece injusto. Contador deve ter sido o corredor mais vezes controlado em todo o ano de 2011, e não foi detectada qualquer irregularidade. O que, na minha opinião, faz sentido e confere com a teoria da carne contaminada.
Fala-se em influências "americanas" - que, por todos os motivos e mais alguns, não apreciam Alberto Contador - que influenciaram a condução do processo. Eu não acredito em bruxas, mas que as há, lá isso há.
De todo o modo, Contador tem 30 dias para decidir se recorre do processo ou se nem por isso.
Caso não recorra, tem que estar suspenso mais 7 meses, estando disponível para correr a Vuelta a Espanha.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
10 ANOS
Sim senhor. Fez hoje, sem tirar nem pôr um dia, 10 anos que fiz a primeira festa com a Banda da Portela. E hoje, tal como o ano passado, tive a oportunidade de regressar ao "local do crime".
E desde então o tempo voou e de que maneira. Na altura era um rapazinho muito jovem e estava nos meus primeiros meses de frequência do Liceu. Estava na altura a frequentar o 2o Grau do Curso Básico de Clarinete na Real Filarmonia, a estudar com um professor a quem devo muito daquilo que sou como pessoa.
Daí até aos dias de hoje, fiz o 5º Grau, fui Clarinete Solista da Banda, depois saí, fiz o 8º Grau, fui para Sanguinhedo e daí para Cinfães. Entretanto consegui acumular isso tudo com uma frequência com (relativo) sucesso do Conservatório e da Escola. Hoje sou Licenciado em Gestão pela UTAD e estou a frequentar o Mestrado em Finanças e Contabilidade. E estou a estagiar nas Caves Santa Marta.
Além de tudo isto, aconteceram muitas outras histórias e peripécias na minha vida, das quais só me lembro de algumas.
Enfim, 10 anos é muito tempo. Mesmo.
E desde então o tempo voou e de que maneira. Na altura era um rapazinho muito jovem e estava nos meus primeiros meses de frequência do Liceu. Estava na altura a frequentar o 2o Grau do Curso Básico de Clarinete na Real Filarmonia, a estudar com um professor a quem devo muito daquilo que sou como pessoa.
Daí até aos dias de hoje, fiz o 5º Grau, fui Clarinete Solista da Banda, depois saí, fiz o 8º Grau, fui para Sanguinhedo e daí para Cinfães. Entretanto consegui acumular isso tudo com uma frequência com (relativo) sucesso do Conservatório e da Escola. Hoje sou Licenciado em Gestão pela UTAD e estou a frequentar o Mestrado em Finanças e Contabilidade. E estou a estagiar nas Caves Santa Marta.
Além de tudo isto, aconteceram muitas outras histórias e peripécias na minha vida, das quais só me lembro de algumas.
Enfim, 10 anos é muito tempo. Mesmo.
domingo, 29 de janeiro de 2012
VITOR PEREIRA
Já fiz um post ao sr. Pinto da Costa, já fiz um post ao sr. Vitor Pereira. Não adiantou de nada.
Vou passar directamente à fase seguinte. Já sei que o FCP não vai ganhar nadinha este ano, para compensar tudo o que ganhou este ano. Ao menos sempre leva a Supertaça no bornal, o que é sempre bom.
Pelo andar que as coisas levam, é de expectar que o sr. Vítor Pereira se demita ou que o sr. Pinto da Costa o demita. E isso vai acontecer no fim da época. O treinador é o mais fraco que o Porto teve nos últimos dez anos (não conto com del Neri porque nem um jogo oficial fez...). Desde Octávio - nada contra o senhor, só mesmo contra a sua incompetência - que o Porto não tinha um treinador tão fraco. Mourinho, Fernandez, Couceiro, Adriaanse, Jesualdo (com Rui Barros como adjunto entretanto) e Villas-Boas. Todos eles são melhores que este senhor que lá está.
Pelo que vou directamente avançar com uma lista de sucessores deste senhor. O meu favorito chama-se José Peseiro. Não me esqueço da maneira espectacular como pôs o Sporting a jogar, e só pecou pela semana negra que teve e que levou a que nunca mais fosse olhado pela mesma maneira pelos sócios, na minha opinião sem justificação. O outro chama-se Leonardo Jardim pelo bom trabalho que está a fazer em Braga. Será que sai com facilidade? Por fim temos outros dois que poderiam ser perfeitamente possíveis, apesar de serem menos "mediáticos". Um chama-se Pedro Martins e treina o Marítimo e outro chama-se Rui Vitória que treina o Vitória de Guimarães. Quer um, quer outro, também têm motivos que justifiquem o salto para um grande.
Depois temos outros. Temos Pedro Emanuel, Jorge Costa e Rui Faria (quando quiser deixar Mourinho). Pelos treinadores portugueses. Pelos estrangeiros temos muitos, mas seria uma opção que não me agrada. Porque não conhecem o meio português e muito menos o campeonato. Pelo que tenho que aguardar mais meio ano para que as coisas voltem ao estado normal. Até lá, tenho que aguentar e ver o meu FCP a jogar uma miséria e a ter que chegar ao fim do ano com os seus activos principais - os jogadores - bastante desvalorizados...
Vou passar directamente à fase seguinte. Já sei que o FCP não vai ganhar nadinha este ano, para compensar tudo o que ganhou este ano. Ao menos sempre leva a Supertaça no bornal, o que é sempre bom.
Pelo andar que as coisas levam, é de expectar que o sr. Vítor Pereira se demita ou que o sr. Pinto da Costa o demita. E isso vai acontecer no fim da época. O treinador é o mais fraco que o Porto teve nos últimos dez anos (não conto com del Neri porque nem um jogo oficial fez...). Desde Octávio - nada contra o senhor, só mesmo contra a sua incompetência - que o Porto não tinha um treinador tão fraco. Mourinho, Fernandez, Couceiro, Adriaanse, Jesualdo (com Rui Barros como adjunto entretanto) e Villas-Boas. Todos eles são melhores que este senhor que lá está.
Pelo que vou directamente avançar com uma lista de sucessores deste senhor. O meu favorito chama-se José Peseiro. Não me esqueço da maneira espectacular como pôs o Sporting a jogar, e só pecou pela semana negra que teve e que levou a que nunca mais fosse olhado pela mesma maneira pelos sócios, na minha opinião sem justificação. O outro chama-se Leonardo Jardim pelo bom trabalho que está a fazer em Braga. Será que sai com facilidade? Por fim temos outros dois que poderiam ser perfeitamente possíveis, apesar de serem menos "mediáticos". Um chama-se Pedro Martins e treina o Marítimo e outro chama-se Rui Vitória que treina o Vitória de Guimarães. Quer um, quer outro, também têm motivos que justifiquem o salto para um grande.
Depois temos outros. Temos Pedro Emanuel, Jorge Costa e Rui Faria (quando quiser deixar Mourinho). Pelos treinadores portugueses. Pelos estrangeiros temos muitos, mas seria uma opção que não me agrada. Porque não conhecem o meio português e muito menos o campeonato. Pelo que tenho que aguardar mais meio ano para que as coisas voltem ao estado normal. Até lá, tenho que aguentar e ver o meu FCP a jogar uma miséria e a ter que chegar ao fim do ano com os seus activos principais - os jogadores - bastante desvalorizados...
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Não tenho nada contra a dita. Bem pelo contrário.
Apenas sou contra aqueles que a emitem sem se identificarem. Quem gosta de criticar, que o critique e que o faça com todo o à-vontade, que eu até agradeço. A única coisa que eu exijo é uma identificação dos comentadores em causa. Mesmo com posts anónimos, no fim do texto escrito podem sempre escrever o primeiro e último nome. É possível e desejável.
Porque desde hoje, vou activar a moderação dos comentários. Não porque me desagradem as críticas, mas porque me desagrade quem critica de forma anónima. De modo que reitero o pedido de que se identifique quem quieser comentar os meus posts - acto que agradeço.
Apenas sou contra aqueles que a emitem sem se identificarem. Quem gosta de criticar, que o critique e que o faça com todo o à-vontade, que eu até agradeço. A única coisa que eu exijo é uma identificação dos comentadores em causa. Mesmo com posts anónimos, no fim do texto escrito podem sempre escrever o primeiro e último nome. É possível e desejável.
Porque desde hoje, vou activar a moderação dos comentários. Não porque me desagradem as críticas, mas porque me desagrade quem critica de forma anónima. De modo que reitero o pedido de que se identifique quem quieser comentar os meus posts - acto que agradeço.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
POUPANÇAS
Como todos sabem, toco regularmente em Bandas de Música e, por isso mesmo, sou remunerado.
Felizmente tenho uns país fantásticos e, entre muitas outras coisas (por isso é que são fantásticos...), permitem-me que eu vá acumulando o dinheiro que vou recebendo numa conta poupança (não digo o banco porque não quero fazer publicidade, pois não me pagam para isso...).
A vida está mesmo complicada. E todos os dias se dá conta disso. E a preocupação de fazer rentabilizar o meu dinheiro aparece, também porque vou crescendo e vou ganhando maior consciência para esse pormenor.
Daí agora estar muito preocupado com as minhas poupanças. Gostaria de as colocar num banco de confiança, de preferência em Portugal. Porque ainda acredito neste país e ainda acredito na nossa economia. Contudo ainda não sei em que banco o vou colocar - se no mesmo, se noutro banco qualquer... Tudo depende das taxas de juro que proporcionarem.
Vai ser um ponto importante para os próximos tempos. Pelo que agradecia uma ajudinha neste campo. Até porque já é uma quantia interessante...
Felizmente tenho uns país fantásticos e, entre muitas outras coisas (por isso é que são fantásticos...), permitem-me que eu vá acumulando o dinheiro que vou recebendo numa conta poupança (não digo o banco porque não quero fazer publicidade, pois não me pagam para isso...).
A vida está mesmo complicada. E todos os dias se dá conta disso. E a preocupação de fazer rentabilizar o meu dinheiro aparece, também porque vou crescendo e vou ganhando maior consciência para esse pormenor.
Daí agora estar muito preocupado com as minhas poupanças. Gostaria de as colocar num banco de confiança, de preferência em Portugal. Porque ainda acredito neste país e ainda acredito na nossa economia. Contudo ainda não sei em que banco o vou colocar - se no mesmo, se noutro banco qualquer... Tudo depende das taxas de juro que proporcionarem.
Vai ser um ponto importante para os próximos tempos. Pelo que agradecia uma ajudinha neste campo. Até porque já é uma quantia interessante...
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
LOBBIES
António Oliveira disse na RTP Informação (a antiga RTP N) que todo o sistema do futebol profissional está envolto em lobbies.
A sério? Quem não sabe disso? Quem não sabe que na hora da verdade interessa que haja um outsider mas que não mate os 3 grandes? Quem não sabe que na hora da verdade os clubes de Trás-os-Montes são sempre prejudicados? Quem manda na FPF? E na Liga de Clubes?
Estas duas últimas são mais que óbvias. Quem tem o dinheiro. Neste caso, quem tem os direitos televisivos que mete o dinheiro que acaba por sustentar os clubes.
É por isto que eu insisto que é necessário que os clubes se acomodem às receitas que adquirem. Para isso é imperiosa uma aposta na formação e nos jogadores portugueses. Porque não são caros. É preciso sim é saber procurar onde existem. E aumentar a base de procura. Daí a importância das equipas B. Irão permitir que os jogadores portugueses tenham mais espaço para brilhar e sejam mais acompanhados pelos clubes de origem - por empréstimo são "desterrados" até que alguém se interesse por eles...
Só assim é que os lobbies acabam. E isso é imperioso, para que o futebol português melhore. Pelo mérito e pela competitividade.
A sério? Quem não sabe disso? Quem não sabe que na hora da verdade interessa que haja um outsider mas que não mate os 3 grandes? Quem não sabe que na hora da verdade os clubes de Trás-os-Montes são sempre prejudicados? Quem manda na FPF? E na Liga de Clubes?
Estas duas últimas são mais que óbvias. Quem tem o dinheiro. Neste caso, quem tem os direitos televisivos que mete o dinheiro que acaba por sustentar os clubes.
É por isto que eu insisto que é necessário que os clubes se acomodem às receitas que adquirem. Para isso é imperiosa uma aposta na formação e nos jogadores portugueses. Porque não são caros. É preciso sim é saber procurar onde existem. E aumentar a base de procura. Daí a importância das equipas B. Irão permitir que os jogadores portugueses tenham mais espaço para brilhar e sejam mais acompanhados pelos clubes de origem - por empréstimo são "desterrados" até que alguém se interesse por eles...
Só assim é que os lobbies acabam. E isso é imperioso, para que o futebol português melhore. Pelo mérito e pela competitividade.
MAÇONARIA
Tem sido uma polémica muito presente durante esta semana. Parece que temos muitas figuras públicas que pertencem à Maçonaria.
Concordo com Medina Carreira: a importância da Maçonaria já nao é a mesma, porque as causas da sua fundação desapareceram, pelo que aquela sociedade é boa, essencialmente, para fazer carreira. Daí que não espante serem pessoas razoavelmente jovens que sejam as constituintes daquela sociedade.
Mas será que as pessoas que estão no poder não sabiam que a Maçonaria não existia? Pelo amor de Deus. Isso nem o Pai Natal acredita! Pelo que todo este "circo" só interessa com algo por trás que ainda não se descobriu (e será que se vai descobrir?). Contudo não deixa de revelar uma certa hipocrisia abordar agora com um ar de escândalo uma coisa que se sabe que existe desde sempre.
Deviam acusar-se os membros dessas sociedades? Mas não são secretas? Mas deveriam existir sociedades secretas numa democracia? A democracia obriga a transparência total, sem segredos? Ou são só os cargos públicos? - são perguntas que não interessam. Ou melhor, interessam para ver a falta de carácter das pessoas que nos têm governado, que foram capazes de pôr os interesses das sociedades secretas à frente dos interesses do país.
Sabemos que existem outras sociedades secretas. Não podemos ser hipócritas a esse ponto. E é por isso que ainda não me juntei a um partido político (para quem me faz regularmente essa pergunta). Porque só faz carreira quem é "autorizado" e não quem pode fazer a diferença. E eu dificilmente, pelo meu feitio, faria carreira. Mas poderia fazer a diferença...
Concordo com Medina Carreira: a importância da Maçonaria já nao é a mesma, porque as causas da sua fundação desapareceram, pelo que aquela sociedade é boa, essencialmente, para fazer carreira. Daí que não espante serem pessoas razoavelmente jovens que sejam as constituintes daquela sociedade.
Mas será que as pessoas que estão no poder não sabiam que a Maçonaria não existia? Pelo amor de Deus. Isso nem o Pai Natal acredita! Pelo que todo este "circo" só interessa com algo por trás que ainda não se descobriu (e será que se vai descobrir?). Contudo não deixa de revelar uma certa hipocrisia abordar agora com um ar de escândalo uma coisa que se sabe que existe desde sempre.
Deviam acusar-se os membros dessas sociedades? Mas não são secretas? Mas deveriam existir sociedades secretas numa democracia? A democracia obriga a transparência total, sem segredos? Ou são só os cargos públicos? - são perguntas que não interessam. Ou melhor, interessam para ver a falta de carácter das pessoas que nos têm governado, que foram capazes de pôr os interesses das sociedades secretas à frente dos interesses do país.
Sabemos que existem outras sociedades secretas. Não podemos ser hipócritas a esse ponto. E é por isso que ainda não me juntei a um partido político (para quem me faz regularmente essa pergunta). Porque só faz carreira quem é "autorizado" e não quem pode fazer a diferença. E eu dificilmente, pelo meu feitio, faria carreira. Mas poderia fazer a diferença...
domingo, 1 de janeiro de 2012
CASA DOS SEGREDOS
Tanto eu como o meu pai falhámos as nossas previsões sobre quem merecia ganhar a Casa dos Segredos que terminou ontem na TVI.
Eu achava que iria ganhar o "pastor" e o meu pai achava que iria ganhar a rapariga que se enchia de mandar "pantufadas" na cultura geral e no português, coisa mais que vulgar por aqueles lados.
Afinal, enganámo-nos os dois. E foi para um dos que, para mim, merecia ganhar o concurso. E ainda bem que eu estava enganado.
Eu achava que iria ganhar o "pastor" e o meu pai achava que iria ganhar a rapariga que se enchia de mandar "pantufadas" na cultura geral e no português, coisa mais que vulgar por aqueles lados.
Afinal, enganámo-nos os dois. E foi para um dos que, para mim, merecia ganhar o concurso. E ainda bem que eu estava enganado.
2012: PERSPECTIVAS
O ano que agora entrou é um ano que vai ser importante para mim.
Estágio Profissional: espero acabar e que as coisas corram bem. Porque preciso, dado que o mercado de trabalho não está fácil...
Mestrado. Acabar o ano e começar a fazer a tese. Isto está pendente, porque não sei se quero mesmo a tese, mas se calhar terá mesmo que ser, uma vez que, sem ela, o estágio não conta para a OTOC.
Clarinete: Vou ter de arranjar mais tempo. Porque gosto muito de fazer, e porque é uma parte importante dos meus "rendimentos". Mas acima de tudo porque me divirto a fazê-lo e porque não gosto de ficar mal na fotografia, porque toco numa banda boa e não quero ser o mau da fita.
Catequese: A parte que completa os meus Domingos. Vai ser mais um ano complicado a tentar domar as pestes que são os meus catequizandos. A ver se não tenho de tomar medidas muito drásticas, que me possam vir a trazer problemas...
E com isto vou andar entretido 365 dias, ou melhor, 366. Até no combate à crise vamos ter mais um dia de luta. A coisa promete!!!
Estágio Profissional: espero acabar e que as coisas corram bem. Porque preciso, dado que o mercado de trabalho não está fácil...
Mestrado. Acabar o ano e começar a fazer a tese. Isto está pendente, porque não sei se quero mesmo a tese, mas se calhar terá mesmo que ser, uma vez que, sem ela, o estágio não conta para a OTOC.
Clarinete: Vou ter de arranjar mais tempo. Porque gosto muito de fazer, e porque é uma parte importante dos meus "rendimentos". Mas acima de tudo porque me divirto a fazê-lo e porque não gosto de ficar mal na fotografia, porque toco numa banda boa e não quero ser o mau da fita.
Catequese: A parte que completa os meus Domingos. Vai ser mais um ano complicado a tentar domar as pestes que são os meus catequizandos. A ver se não tenho de tomar medidas muito drásticas, que me possam vir a trazer problemas...
E com isto vou andar entretido 365 dias, ou melhor, 366. Até no combate à crise vamos ter mais um dia de luta. A coisa promete!!!
2011: REVISTA
Foi um ano bastante positivo. Não fui de erasmus como a minha amiga Sofia, mas foi um ano globalmente positivo.
Começou com a saída de Sócrates (até que enfim!) de cena e com a chegada de Pedro Passos Coelho à liderança do Governo. Pelo caminho tivemos (e teremos) a troika e umas eleições que, a meu ver, demoraram muito tempo a ter efeitos práticos. Devia ser logo depois da data das eleições que o governo deveria ter tomado posse. E muita mais austeridade a tomar conta do dia-a-dia de cada um de nós.
Acabei o meu curso. Dentro do prazo previsto e com a média prevista. Se fosse hoje tê-lo-ia feito noutra Universidade, com mais prestígio, porque entraria nela, em qualquer uma, mas pronto.
Fui operado à vista. Perdi duas festas, ganhei duas noites sem dormir, mas gosto muito de me ver sem óculos e sem necessidade de lentes. O que é óptimo. Porque eu, azelha, como sou, ainda e cegava todo.
Estágio Profissional. Fui "seleccionado" para ir 9 meses para a Adega Cooperativa de Santa Marta. Óptimo. Por todos os motivos e mais alguns, é a minha estreia no mercado de trabalho, e não poderia ter sido em melhor sítio.
Mestrado. O passo mais óbvio da minha carreira de estudante. Porque é mesmo necessário que eu continue os meus estudos e porque me pode sempre dar mais qualquer coisa que eu não saiba.
O meu FCP foi campeão nacional, na LUZ (melhor ainda) e ganhou a taça de Portugal ao Guimarães, por 6-2. Ganhou ainda aTaça UEFA perdão, a Liga EUROPA (quando é que eu aprendo?...) ao Braga e foi, para mim, uma das melhores equipas europeias. Como consequência disso Falcao foi para o Atlético de Madrid por um valor astronómico (40M€ é muito dinheiro...) e Villas Boas foi para o Chelsea. Opções que eu respeito e faria exactamente o que eles fariam (ganhar o dobro ou perto disso quem desdenharia???) mas, ironia das ironias, os seus clubes não estão grande coisa por aqueles lados. Esta época já ganhou a Supertaça mas o treinador já fez perder a Taça de Portugal e a equipa joga menos do que o ano passado, se bem que está a jogar melhor um bocadinho do que já esteve.
Foi o ano da morte, não de Ricardo Reis, mas sim de muitas individualidades, das quais destaco, por ser aquelas mais marcantes e das que me lembro mais, de Steve Jobs e de Cesária Évora.
Foi o ano em que eu me diverti muito a tocar clarinete (com uma passagem de um semestre pela Orquestra de Clarinetes do CRMVR) nas bandas e enterrei quase definitivamente o meu futuro como clarinetista profissional (para isso deixo quem estuda clarinete e são muitos os meus amigos que o fazem...).
Foi o ano em que eu gravei o meu primeiro CD (com a banda de São Mamede de Riba Tua - muito obrigado pela oportunidade...).
E foi o ano de muitas outras coisas que eu não me lembro. A minha memória não dá para tudo...
Que 2012 seja assim, ou se possível, melhor. Num ano que vai ser extremamente difícil para todos, que se consiga minimizar toda esta crise, para que possamos sair dela com o mínimo de danos colaterais...
Começou com a saída de Sócrates (até que enfim!) de cena e com a chegada de Pedro Passos Coelho à liderança do Governo. Pelo caminho tivemos (e teremos) a troika e umas eleições que, a meu ver, demoraram muito tempo a ter efeitos práticos. Devia ser logo depois da data das eleições que o governo deveria ter tomado posse. E muita mais austeridade a tomar conta do dia-a-dia de cada um de nós.
Acabei o meu curso. Dentro do prazo previsto e com a média prevista. Se fosse hoje tê-lo-ia feito noutra Universidade, com mais prestígio, porque entraria nela, em qualquer uma, mas pronto.
Fui operado à vista. Perdi duas festas, ganhei duas noites sem dormir, mas gosto muito de me ver sem óculos e sem necessidade de lentes. O que é óptimo. Porque eu, azelha, como sou, ainda e cegava todo.
Estágio Profissional. Fui "seleccionado" para ir 9 meses para a Adega Cooperativa de Santa Marta. Óptimo. Por todos os motivos e mais alguns, é a minha estreia no mercado de trabalho, e não poderia ter sido em melhor sítio.
Mestrado. O passo mais óbvio da minha carreira de estudante. Porque é mesmo necessário que eu continue os meus estudos e porque me pode sempre dar mais qualquer coisa que eu não saiba.
O meu FCP foi campeão nacional, na LUZ (melhor ainda) e ganhou a taça de Portugal ao Guimarães, por 6-2. Ganhou ainda a
Foi o ano da morte, não de Ricardo Reis, mas sim de muitas individualidades, das quais destaco, por ser aquelas mais marcantes e das que me lembro mais, de Steve Jobs e de Cesária Évora.
Foi o ano em que eu me diverti muito a tocar clarinete (com uma passagem de um semestre pela Orquestra de Clarinetes do CRMVR) nas bandas e enterrei quase definitivamente o meu futuro como clarinetista profissional (para isso deixo quem estuda clarinete e são muitos os meus amigos que o fazem...).
Foi o ano em que eu gravei o meu primeiro CD (com a banda de São Mamede de Riba Tua - muito obrigado pela oportunidade...).
E foi o ano de muitas outras coisas que eu não me lembro. A minha memória não dá para tudo...
Que 2012 seja assim, ou se possível, melhor. Num ano que vai ser extremamente difícil para todos, que se consiga minimizar toda esta crise, para que possamos sair dela com o mínimo de danos colaterais...
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